PIXEL: nova editora de quadrinhos

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Capitão Ácido
view post Posted on 5/1/2006, 15:39




Editora Pixel estréia com Corto Maltese e promete muito mais

Por Sidney Gusman (04/01/06)

Corto Maltese, a obra máxima do italiano Hugo Pratt, finalmente volta ao Brasil, pela Pixel Media, a mais nova editora do mercado de quadrinhos, fruto de uma parceria inédita entre a Ediouro e a Futuro Comunicação.

E a estréia é em grande estilo, com um dos maiores clássicos dos quadrinhos mundiais: A Balada do Mar Salgado (formato 21 x 28 cm, 176 páginas em preto-e-branco, papel couché, R$ 33,00), primeira aventura do personagem, que já foi publicada aqui em 1983, pela L&PM. Infelizmente, no entanto, a editora gaúcha nunca deu a merecida atenção a Corto Maltese.

Agora, a Pixel promete lançar todos os álbuns do garboso marinheiro. Até então, apenas os leitores que tinham acesso às belas edições da portuguesa Meribérica / Liber puderam acompanhar suas aventuras cheias de intriga, ação, romance e até humor.

Criado em 1967, Corto Maltese logo se tornou um dos mais fascinantes personagens de histórias em quadrinhos de todos os tempos. Aventureiro, misterioso, conquistador, audacioso, dono de um espírito libertário e amante da liberdade, sempre concedida a ele pelo mar, o personagem virou sinônimo de HQ de qualidade.

Sempre trajando um casaco azul-marinho, quepe branco e com seu brinco na orelha esquerda, Corto é a personificação do homem do mar. Esse apego pelo oceano o herói herdou de seu pai, um marinheiro inglês. De sua mãe, uma exuberante cigana andaluza, ganhou a pele morena, o amor pela liberdade, a arte de ler passado e futuro nas cartas e, principalmente, o gosto pela aventura, conhecendo a cada porto novos lugares e pessoas.

Em suas aventuras, passadas na costa brasileira, em Veneza, na Argentina e em diversos países da África e Europa, Corto encontra figuras históricas e personagens conhecidos como Stalin, Jack London, o Barão Vermelho e outros. Além de "desfrutar" da companhia do barbudo Rasputin, seu inimigo ou aliado, dependendo da circunstância.

As histórias de Corto Maltese eram fruto de uma intensa pesquisa de Hugo Pratt (morto em 1995). A diferença é que o autor as fazia in loco, pois também era um viajante inveterado.

A editora garante que Corto Maltese é só o "pontapé inicial" no mercado de quadrinhos. Para tanto, já anunciou outros títulos bastante interessantes, como Gullivera e A Metamorfose de Lucius (ambos já lançados pela Meribérica; e Gullivera também publicado pela Heavy Metal Brasil), do italiano Milo Manara; Madman, de Mike Allred; Heart of Empire (seqüência de As Aventuras de Luther Arkwright cujas primeiras histórias foram lançadas aqui em dois álbuns da Via Lettera), de Brian Talbot; Shock Rockets, de Kurt Busiek (roteiro) e Stuart Immonen (arte); Jingle Belle, de Paul Dini; Thief of Always, de Clive Barker (argumento), Kris Oprisko (roteiro) e Gabriel Hernandez (desenhos).

Além disso, Criaturas da Noite, de Neil Gaiman (texto) e Michael Zulli (arte), e Arthur - Uma Epopéia Celta, de David Chauvel (roteiro) e Jérôme Lereculey (desenhos), deverão ganhar edições encadernadas mais luxuosas.

Outra boa notícia é que a editora lançará quadrinhos nacionais voltados para o público adulto. E começa logo O Curupira, trabalho inédito do mestre Flavio Colin, falecido em 13 de agosto de 2002. No álbum, o autor utiliza a lenda do Curupira para mostrar diversas facetas dos problemas ambientais do Brasil.

Os quadrinhos da Pixel serão lançados em bancas selecionadas e livrarias e a promessa é de álbuns de grande qualidade editorial, em sua maioria com 100 a 200 páginas, formatos grandes e valores entre R$ 20,00 e R$ 35,00. Fica a torcida do UHQ pelo sucesso da empreitada.




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Capitão Ácido
view post Posted on 4/9/2006, 15:17




Ultra, da Pixel, apresenta drama e aventura com super-heroínas

Por Marcelo Naranjo (31/08/06)

O que poderia ter de interessante a vida cotidiana de três amigas? E se elas fizessem parte de uma agência feminina de super-heroínas, seria mais atraente? A editora Pixel lança o primeiro volume da HQ Ultra - Sete Dias (formato 21 x 28 cm, 128 páginas, R$ 33,90), uma criação de sucesso dos irmãos Joshua e Jonathan Luna, os Luna Brothers.

