Funk, Pagode, Calypso, Quebra-Barraco, escambau e cia.
Não sou purista.
A idéia é a seguinte: Sei que esse assunto já é batido, chato, cansativo e não leva a lugar nenhum. Mas sei tb que não consigo ficar quieta diante destes temas, que, querendo ou não, são “enfiados” na nossa cabeça como uma obrigação de gostar por ser de origem brasileira.
“Gosto de funk, porque sou brasileiro”.
“Gosto da Quebra-barraco, pq sou brasileira”
“Sou brasileiro, não desisto nunca” e por aí vai...
Eu, heim?
Vamos lá.
Não estou reagindo de forma preconceituosa a tudo que vem do povo, considerada a Real Cultura Brasileira. Não precisa ser intelectual pra saber que Funk, Pagode, Calypso, Quebra-Barraco, escambau e cia fazem um som de baixíssimo nível, pois já é pré-determinado (obrigado) gostar do que a maioria do povo gosta, senão é tachado de preconceituoso/intelectualóide/purista.
Alguém escreveu:
“Banda Calypso é a nova cara da sociedade brasileira, uma sociedade que não liga para conceitos e ideologias pré fabricadas...”
O pior é que está certo. O Brasil tem essa cara. Só que se ausentou de uma coisa: O Brasil não liga pra NENHUM conceito e NENHUMA ideologia.
É a cara do brasileiro, que paga R$40,00 pra ir num show desses e reclama qdo um concerto de música barroca sai por R$5,00, preço popular. É a cara do Brasil.
(sei que a Banda Calypso tem um super carisma com o público, reconheço)
Não quero, de jeito nenhum, ter esta cara. Daqui a pouco vão me dizer que música nortista/nordestina não é o Antônio Nóbrega e sim Ximbinha; que música baiana não é Caymmi, João Gilberto e sim, Ivete Sangalo, que música carioca não é Vinícius, Tom, e sim, Êmi Cís variados, Tati... Eu, heim?
Deborah Antonucci Laprea