| Bom, com a proximidade do final do Brasileirão e da real possibilidade de termos o Fluminense de volta ao abismo da segunda divisão, nada como relembrar a primeira queda dos tricoletes em 1996.
Naquele ano, o Fluminense fez uma campanha muito feia: foram 6 vitórias, 4 empates e 13 derrotas. Isso sem falar nos quatro treinadores ao longo da competição, sendo que em duas oportunidades o time foi dirigido por um contundido Renato Gaúcho, que, simplesmente, acumulou funções no clube.
Se for pelo revezamento de técnicos, podemos dizer que o pó-de-arroz não só está repetindo os passos, como parece ter caprichado ainda mais esse ano.
Mas, voltemos ao passado, listando o grande elenco daquele ano:
Goleiros: Wellerson (um dos melhores que vi para frangar), Adílson e Leo (Esse era bom goleiro. Teve muito destaque no Bangu)
Laterais: Paulo Roberto (com 315 anos), Vaquinho (Quem?), Ronald, Alexandre Seixas, Jorge Luiz e Alexandre Silva
Zagueiros: Lima (Ainda diziam que ele era o único que parava o Romário), Ricardo Rocha (É firme?), Pessali, César, Wagner e Amarildo
Volantes: Cadu, Hugo, Charles, Uidemar (Merece respeito pelos serviços prestados na Gávea), Rogerinho (Senhor patolada) e Dirceu
Apoiadores: Luiz Henrique (Jogou 25 segundos), Assis, Tupãzinho, Marcelo Sander, Flavinho, Bruno Reis e Rui
Atacantes: Barata (Tacaram inseticida nele), Valdeir (Sem o velho fôlego), Arthur, Zé Cláudio, Anderson (Antes de virar bandido), Leonardo, Roger (Jovem e sem Galisteu) e Demétrius (Nesse campeonato, ele descobriu que o lance era jogar basquete)
Entre os placares interessantes, temos um 6x0 Sport, 5x1 Palmeiras, 4x1 Criciúma e o 3x1 Mengão com show do pequeno Jacó.
A última rodada
O Fluminense precisava vencer o Vitória e torcer por tropeços do Bahia e do Criciúma. E não é que o Fluzão cumpriu com a sua parte... Jogando em Curicica a equipe bateu o Rubro-Negro baiano por 3x1. O interessante é a razão que fez com que o Vitória jogasse longe do Barradão...
"O Vitória não tinha nada a perder. E, como tricolor queria o bem do Fluminense. Meu time entrou em campo e não se encontrou"
A declaração é do Edinho, na época treinador do Vitória. Interessante, além de salvar o seu tricolete, ele ainda ajudava a rebaixar o Bahia. Mas, o planos tricoleres acabaram se perdendo em meio ao ódio no coração de outros rubro-negros.
O Flamengo não havia esquecido o gol de barriga dos tricoletes. Foi jogar em São Januário com um misto frio, escalado de última hora para ver o Bahia passear em campo. Com um gol de Edmundo (O Flamengo sempre leva gol de jogador com esse nome), os baianos venceram e os tricoletes começaram a tremer.
Termina o jogo em Vitória... Tensão! Os jogadores do Fluminense não vão para o vestiário. Ficam ali mesmo...Na beirada do campo... Coladinhos, ao melhor estilo tricolete, ouvindo os minutos finais do confronto que se passava no Paraná.
Foi o último jogo do Atlético em seu antigo estádio. Nada mais improvavél que o Criciúma deter a dupla Oséas/ Paulo Rink. Porém, o acontecido dias antes nas Laranjeiras teve conseqüências dramáticas.
Antes de a bola rolar, Ricardo Pinto desfila pelo campo, ainda machucado pelas agressões sofridas no Rio e a torcido atleticana ensaia o coro..."Uhhh...É Criciúma!"
Logo aos cinco minutos, Paulo Rink abre o placar. Um gol que nenhum atelticano comemorou. Festa mesmo, só quando Carlos Henrique virou para os catarinenses.
Foi a primeira vez e, talvez a última, que vi um jogador do time adversário comemorando um gol com a torcida local.
Fim de festa, início do pesado. Muitos choravam. Ximbica, o lendário roupeiro lamuriava pelos cantos: "E agora, meus Deus! O que será do meu Fluminense?"
Mal sabia ele o que ainda estava por vir: virada de mesa, bi-rebaixamento, terceira divisão...
Agora, o filme pode se repetir. Não fosse a ruindade da Ponte Preta, afirmaria que a justiça está muito próxima de ser feita, já que o Fluminense voltou ao campeonato subindo duas divisões de uma vez só. Mas, essa é outra discussão.
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