Dirigido a todos os fãs de quadrinhos, mas com uma temática bem feminina, o álbum foi considerado nos Estados Unidos o Sex and The City (seriado norte-americano) das HQs, na época de seu lançamento.

Mas ao contrário do que se pode pensar, os leitores não encontrarão neste álbum mulheres musculosas que só lutam contra o mal. As personagens centrais da história são Liv, Jen e Pearl - também conhecidas como as super-heroínas Afrodite, Vaqueira e Ultra - vivem situações normais do universo feminino, como decidir a melhor roupa para sair, além do convívio com as amigas, que inclui brigas, papos divertidos e até dicas para aquele encontro especial.

As mulheres de Ultra estão em forma, são modernas, curtem se produzir e mantêm a vaidade até usando seus uniformes. As batalhas contra o crime servem de pano de fundo para longos bate-papos, saídas para baladas, almoços, jantares e tudo mais que ocorre no dia-a-dia de inúmeras mulheres. A história começa mostrando que Pearl está sem namorar há cinco anos, o que faz suas amigas encherem a sua paciência. Para tentar convencê-la a arranjar um namorado, Liv e Jen a levam a uma vidente e todas recebem conselhos sobre a vida amorosa.

Mas a trama também tem ação e sua história leva o leitor para um lado sombrio, com um plano perigoso escondido.

Em prefácio na introdução do álbum, o editor-chefe da Pixel, Odair Braz Jr, publica uma entrevista exclusiva com os Luna Brothers, na qual contam um pouco da história dos irmãos e de como conseguiram sucesso com suas criações - já que nos EUA é muito difícil se estabelecer tão rapidamente no ramo das HQs - além de outros detalhes curiosos sobre o álbum.
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>Il Monstro<
view post Posted on 5/9/2006, 15:17




Eu achava maneiro o Cartas Selvagens, universo que me foi apresentado com o GURPS Supers (RPG). Tinha uma Heroína, lá, Peregrine, que tinha toda esta cara.

Era meio que como o Anjo, dos X-Men, seu poder eram enormes asas que a permitiam voar, mas diferente do rumo que estes tomaram, seu poder não era inútil, pois super-ultra poderes não eram muito comuns e os planos mais macabros dos vilões de lá envolviam, na verdade, muitos super-heróis "recrutados". Pra resumir, era mais realista e plausível, tipo Watchmen, mas não tão carismático (ainda assim muito bom, olhando em retrospecto, agora).

Sobre Peregrine: Era namoradeira, aventureira, solar e, quando mais jovem (acho que é trintona ou quase, na história que li), impulsiva. Se envolve com um dos super-heróis e acaba tendo um filho, mas eles não permanecem um casal. Ela não tem identidade secreta, e na verdade apresenta um a espécie de Talk-show! O Poleiro da Peregrine.

Enfim. Bons tempos... Tava relendo o tópico cronologia/continuidade.
 
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Capitão Ácido
view post Posted on 14/9/2006, 20:56




Pixel Media é a nova editora da DC no Brasil

Por Sidney Gusman (13/09/06)

A Pixel Media, que é fruto de uma parceria entre a Ediouro e a Futuro Comunicação, será a nova "casa" da DC Comics no Brasil a partir de janeiro de 2007.

A editora, que estreou no mercado no início de 2006, ganhou a concorrência pelos títulos da DC da Panini Comics, que publicava os títulos desde novembro de 2002, e a Abril, que teve os direitos de Batman, Superman e companhia de julho de 1984 a julho de 2002.

Procuradas pelo Universo HQ, a Pixel e a Panini preferiram não se manifestar sobre o assunto. No entanto, pelo que apuramos, a mudança de editora é certa.

Com o crescimento alcançado nos últimos anos, a editora liderada por Dan DiDio tem procurado estabelecer uma real concorrência com a Marvel mundo afora, como acontece nos Estados Unidos. Recentemente, a Planeta De Agostini adquiriu os direitos da DC na Itália, a exemplo do que já acontece na Espanha. Nos dois países, a "briga" pelos mercados é com a Panini, responsável pelos direitos de publicação da "Casa das Idéias" em todo o planeta.

