Rede Record, A Global dos Pastores

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Journeyman
view post Posted on 11/3/2006, 00:44




Copiar a Globo deu certo
| 14.02.2006
Até aqui, a estratégia da Record aumentou as receitas publicitárias em 40% -- agora falta aumentar a audiência


Por Marcelo Onaga
EXAME

Desde que foi comprada pelo bispo Edir Macedo, nos idos de 1989, a Rede Record apostou numa fórmula própria de programação. A emissora alternava programas recheados de atrações populares (a maioria de qualidade duvidosa) com outros de forte conteúdo religioso. Essa combinação, inventada pelos homens que comandavam a Igreja Universal, nunca deu grandes resultados. Durante mais de uma década, a Record permaneceu estagnada na terceira posição do ranking de audiência e com um tímido faturamento publicitário. Há pouco mais de um ano, já sob a influência de executivos contratados no mercado de mídia, a emissora partiu para uma nova estratégia: abandonou a tentativa de inovar em conteúdos para copiar assumidamente a Rede Globo de Televisão -- líder do mercado brasileiro de emissoras abertas e referência internacional de qualidade nessa área. Por enquanto, a troca vem funcionando. O faturamento publicitário subiu 40% em um ano -- hoje está na casa dos 700 milhões de reais -- e algumas das novas atrações chegam a competir em audiência com os programas da Globo. "As pesquisas mostravam que o público queria atrações de qualidade. Boas novelas, jornais e programas de entretenimento", diz Alexandre Raposo, presidente da Record. "Paramos de brigar contra o óbvio."

O último grande lance dessa nova estratégia foi a reformulação do Jornal da Record. Durante oito anos, a emissora entregou o comando de seu principal telejornal ao experimentado jornalista Boris Casoy, conhecido pelo bordão "Isso é uma vergonha". Com Casoy, que tinha por hábito comentar as notícias veiculadas, os índices não ultrapassaram os 5 pontos de audiência no ano passado. Os executivos da Record resolveram então mudar por completo o perfil do telejornal. No lugar de Casoy, escalaram Celso Freitas, que durante seis anos foi apresentador do Jornal Nacional. Além de Freitas, a Record contratou Adriana Araújo, ex-repórter da sucursal de Brasília da Globo, e mais duas dezenas de jornalistas e produtores -- a maioria deles vinda da concorrente. Quem assistiu ao telejornal percebeu que qualquer semelhança com o programa de William Bonner e Fátima Bernardes não é mera coincidência. Além de profissionais que já traba lharam na rival, a Record mudou o cenário, o modo de apresentar, o figurino e a produção gráfica de todo o programa. Nos primeiros dias, a média de audiência ficou sempre acima dos 10 pontos (o dobro dos tempos de Casoy) e com picos superiores a 20 pontos.

O investimento total para copiar a programação da Globo já está em torno de 100 milhões de dólares. Além do jornalismo, a Record vem colocando dinheiro em outro pilar importante para a sua imitação da emissora carioca: a produção de novelas. O maior desembolso foi a compra, por 15 milhões de dólares, dos estúdios de Renato Aragão, localizados em um terreno que fica em frente ao Projac, o enorme complexo onde são feitas as gravações das novelas da Globo no Rio de Janeiro. Também foram contratados dezenas de profissionais, roteiristas e atores, que freqüentaram as produções globais num passado recente. Um deles é a atriz Lavínia Vlasak, estrela de Prova de Amor, um dos maiores sucessos dessa nova fase da Record. Em janeiro, a novela conseguiu a proeza de tirar o Jornal Nacional da liderança de audiência. Foram poucos minutos, é verdade, mas o efeito psicológico dessa conquista agitou o mercado publicitário. "No geral, eles ainda estão mais próximos da Bandeirantes do que da Globo. Mas desempenhos como esse têm um importante apelo de marketing", diz Daniel Barbara, diretor comercial da agência de publicidade DPZ e um dos maiores especialistas em mídia do país.

Barbara se refere ao descompasso que existe entre a receita publicitária que a Record vem obtendo e a sua audiência média. Quando se analisa toda a grade de programação, nota-se uma grande diferença entre os números da Record e da Globo. A audiência média da Globo é de cerca de 35 pontos. Em segundo lugar, bem atrás, ainda está o SBT, com audiência de 8 pontos -- o mesmo desempenho da Record. Mas, se a audiência diária ainda não sofreu grandes modificações (com exceção de alguns poucos exemplos), o impacto no mercado publicitário é concreto. Nos últimos 12 meses, o preço de um comercial de 30 segundos no horário nobre da Record -- o período mais lucrativo da grade -- subiu 66%. Foi, de longe, a maior valorização entre todas as emissoras de sinal aberto do Brasil (veja quadro). No caso da novela Prova de Amor, que compete com a global Belíssima, o salto é ainda mais impressionante. Uma inserção de meio minuto nos intervalos da novela que a precedeu custava 64 000 reais em março do ano passado. No próximo mês, passará a custar 167 000 reais -- aumento de 160%.

