| Muitas pessoas dizem que o aborto é um assunto polêmico. Na verdade, não é. A vida humana começa no momento da fecundação, e deve, portanto, ser protegida a partir de então. Não devemos admitir o aborto em hipótese alguma. Não há exceção. Devemos defender a vida humana sempre. No entanto, é preciso responder algumas perguntas porque há pessoas que têm dúvidas.
Um bebê física ou mentalmente deficiente pode ser eliminado antes de nascer? Claro que não! Seria o mesmo que autorizar a eliminação de todos os deficientes físicos e mentais que estão nas ruas. Se não podemos matá-los depois de nascerem, por que, então, poderíamos matá-los antes do nascimento? Além disso, não somos nazistas em busca de uma raça supostamente perfeita. Quem somos nós para julgar e condenar à morte aqueles que Deus criou para receber o nosso amor?
E na gravidez de alto-risco, qual vida seria mais importante, a da mãe ou a do filho? A medicina hoje dispõe de recursos para salvar tanto a vida da mãe quanto à do bebê. O médico jamais deve praticar ou recomendar um aborto, pois tanto a mãe quanto o bebê têm direito à vida, e esse direito não está submetido à decisão de um médico ou de qualquer outra instância humana. Só Deus é o Senhor da vida e da morte.
E no caso de estupro? O estupro é uma violência intolerável, que deve ser prevenida e combatida por todos os meios. Contudo, é bom lembrar que geralmente a mulher tem poucos dias férteis por mês. Se os estupro não ocorre neste prazo, não ocorre gravidez. Quando o estupro ocorre nos dias férteis, também não é certo que a mulher engravide. Acontecendo, entretanto, a gravidez por que punir o bebê com uma sentença de morte por um crime alheio?
Quanto à mulher, o aborto não “apaga” os estupro. Pelo contrário acrescenta a violência do estupro. Uma segunda violência, a do aborto, que é ainda mais grave. Por que penalizar duplamente a mulher? Além disso, um erro não justifica outro. O que a mulher estuprada precisa é de boa assistência psicológica e de muita compreensão durante a gravidez, e após o nascimento do bebê. Em último caso, ela poderia doar seu bebê para adoção, mediante processo no Juizado de Menores. Ademais, é dever do Estado tutelar os órfãos.
É melhor matar o bebê hoje do que vê-lo passar fome no futuro? Claro que não! Jamais devemos matar um ser humano inocente. Nem temos que deixá-lo passar fome. Como cristãos, somos obrigados a fazer de tudo para suprir suas necessidades. A fome não é inexorável. Ela sé acontece com tanta freqüência, porque os homens não cumprem seus deveres. Ma isto não é razão para tirar a vida, sobretudo do próximo inocente. Devemos nos esforçar para eliminar causas da miséria, e não para matar os filhos dos miseráveis.
A mulher tem direito de abortar porque tem direito ao próprio corpo? O bebê é outro ser humano, e não uma parte do corpo da mãe. É uma presunção alguém achar que é dono da vida de outra pessoa e que tem direito de matá-la. O direito ao próprio corpo tem limites.
O aborto deixa conseqüências? Além da morte do bebê, o aborto deixa como seríssima conseqüência para todos os que praticam ou para ele colaboram, a separação de Deus. O aborto é um pecado mortal. E quando, praticado com plena consciência de sua punição espiritual acarreta automaticamente a privação dos sacramentos e de outros benefícios religiosos, ou seja, acarreta a excomunhão. Além disso, muitas mulheres sofrem graves conseqüências físicas e psicológicas, que se manifestam próxima ou tardiamente.
Conseqüências físicas: perfuração do útero; hemorragia, perda de órgãos reprodutores; choque anafilático; mais possibilidade de esterilidade, de abortos espontâneos, de gravidez nas trompas, e de nascimento de prematuro. Muitas vezes, também pode causar a morte da mulher, mesmo quando praticado por “bons” médicos, em “bons” hospitais.
Conseqüências psicológicas: culpa, sensação de perda, tristeza profunda, diminuição da auto-estima, associação do bebê abortado com outras crianças, distorção do instinto maternal, sentimento de desumanização.
A legalização tornaria o aborto mais seguro para a mulher? Nenhum aborto é seguro. O aborto é sempre prejudicial à mulher. Se o aborto nem sempre deixa conseqüências físicas, ele sempre deixa seqüelas psicológicas complexas que podem afetar também as pessoas ligadas à mãe e ao pai do bebê abortado. Além disso, legalizar o assassinato pré-natal é admitir a pior de todas as injustiças sociais e o total desrespeito a um direito fundamental do ser humano: o direito de nascer e viver.
A contracepção e a esterilização evitam o aborto? Só na aparência. Os chamados “anticoncepcionais”, na verdade, atuam também como abortivos. Os D. I. U.s eliminam óvulos fecundados (e são cancerígenos). As pílulas podem entrar em ação antes ou depois da fecundação do óvulo, provocando, neste caso, um aborto. Somente a regulação da fecundidade, mediante os métodos naturais, evita o aborto sem prejuízos pra a integridade física e psíquica do casal. A esterilizaÇão não é uma resposta legítima, pois consiste na mutilação do aparelho genital feminino e masculino. Além disso, é a total rejeição de uma vontade e de um dom de Deus: a procriação. A anticoncepção desencadeou uma mentalidade anti-vida: promiscuidade, divórcio, esterilização, aborto, e a desestruturação da família. Provocou enfim, uma falsa liberdade sexual, cujo último fruto é a AIDS.
A mãe solteira deve fazer o aborto por vergonha da sociedade? Vergonha é cometer um assassinato diante de Deus. É a Deus que devemos prestar contas.
Uma pessoa que não tem religião pode fazer um aborto? Claro que não! Não ter religião ou até ser ateu não dá a ninguém o direito de matar outro ser da sua própria espécie. Onde estão os direitos humanos?
A mulher pode fazer aborto por recomendação médica? Não! Além de matar, o bebê, cuja vida é tão importante quanto a de sua mãe, o aborto é sempre prejudicial à mulher, principalmente psicologicamente. Um médico capaz e digno jamais realiza ou recomenda um aborto, pois todo profissional merecedor desse nome tem a obrigação de proteger a vida de todo ser humano partir do momento da concepção até a morte.
VIDA SIM! ABORTO NÃO!
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