Se por um lado muitos fãs já demonstram preocupação em fóruns pela internet, em virtude do bom trabalho feito pela Panini com os títulos da editora, por outro se instituirá, pela primeira vez "pra valer", uma bem-vinda concorrência entre a Marvel e a DC no Brasil. E os fãs e o mercado de quadrinhos é que tendem a ganhar com isso.

O único período em que houve alguma concorrência por aqui entre as duas maioriais do mercado de super-heróis foi entre 1979 e 1984. A Marvel estava diluída entre a Abril e a RGE, enquanto a Ebal já publicava a DC sem muito ímpeto.

Os grandes momentos da "Casa das Idéias" e da "Distinta Concorrência" no Brasil, contudo, foram quando ambas tiveram suas revistas publicadas pela mesma editora: primeiro na Ebal, depois na Abril e, finalmente, na Panini.

Fique de olho no UHQ para novas informações sobre o assunto, que podem surgir a qualquer momento.

:o: :sick: :huh: :unsure:
 
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Capitão Ácido
view post Posted on 12/10/2006, 18:51




O Curupira, da Pixel, nas livrarias e lojas especializadas

Por Marcelo Naranjo, sobre o press release (09/10/06)

O Curupira (formato 21 x 28 cm, 60 páginas, R$ 29,90), personagem do folclore brasileiro, é também a mais nova aposta da Pixel Media na área das HQs.

O álbum é a segunda publicação inteiramente nacional da editora (a primeira foi Os Inimigos não Mandam Flores, de Ferréz). Dirigido especialmente às crianças e adolescentes, o álbum de Flavio Colin, baseado no lendário defensor da natureza, é sua última obra inédita e já pode ser encontrada nas bancas, gibiterias e principais livrarias de todo o País.

Colin (1930 - 2002) é um dos maiores quadrinhistas brasileiros de todos os tempos. Sua obra sempre se notabilizou por tratar de temas e personagens brasileiros e não é diferente em O Curupira.

Curupira, criatura de cabelos vermelhos cor-de-fogo, tem pés ao contrário para enganar caçadores que o perseguem e adora sentar em árvores para comer seus frutos. Protege as matas e seus habitantes, defende a fauna, a flora e pune os agressores da natureza - caçadores e empresas clandestinas.

Nesta HQ, Curupira vive cinco histórias que se interligam do começo ao fim. O leitor entrará, por exemplo, nos mistérios da Amazônia e verá as agressões do homem à maior floresta tropical do mundo, a caça predatória para a venda de peles, as queimadas e tantos outros problemas que afligem a região. E ainda conhecerá outros personagens do folclore brasileiro, como a Onça-pé-de-Boi e o Jurupari.

Todos os problemas tratados no álbum O Curupira, escrito alguns anos antes da morte do autor, ainda persistem, infelizmente, na realidade brasileira. Mesmo assim, o genial Flavio Colin mostra os problemas da floresta amazônica de um modo leve e descontraído - um jeito de agradar e ao mesmo tempo conscientizar os leitores sobre a importância da preservação do meio ambiente, em histórias que vão entreter toda a família.
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Capitão Ácido
view post Posted on 4/2/2007, 18:09




OS PLANOS DA PIXEL
para Vertigo, Wildstorm e ABC

Numa entrevista ao Universo HQ, o diretor André Forastieri e os editores Odair Braz Júnior e Cassius Medauar revelam que títulos continuam de onde estão, quais recomeçam e que seus materiais não serão lançados apenas em gibiterias e livrarias

Por Sidney Gusman (03/02/07)

Há poucos meses, a Pixel Media esteve muito perto de se tornar a editora dos super-heróis da DC Comics no Brasil, mas a negociação sofreu uma reviravolta e a Panini Comics continuou com os direitos.

No dia 1º de fevereiro, a editora confirmou que assinou contrato para a publicação dos títulos da Vertigo, WildStorm e ABC, linhas que eram seu objetivo inicial quando começou a negociação com a DC.

O diretor da Pixel André Forastieri e os editores Odair Braz Júnior e Cassius Medauar concederam uma entrevista ao UHQ para contar quais os planos da editora. E entre as perguntas havia várias feitas por leitores - mais de 100 enviaram suas questões, em pouco mais de duas horas (nosso muito obrigado a todos).

Confira, portanto, como ficam os rumos de Vertigo, WildStorm e ABC no Brasil, a partir de abril - data do primeiro lançamento. E será uma revista vendida em bancas!

Universo HQ: A editora focará seu trabalho apenas na publicação de álbuns?

André Forastieri: Não. A Pixel já publica Spawn e alguns álbuns nas bancas e agora, mais ainda, nossa intenção é lançar mais coisas. E continuar aumentando os lançamentos de livrarias também.

