Baby também pode desfalcar a seleção brasileira no Mundial
Giancarlo Giampietro
Em São Paulo
A seleção brasileira já não vai contar com Nenê no Mundial do Japão e pode ficar com seu garrafão ainda mais desfalcado. O pivô Rafael "Baby" Araújo virou dúvida na lista de técnico Lula Ferreira.
Divulgação
Última participação de Baby na seleção brasileira foi em amistosos em 2005
O jogador não vai se apresentar nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, isso é certo. Mas pode ser que o desembarque no país seja cancelado de vez. "É algo que ainda está no ar", afirmou o agente Jim McDowell ao UOL Esporte. "Rafael está discutindo com a equipe para ver qual a melhor decisão."
Segundo McDowell, não é apenas a pressão do Utah Jazz que pode tirar o jogador da seleção. "Do ponto de vista dele, há muitas coisas novas para aprender, o sistema, seu papel em uma nova equipe. Precisamos ver quais são os pontos positivos e negativos", afirmou.
Não há um prazo estabelecido para jogador e equipe resolverem o impasse. O Jazz deve esperar a conclusão do torneio de verão "Rocky Mountain Revue", no qual Baby estará em ação até sexta-feira.
Apesar de contar com atletas inexperientes em maioria ou em busca de um contrato na NBA, a competição é relevante para o pivô, que busca afirmação no basquete norte-americano, depois de duas temporadas fracas pelo Toronto Raptors. O jogador foi trocado em junho.
Mas, até agora, o brasileiro não conseguiu causar impacto em sua nova equipe. Nesta terça-feira, por exemplo, teve apenas dois pontos e três rebotes nos 22min24s que atuou na vitória em cima do Dallas Mavericks, por 76 a 75. Ele errou três de seus quatro arremessos, cometeu quatro faltas e ainda teve dois desperdícios de bola.
"Seus dois primeiros anos em Toronto foram praticamente um desperdício. Ele mal conseguiu entrar em quadra", disse McDowell. Baby foi selecionado na oitava posição do "draft" de 2004, mas não conseguiu deslanchar em Toronto. Para o empresário, o conflito entre o ex-gerente geral do time canadense, Rob Babcock, e o técnico Sam Mitchell pesou nessa situação.
"Rafael foi contratado para proteger o garrafão, com rebote e defesa, mas Mitchell pensava em outro estilo de jogo. Mas, como nunca deu uma chance para valer, ele ficou sem ritmo. Em Utah, porém, há esse reconhecimento", afirmou.
Baby passou as férias dedicando-se à preparação física. Em vez de se enfornar na academia para musculação, o jogador trabalhou em exercícios que lhe dêem mais agilidade e explosão. "Ele ainda esta se acostumando às mudanças, porque é como se tivesse um novo corpo."
QUOTE (Capitão Ácido @ 19/7/2006, 04:47)
ESPN vai passar?
Não sei...