Chatô, A novela do cinema brasileiro

Guilherme Fontes tem até este sábado para entregar 'Chatô'

O Globo

RIO - Guilherme Fontes, intérprete do contador Jeff Wall Street na novela "Bang bang", tem até este sábado para apresentar seu longa-metragem "Chatô", devidamente finalizado, à Agência Nacional do Cinema (Ancine).

Caso contrário, o ator, que dirige a adaptação cinematográfica do livro homônimo de Fernando Morais, terá de devolver R$ 35 milhões referentes ao uso do dinheiro público no longa-metragem, cujas filmagens começaram em 1999.

No dia 22 de dezembro, a Ancine enviou a Fontes uma carta-cobrança informando que ele teria 30 dias, a contar daquela data, para se manifestar, o que não aconteceu. O orçamento total de "Chatô" seria de R$ 12 milhões, dos quais R$ 8,5 milhões foram captados por meio das leis de renúncia fiscal.

A cobrança de R$ 35 milhões corresponde à atualização do valor captado.

O ator não foi encontrado pelo jornal "O Globo" nem pelo "Globo Online" para responder.

Tá ferrado...

E eu que tive uma pequena participação neste incompleto filme.Fiz uma ponta como figurante.
Que pena , pensei que mais uma vez ia me ver na telona.

É só procura-lo no velho oeste brasileiro.

Guilherme Fontes recusa-se a devolver R$ 30 milhões por "Chatô"
Data: 1/25/2006 11:13:00 AM

O ator Guilherme Fontes diz que não irá pagar os R$ 30 milhões cobrados pela Ancine, como compensação pelo uso de dinheiro público em Chatô.

A Ancine – Agência Nacional do Cinema - havia estabelecido 30 dias de prazo para pagamento do valor, em carta enviada a Fontes no final de 2005. O ator, que classificou a cobrança indevida, pediu uma renovação do prazo de captação do valor que falta para que conclua o filme.

"Erraram feio ao me fazer essa cobrança", diz Fontes, que afirma estar se "organizando para concluir o filme". "Mas ainda estou refém desses caras [a diretoria da Ancine]. Eles me seqüestraram."

Chatô, ficção sobre a vida do primeiro grande empresário brasileiro da mídia, Assis Chateaubriand, permanece inacabado desde 1999. Suas filmagens foram interrompidas pelo MinC (Ministério da Cultura), sob suspeitas de irregularidade.