UHQ: Depois da decepção com a reviravolta na negociação dos títulos da DC, publicar Vertigo, WildStorm e ABC soa como "prêmio de consolação"?

Forastieri: Olha, resumidamente, a história foi assim: em maio do ano passado, da Comic Con de San Diego, fizemos uma propostas para a DC Comics, para publicar Vertigo, WildStorm e ABC, que eram produtos mais dentro do nosso foco, ou seja, títulos adultos voltados para livrarias. Este era nosso plano.

Então, numa reunião, a DC nos convidou pra fazer uma proposta para tudo: o que já queríamos, mais a linha de super-heróis. Estávamos eu e o (Odair Braz) Júnior. Foi uma surpresa. Ficamos, literalmente, uma hora dizendo "não, isso não é pra gente"; "a Pixel é uma editora que está começando"...

Odair: Que ia continuar com a Panini...

Forastieri: A editora, na época, tinha cinco meses de existência e, na nossa cabeça, encarávamos isso como uma coisa gigantesca. Mas eles insistiram bastante e, após os sócios da Pixel (a editora é uma parceria entre a Futuro e a Ediouro) conversarem e fizemos uma proposta. E durante um tempo, parecia que a gente tinha levado.

Mas, de fato, no final da história, não levamos. E, francamente, deu a lógica, pois a Panini, hoje, é a rainha das bancas no que se diz respeito a quadrinhos. Tem Turma da Mônica, super-heróis Marvel e DC, Top Cow, vários mangás e materiais europeus.

O que não quer dizer que outras editoras não possam lançar coisas boas em bancas. Mas o nosso foco sempre foi mais para gibiterias, livrarias e venda pela internet. Mais para o leitor colecionador do que o casual de bancas.

Então, é assim: a gente gostaria de publicar Batman? Lógico. Homem-Aranha também. Mas, no final, o resultado (da negociação) foi revertido e estamos extremamente felizes de publicar nossos quadrinhos favoritos. Por isso, esperamos levar outros "prêmios de consolação" como este.

UHQ: Vocês disseram que vão para as bancas, onde a concorrência da Panini, que tem dezenas de títulos mensalmente, será enorme...

Forastieri: Nosso contrato é de licenciado master, o que significa que podemos lançar qualquer coisa que quisermos, do catálogo atual ou futuro, de Vertigo, WildStorm e ABC, tanto em bancas como em livrarias, no Brasil e em Portugal.

UHQ: Há leitores querendo saber se a Pixel lançará seus títulos em Portugal...

Forastieri: Sim, estaremos em Portugal.

Odair: Além disso, estamos indo para a (distribuidora) Dinap.

Forastieri: Isso é uma coisa importante. Nós somos a favor da concorrência. Então, como Fernando Chinaglia distribui as revistas da Panini, que é a principal editora de quadrinhos do Brasil, decidimos pela Dinap, que tem um histórico muito interessante em bancas, que é o Território HQ, feito pela Conrad.

Além disso, a proposta foi muito boa para a Pixel. E nós achamos que teremos uma distribuição mais adequada para este tipo de títulos.

UHQ: É fato que títulos dessas linhas nunca foram campeões de vendas em bancas. Como sobreviver nesse segmento, então?

Forastieri: O plano da Pixel é trabalhar muito com os leitores em pesquisas, comunidades na internet, encontros ao vivo. Não queremos ser donos da verdade. Não sabemos tudo. Por isso, queremos ouvir os fãs para construir essa grade.

Nós já temos uma grade básica de publicação para os primeiros seis meses, em bancas e livrarias. Mas o que vai entrar depois disso, e em que momento, nem nós sabemos ainda. Por exemplo: todo mundo aqui é fã de Preacher, que já foi publicado no Brasil de várias maneiras. E qual é a melhor?

Então, francamente, achamos que devemos ouvir os fãs de Preacher. Não é que vamos sempre fazer o que eles pedirem, pois temos necessidades econômicas, limites de produção etc., mas tentaremos atender seus anseios o máximo possível.

Pra ter noção do nível de maluquice que estamos, discutimos bastante tempo se não devemos lançar uma edição especial só com as histórias de Preacher inéditas no Brasil. O final da saga, numa tiragem limitadíssima.

UHQ: Isso foi descartado?

Forastieri: Não, não foi. Nós vamos perguntar pros fãs. Há mil leitores que comprariam uma edição com essa tiragem? Se tiver, de repente, a gente faz.

Cassius: E continuamos lançando os outros álbuns depois.