Na Globo, os bons resultados da Record são vistos com um misto de ceticismo e tranqüilidade -- o que é perfeitamente compreensível. Outras emissoras já tentaram enfrentar a líder do mercado no passado e nada conseguiram. Anos atrás, a Rede Manchete, por exemplo, alcançou ótimo desempenho com a novela Pantanal. Na ocasião, a emissora chegou a montar uma produção consistente de telenovelas, mas nunca repetiu o sucesso da primeira produção. O SBT faz investidas de tempos em tempos. A última delas foi a contratação da apresentadora Ana Paula Padrão, uma das estrelas do telejornalismo global. Diferentemente do SBT, a Record parece ter uma meta única e de longo prazo. Boa parte de seus executivos, muitos vindos dos concorrentes, tem contrato até 2012. Mas não se sabe até quando os telespectadores vão responder positivamente a essa estratégia. "A história mostra que cópias não costumam dar certo porque o telespectador prefere ficar com o original", diz Luis Erlanger, diretor da Central Globo de Comunicação.

O fato é que não basta copiar as empresas líderes e contratar seus melhores talentos para que um negócio se torne imediatamente bem-sucedido. Muito utilizada no mundo empresarial, essa estratégia sofre todo o tipo de dificuldade para ser implementada -- e, muitas vezes, não se sustenta por muito tempo. O momento inicial costuma ser o mais fácil. Depois, a adaptação torna-se complicada porque a cultura que existia até então naquela empresa passa a se chocar com os hábitos trazidos pelos funcionários da companhia que se quer copiar. É uma batalha que costuma gerar insatisfação de ambos os lados. Além disso, é muito difícil manter esse processo de maneira contínua. Até por razões financeiras, não dá para buscar os talentos do concorrente indefinidamente. Em algum momento, as pessoas que vêm de fora precisam forjar uma nova cultura dentro da nova casa. No caso da Record, dinheiro não é exatamente um problema. A Igreja Universal, do bispo Edir Macedo, é fonte de renda cativa para a emissora. Cerca de 15% do faturamento da emissora, ou cerca de 100 milhões de reais por ano, vem de horários comprados pela igreja. Mas para conquistar a liderança entre as emissoras abertas (o objetivo da Record) o dinheiro dos fiéis não será suficiente. Outros anunciantes -- de qualquer religião -- precisam acreditar no projeto.
 
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Journeyman
view post Posted on 14/3/2006, 00:35




Record cancela o jornalístico vespertino "Tudo a Ver"

Da Redação


A Record decidiu cancelar a produção do jornalístico "Tudo a Ver", que ia ao ar de segunda a sexta às 17h30. O programa, apresentado por Luciano Faccioli e Patrícia Maldonado, havia sido idealizado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim quando este chegou à Record.

A produção do "Tudo a Ver" foi comunicada do cancelamento na tarde desta segunda-feira. O programa já não será exibido esta tarde. A emissora ainda não divulgou como fica a grade de programação com a saída do jornalístico, mas as mudanças devem fazer parte da estratégia para o lançamento da novela "Cidadão Brasileiro", com estréia prevista para hoje por volta das 20h30.

Na coletiva de lançamento da novela na semana passada, o presidente da Record, Alexandre Raposo, confirmou que pretende estrear em abril, na faixa das 17h30 - mesmo horário do "Tudo a Ver" - uma novela adolescente ao estilo de "Malhação" chamada "E Aí?".

No final de janeiro, depois de uma licença, o jornalista Paulo Henrique Amorim trocou o "Tudo a Ver" pelo "Domingo Espetacular", revista eletrônica semanal que concorre com o "Fantástico".
 
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Journeyman
view post Posted on 5/6/2006, 22:05




Dízimo da Universal leva Record à vice-liderança
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DANIEL CASTRO
Colunista da Folha de S.Paulo

A sensacional guinada da Record, que até o final deste ano deve se consolidar como a segunda maior rede de TV brasileira em audiência e faturamento, desbancando o SBT, não caiu do céu. Ou caiu.

A Record não conseguiria produzir as novelas, os telejornais e os programas de variedades que vêm alavancando seu ibope e suas receitas sem os quase R$ 500 milhões que a Igreja Universal do Reino de Deus injetou legalmente nela, apenas nos dois últimos anos, comprando espaço na madrugada a preços muito acima da realidade do mercado.