Forastieri: Pros leitores que nunca leram Preacher na vida.

Por exemplo, tem coisas que sabemos que tinham tiragens de mil exemplares e tinham potencial para mais. Títulos como 100 Balas, que tem um apelo enorme com gente que não lê quadrinhos e até com quem acompanha super-heróis.

Odair: Por isso, em breve colocaremos uma pesquisa no site Herói, em fóruns, no Orkut perguntando justamente coisas assim. "Os leitores querem que se lance 100 Balas do começo ou de onde a Opera Graphica parou?"

Forastieri: Nos primeiros seis meses, temos que seguir a programação que entregamos para a DC. Temos liberdade de mudar alguma coisa, mas não tudo. Agora, a partir do segundo semestre, quando já tivermos feito esse trabalho junto aos leitores, teremos várias respostas importantes.

Todo mundo acha linda uma edição de capa dura, com papel de luxo, mas se queremos atrair leitores novos para títulos como, por exemplo, 100 Balas, será que a melhor maneira de publicá-lo é a R$ 70,00, num álbum primoroso?

A gente acredita que não. Nós queremos, ao máximo possível, atender os fãs como nós, que compram produtos mais elaborados graficamente. Mas seria uma burrice, um elitismo idiota, descartar o potencial imenso de leitores mais jovens para esses materiais, que não têm nenhuma condição de pagar três, quatro álbuns por mês.

Mas 100 Balas, especificamente, é um título que, possivelmente, só mexeremos no segundo semestre, porque a história é absolutamente incompreensível para quem começar a ler no número 70. Leitores nos ajudem! (Risos)

Odair: E é uma história maravilhosa, que achamos que pouca gente acompanhou até agora.

Forastieri: Além disso, vale lembrar que não é só a Pixel que publica quadrinhos. Outras editoras também lançam álbuns bons e os leitores têm que comprar o que acham melhor.

UHQ: Qual será o primeiro lançamento da Pixel nessas linhas?

Forastieri: Será a Pixel Magazine, uma revista mensal, de 96 páginas, com o melhor de Vertigo e WildStorm, que sairá em abril. O mix detalhado divulgaremos mais pra frente, mas adianto que na edição de estréia tem Planetary e Hellblazer.

Cassius: Mais pra frente entra DMZ (série de Brian Wood), que é um material muito bom, e outras coisas bacanas.

Odair: E a distribuição, possivelmente, será nacional.

UHQ: E Planetary sai de que ponto?

Cassius: Continua de onde a Devir parou (foram publicados dois álbuns). Partiremos da edição 13.

Forastieri: Todos os títulos que vinham sendo lançados no Brasil, estamos discutindo muito para ver se dá pra continuar de onde parou ou não. No caso de Planetary, por acaso, a próxima história se passa no passado do Elijah Snow, que apresenta o personagem de maneira interessante.

Além disso, as edições trarão muitos textos explicativos e usaremos muito a internet para informar o que aconteceu até agora. E citando quem publicou.

Cassius: Se quer saber como foi a história, compre a edição tal, lançada pela editora tal.

Forastieri: Daqui a um ano podemos vir a publicar o primeiro álbum do Planetary? Sim, mas hoje ele está nas livrarias.

UHQ: Isso é importante explicar: vocês não podem publicar materiais que outras editoras lançaram no período de um ano, certo?

Forastieri: Isso. A partir de um ano da publicação por outra editora, nós podemos publicar, mas não quer dizer que vamos. Se chegarmos em grandes sites e livrarias e tiver o Planetary - O Quarto Homem pra vender, não tem sentido lançar.

Cassius: A menos que a revista mix esteja fazendo muito sucesso e os leitores estejam pedindo a publicação do material...

UHQ: E como ficará o padrão gráfico das edições? Especialmente de séries que já vinham sendo publicadas? Preacher, por exemplo, volta em álbum com o formato um pouco menor adotado pela Devir?

Forastieri: Cada caso é um caso. Preacher já tem três volumes publicados naquele formato. A lógica diz que devemos continuar, para não detonar a coleção do leitor. É odioso pegar algo no meio do caminho e mudar formato, preço etc.

Agora, algo que saiu um volume só, numa tiragem muito limitada, que pouca gente viu, como Y - O Último Homem, podemos começar de outra maneira.

Não podemos querer padronizar. Cada título deve ser analisado separadamente.

UHQ: Vocês pensam em usar Y - O Último Homem na revista mensal?

Forastieri: Este é um dos casos mais complicados. É ridículo partir de onde parou e, por outro lado, recomeçarmos a série, em livro, com a edição da Opera à venda é inviável. E como não é um título para bancas, é difícil.

Mas é bom esclarecer que a idéia da Pixel Magazine é publicar coisas que vendem muito bem. É por isso que o John Constantine vai estar lá, porque é um personagem - como o Sandman - conhecido por muita gente que não lê quadrinhos, que viu o filme ou sabe da existência dele. A idéia é publicar na revista sempre com arte muito sofisticada - e Y - O Último Homem tem um desenho simples.

UHQ: A Pixel Magazine será impressa em que tipo de papel?

Forastieri: Estamos discutindo ainda. Nós queremos ter produtos com preços acessíveis. Não é porque é alternativo que precisa ser caro. Mas vamos deixar claro: quanto melhor o papel, mais alto o preço.

Odair: Nós teremos edições nas bancas em papéis Pisa Brite, LWC, couché, depende do produto.

Forastieri: Aliás, a própria DC faz isso. Cada produto tem sua lógica. Não dá pra fazer uma fôrma para tudo.

UHQ: Hellblazer tem uma cronologia muito bagunçada no Brasil. De onde vocês partirão?

Forastieri: É difícil, porque as duas melhores pontes de entrada que descobrimos têm 50 números de diferença entre elas. (Risos)

Como uma das nossas preocupações é apresentar bem o personagem, provavelmente devemos começar com umas histórias muito boas escritas pelo Paul Jenkins e desenhadas pelo Sean Philips.

UHQ: Isso já está definido?

Forastieri: Ainda não batemos o martelo, mas temos uns... três dias pra fazer isso. (Risos)

UHQ: A Pixel precisa cumprir uma meta de lançamentos?

Forastieri: Não. Nossa grade básica, que achamos boa, será de cinco revistas por mês em bancas. Uma mensal e as outras em forma de minisséries e especiais. O material da Vertigo e da WildStorm se presta muito bem para isso.

Cassius: Em geral, serão minisséries de duas, três partes, no máximo.

Forastieri: A idéia é fazer as minisséries com 96 paginas por edição, que feche um arco. Depois de seis meses, vamos encadernar.

UHQ: Mas vão praticar um preço mais barato?

Forastieri: Muito mais barato. Pô, o material já está impresso. Nossa meta - e não quero dizer que conseguiremos cumprir isso sempre - é ter esses encadernados com padrão gráfico decente, que não é superluxuoso, mas com capa cartonada e papel bom, 200 páginas ou mais, na faixa de R$ 25,00.

Além disso, teremos os álbuns, voltados diretamente para gibiterias e livrarias e, estes sim, com padrão gráfico superior.

UHQ: E qual será o primeiro livro da Pixel?

Forastieri: Nossa idéia é valorizar a origem da Vertigo. Por isso, nosso primeiro álbum será um encadernado com histórias (algumas já lançadas aqui) dos personagens que começaram o selo. Todas escritas pelo Neil Gaiman.

Uma HQ do encontro dos Sandmen (o Mestre dos Sonhos e Wesley Dodds, o protagonista de Sandman - Teatro do Mistério), uma do Monstro do Pântano e outra do John Constantine. Num álbum de luxo, papel maravilhoso, capa dura, com extras contando como nasceu a Vertigo. O nome da edição não está definido ainda.

Aí, na Pixel Magazine # 1 terá uma história de seis páginas da Morte, escrita pelo Neil Gaiman e desenhada pelo Jeff Jones (publicada na Vertigo: Inverno, da Opera Graphica), que servirá como um link com o álbum.

Aliás, essa será uma preocupação constante da Pixel Magazine: trazer HQs que tenham ligação com uma minissérie ou livro que esteja sendo lançado naquele momento.

UHQ: Vocês têm intenção de anunciar um pacote de lançamentos?

Forastieri: Nossa idéia, como vamos começar em abril, é anunciar isso um pouco antes. Mas não a programação do ano inteiro, pois queremos envolver os leitores o máximo possível nesse processo de decisão, sempre levando em conta a viabilidade econômica do negócio.

UHQ: Como fica, especificamente, Sandman? A Conrad tem contrato para publicar os dez álbuns, mas e as reimpressões?

Forastieri: Sandman continua sendo publicado normalmente pela Conrad até o final. Os livros estão ótimos, um excelente trabalho que está vendendo muito bem. E me orgulho de ter participado desse momento (André Forastieri era um dos donos da Conrad quando a série começou a ser lançada).