A rede do bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal, já é, desde o início deste ano, a segunda maior audiência da TV brasileira no horário nobre (18h/24h). Até o final do ano, espera passar o SBT também na média diária (7h/24h).

Alexandre Raposo, presidente da Record, estima que sua emissora fechará 2006 com uma receita bruta de R$ 950 milhões --R$ 150 milhões a mais do que o SBT.

Desses R$ 950 milhões, pelo menos R$ 240 milhões sairão do dízimo depositado pelos fiéis da Universal, segundo estimativas do mercado. Esse valor já coloca a igreja (que compra horários em outras TVs) entre as instituições que mais investem em propaganda no país.

Se fosse considerada um anunciante comum (o que ela não é), a Universal seria o terceiro maior do país no ranking dos 30 maiores de 2005 que a revista especializada "Meio & Mensagem" publica amanhã. Ficaria atrás apenas das Casas Bahia (R$ 1 bilhão) e Unilever (R$ 268 milhões).

Estaria à frente das fortíssimas Ambev (R$ 229 milhões) e Liderança (do Grupo Silvio Santos, R$ 162 milhões). No governo federal, seria necessário juntar a Petrobras (R$ 133 milhões) e o Banco do Brasil (R$ 118 milhões) para superar o que a Universal investe somente na Record.

O valor que a Universal paga à rede de TV de seu líder pode ser considerado "superfaturado". Para conseguir faturar R$ 240 milhões por ano com suas madrugadas, a Record teria de vender três minutos de publicidade por hora (o máximo que a Globo consegue nas madrugadas), da 1h às 7h, e cobrar R$ 17.100 líquidos (sem incluir as comissões das agências de publicidade) pelo comercial de 30 segundos --ou 3,5 vezes o que a Globo pede por uma inserção às 4h, R$ 4.770.

No entanto, em maio, a Record marcou 0,8 ponto no Ibope da Grande São Paulo entre 1h e 6h. A Globo cravou 4,9 pontos. Cada ponto na região metropolitana equivale a cerca de 54.500 domicílios.

O presidente da Record afirma que esse valor (R$ 17.100) não faz sentido porque a Igreja Universal não compra comerciais avulsos de 30 segundos, mas, sim, blocos de várias horas de programação, que ela mesma produz em seus estúdios.

"Quando se vende horário não se trabalha com unidades de 30 segundos. É uma tabela progressiva: quanto mais tempo o cliente compra, mais barato fica", afirma Raposo.

Mesmo considerando o argumento da Record, ainda custa muito caro a madrugada da emissora. O mercado avalia em R$ 2 milhões mensais o máximo que vale a faixa das 2h às 5h (a programação da Universal vai da 1h às 7h na maioria dos dias). Rival de Edir Macedo, o missionário R.R. Soares desembolsa cerca de R$ 3 milhões mensais por 50 minutos diários no horário nobre da Band, com 1,4 ponto no Ibope em maio.

A pedido da Folha, um especialista em custos de televisão calculou quanto a Record está gastando para manter uma superestrutura de novelas (serão três simultaneamente no ar a partir de agosto), jornalismo (são 300 profissionais só em São Paulo), futebol e filmes.

O especialista, que pediu para não ser identificado, concluiu que a Record de São Paulo (que inclui o RecNov, central de estúdios no Rio) custa R$ 680 milhões por ano.

Dos R$ 950 milhões que a Record prevê faturar neste ano, ela deverá desembolsar R$ 256 milhões com comissões de agências de publicidade e repasses às suas afiliadas (são 98 emissoras em todo o país). Sem considerar o dinheiro da Universal, a Record terá um faturamento líquido neste ano de R$ 454 milhões. Como custa R$ 680 milhões, teria um déficit de R$ 226 milhões. Ou seja, os R$ 240 milhões da Universal fazem toda a diferença.

Alexandre Raposo contesta esses valores. Diz que os custos atribuídos à Record estão superestimados. Ele, no entanto, não revela seus números.
Raposo também não confirma (nem nega) que a Universal paga R$ 240 milhões: "Não falamos sobre investimentos de clientes. A igreja não é acionista, é um cliente. Acionista é Edir Macedo".

Mas é graças a esse poderoso "cliente" que a Record vem multiplicando seu tamanho. Em 1995, ela ocupava uma área construída de 8.000 m2 no bairro da Barra Funda, em São Paulo. Hoje, são 44 mil m2.

Mesmo assim, setores como o departamento comercial tiveram de se mudar para um prédio nos Jardins. E a produção de novelas se concentrará no RecNov, complexo no Rio que terá oito estúdios em 2007 e cinco cidades cenográficas.
 