Nós temos direito de publicar já os três primeiros volumes (Prelúdios e Noturnos, A Casa de Bonecas e Terra dos Sonhos), mais Sandman - Noites Sem Fim e Caçadores de Sonhos. E Stardust (escrita por Neil Gaiman) também. Mas não vamos lançar tão cedo.

Provavelmente, esperaremos mais um pouco e, no final do ano, publicaremos uma edição bacana da primeira saga de Sandman, recolorizada e com umas 40 páginas de extras sobre a criação da série. Pros fãs mesmo.

UHQ: A Pixel pode lançar Sandman ao mesmo tempo em que a Conrad estiver terminando a série?

Forastieri: Sem problema. Poderíamos lançar alguns já se quiséssemos.

UHQ: Então, a Conrad não pode republicar os primeiros álbuns que estejam esgotados?

Forastieri: Não.

UHQ: As séries oriundas de Sandman, como Lúcifer, Dreaming e outras têm chance?

Forastieri: Vamos esperar que a pessoas nos falem o que querem. Vai ter uma história legal do Sonhar, na Pixel Magazine.

UHQ: Sandman foi uma série capaz de atrair para as HQs, gente que não lia quadrinhos e até hoje acompanha tudo de Neil Gaiman - e, muitas vezes, só isso. Que outros títulos acha que possuem esse potencial?

Forastieri: O que o mercado norte-americano nos mostra que atraiu esse público de Sandman é Fábulas. Já 100 Balas pega um cara diferente, que não lê super-herói, que curte balada, mas não tem saco mais pra ler o Homem Aranha do mês. O mesmo vale pro Planetary.

Essas linhas tem essa abertura diferente: pegam gente mais madura, universitários, profissionais e até o cara que tinha deixado de ler quadrinhos de super-heróis.

UHQ: Fábulas vocês já sabem como trabalharão?

Forastieri: Sim. A maioria das coisas que vamos lançar apenas no formato álbum, terá sempre algo em banca para apresentar o título para o público em geral. No caso de Fábulas, vamos publicar o especial O Último Castelo, de 48 páginas, desenhado pelo P. Craig Russel, dentro da Pixel Magazine # 4, acho, para que mais gente conheça um pouco da história.

Aí, no mês seguinte, Fábulas volta em formato álbum, de onde a Devir parou.

Por exemplo, estou lendo um livro lindo, chamado Fábulas - Mil e Uma Noites, uma história sensacional estrelada pela Branca de Neve, com desenhos do John Bolton, do Brian Bolland, Charles Vess e outras feras, que saiu nos Estados Unidos em 144 páginas, com capa dura e sobrecapa. Se eu lançar assim aqui, não vou vender nada, porque pouca gente conhece Fábulas.

Então, colocando Fábulas na revista mix ou em especiais de banca, criamos um conhecimento de que aquele material existe e aumentamos as chances de o título ir bem nas livrarias.

Isso vale para Preacher também. Quando formos continuar os álbuns de onde a Devir parou, lançaremos alguns especiais da série, como Cassidy e O Cavaleiro Altivo, de 80 ou 96 páginas, em bancas. E depois de seis, oito meses, encadernamos as edições num volume só.

UHQ: Ainda na linha Vertigo, Os Invisíveis será publicado?

Forastieri: É um dos meus gibis preferidos dos anos 90.

Cassius: Mas a gente ainda não sabe como lançar. Vamos publicar, mas não sabemos se em encadernado ou banca. É muito complicado.

Forastieri: Olha que situação maluca: os primeiros números de Invisíveis tiveram tiragem maior, depois esse número caiu e em seguida parou. Como trabalhar isso? Lançar uma tiragem, pequena do arco inicial? Continuar de onde pararam? Difícil, pois quem não leu os primeiros, não consegue entender, pois a série é mais complexa que 100 Balas. Daí a dúvida. Aguardamos opiniões dos fãs.

UHQ: Nessa linha há também Transmetropolitan...

Cassius: É o mesmo caso. Ainda não sabemos como lançar. Teremos que pesquisar junto aos leitores.

Forastieri: Uma coisa que estamos avaliando é uma hipótese meio maluca. Alguns títulos são tão específicos que talvez seja o caso de fazer uma pré-venda. Chegar no mercado e dizer: "Estamos considerando a hipótese de publicar Transmetropolitan, em livro, formato assim ou assado. Quem quer comprar?".

Ou podemos fazer isso direto com os pontos de vendas, com gibiterias e livrarias. Se elas se comprometerem a adquirir uma quantidade X, a gente faz.

UHQ: Patrulha do Destino, do Grant Morrison, pode pintar?

Forastieri: É tudo nosso.