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Journeyman
view post Posted on 29/8/2006, 00:13




Globo e Record disputam mercado externo

A Globo finalmente encontrou uma concorrente brasileira nas feiras internacionais de televisão: a Record. Pela primeira vez, as duas redes terão estandes de produtoras de grande porte na próxima MipCom, a última grande feira do ano, que acontece em Cannes (França) em outubro e reúne emissoras do mundo todo.
A Record, que já é a segunda maior exportadora de novelas brasileiras, vai expor cinco produtos. Além de "A Escrava Isaura" (já vendida para 16 países), "Essas Mulheres" e "Prova de Amor", oferecerá "Bicho do Mato" e "Cidadão Brasileiro" (que, diferentemente das demais, não terá seu título traduzido literalmente: em inglês, será "Scars", de cicatrizes).
A Globo, que já vendeu novelas para mais de 130 países, investirá na MipCom em um novo filão: a venda de microsséries e seriados para canais pagos e home vídeo no exterior.
Embalada pela carreira internacional de "Cidade dos Homens" ("City of Men", já lançada em DVD na França, o que também ocorrerá em setembro nos EUA, onde passa no canal pago Sundance Channel), a Globo oferecerá agora "Hoje É Dia de Maria" ("Today Is Maria Day") e "Carandiru - Outras Histórias" ("Carandiru").
Entre as novelas, as novidades serão "Belíssima" (idem) e "Alma Gêmea" ("Soul Mate"). "Da Cor do Pecado" ("Shades of Sin"), seu maior sucesso recente (25 países), também vai.
 
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Imortal
view post Posted on 7/2/2008, 16:51




Corinthians faz Globo levar tombo histórico no ibope

Ricardo Feltrin
Colunista do UOL News

A transmissão do jogo Corinthians x Barueri (1 a 1) jamais será esquecida pela Rede Globo. E a lembrança será dolorosa, segundo os dados de ibope, antecipados nesta quinta-feira por Ooops!.

De acordo com o "minuto a minuto", o jogo teve uma das piores audiências já registradas em um jogo de futebol exibido pela Globo, em São Paulo.

Assim que acabou o primeiro tempo da partida, o "placar" do ibope registrava 15 pontos para a Globo e incríveis 27 pontos para a Record --que exibia a novela dos mutantes doidos, "Caminhos do Coração", de Tiago Santiago.

A novela "Caminhos do Coração" venceu a Globo do começo ao fim, 22 a 20 (22h21 e 23h18). Foi a primeira vez que uma novela da Record derrotou a Globo em um capítulo completo.

Ou seja, na mesma noite que a Globo viu o fundo do poço, a Record registrou o maior pico de audiência em uma novela, e talvez a maior média, desde que a rede foi adquirida pelo bispo Edir Macedo, quase 20 anos atrás.

Os dados acima, antecipados por Ooops! foram confirmados oficialmente no início da tarde desta quinta-feira.
 
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Capitão Ácido
view post Posted on 7/2/2008, 17:04




hohoho
 
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#FF#
view post Posted on 8/2/2008, 10:53




É duro escolher entre jogo do Curíntia e novela da Record.
Azar dos paulistas! :D
 
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Curuja
view post Posted on 18/3/2008, 17:55




Record condena cenas de evangélicos em 'Duas Caras'

18/03 - 10:07 - Agência Estado


A Record declarou guerra contra a novela Duas Caras, da Globo. Anteontem à noite, a emissora destinou boa parte de seu Domingo Espetacular a um ataque à trama global, por conta das cenas de um linchamento lideradas pela personagem Edivânia (Susana Ribeiro), que foram ao ar na semana passada.

Na reportagem, que ficou mais de dez minutos no ar, o Domingo Espetacular acusou a Globo de ter preconceito de evangélicos e de ferir direitos constitucionais, entre outras coisas.

A matéria reproduziu ainda indignação de líderes evangélicos, telespectadores comuns e juristas sobre o assunto, além de exibir, praticamente na íntegra, a cena do ataque ao triângulo amoroso do folhetim.

A Globo, por meio de sua Assessoria de Imprensa, diz que: "Primeiro, é importante lembrar que novelas são obras de ficção. Segundo, em Duas Caras o que se pretende questionar é justamente o preconceito. Terceiro, não consideramos que a personagem em questão deva ser definida como religiosa: é uma fanática desequilibrada. Pessoas assim podem existir em qualquer religião. Rotulá-la de evangélica é que é uma visão preconceituosa."
 
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7 replies since 11/3/2006, 00:44   1179 views
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