UHQ: Materiais antigos como Monstro do Pântano, do Alan Moore, e Sandman - Teatro do Mistério podem ser relançados? Ou a prioridade será para materiais inéditos?

Forastieri: Veja, o material inédito é, certamente, prioridade. Nós vamos publicar algumas coisas como o Monstro do Pântano do Alan Moore? Lógico. Mas o que os fãs precisam entender, é que temos cinco anos para lançar esses títulos. Por mais que seja tentador soltar algo que acaba de sair nos Estados Unidos, nem sempre essa é a melhor coisa a fazer.

Odair: Esses clássicos terão sua hora, claro.

UHQ: Watchmen está no pacote?

Cassius: Não. Watchmen (que recentemente foi republicado pela Via Lettera) pertence ao catálogo da DC.

Forastieri: Mas V de Vingança é Vertigo. E este é um título que, daqui a cinco anos, as pessoas têm que achar isso numa prateleira de livraria. Precisa estar sempre à venda.

UHQ: O Universo WildStorm passou recentemente por uma "revolução", cujo ponto de partida foi a minissérie do Capitão Átomo, super-herói da DC que ficou uns tempos nessa outra linha. Vocês lançarão essa obra como ponto de partida?

Forastieri: Não, porque tem materiais maravilhosos da WildStorm que foram pouco - ou nada - vistos por aqui, que merecem ser lançados antes.

Odair: Wild C.A.T.s, por exemplo, devemos voltar da fase 2.0 ou da escrita pelo Alan Moore.

Cassius: A própria DC nos orientou a não se apressar em relação aos materiais mais novos da WildStorm, pois os lançamentos estão demorando para sair lá. Esse material do Capitão Átomo, por ser recente, também vai esperar um pouco.

UHQ: Esses materiais da WildStorm sairão na Pixel Magazine?

Forastieri: Não. A revista mix é pra um cara que gosta de quadrinhos comprar e ser feliz. E que ele não precise seguir série nenhuma. Ao mesmo tempo, o leitor usual também vai curtir.

Cassius: Esses materiais devem sair em minisséries ou edições especiais.

Forastieri: Nossa idéia é fazer da Pixel Magazine, modestamente, uma espécie de Heavy Metal, com coisas que estarão sempre ali e outras histórias fechadas que não exigem nenhum conhecimento prévio sobre o personagem.

UHQ: E Authority?

Forastieri: Vai continuar de onde parou na Devir. Em bancas.

Cassius: É um das melhores coisas do pacote, pois os arcos são quase sempre de quatro partes. Então, faremos especiais de 96 páginas, que podemos encadernar depois juntando dois ou mais volumes.

Odair: E temos histórias curtas do Authority que vamos colocar na Pixel Magazine. Elas podem ser entendidas por gente que não lê a série e servirão para atrair a atenção dos leitores para o título.

UHQ: Astro City?

Forastieri: Somos muito fãs da série. Astro City sai de cara. Histórias legais também em bancas. A estréia é com material inédito.

Odair: Mas pretendemos relançar aquela primeira minissérie (saiu aqui pela Pandora Books), que deu origem ao título.

UHQ: Gen13?

Cassius: Provavelmente, sai alguma coisa ainda este ano, mas não sabemos ainda de onde partiremos.

UHQ: The Maxx, do Sam Kieth, tem uma fase na WildStorm. Alguma possibilidade?

Cassius: Creio que temos direito, mas ainda não analisamos. É muito material para ser avaliado.

UHQ: Ex Machina, série que já teve um especial lançado pela Panini, está nos planos?

Forastieri: Em maio, nas bancas. É nosso. Nós selecionamos para os primeiros meses personagens que já tenham sido publicados no Brasil, mas em histórias inéditas. Este merece ser publicado, é legal e vamos primeiro pra banca. Queremos que mais gente conheça títulos como Ex-Machina.

UHQ: Quem publicará as minisséries e especiais com crossovers entre personagens da Wildstorm e da DC Comics, como Authority/Batman ou Authority/Lobo?

Forastieri: Ninguém sabe. Em tese, o que foi publicado pelo selo WildStorm é nosso. O que saiu pela DC é da Panini. Então, a gente vai atravessar esse rio quando chegar nele.

UHQ: Liga Extraordinária, que saiu pelo selo ABC, é da Pixel?

Forastieri: Esse material requer uma negociação separada. Há alguns títulos cujo copyright não é da DC. Por exemplo: Thundercats e Robotech não são da DC, apesar de a WildStorm ter publicado. Liga Extraordinária tem um contrato bem complicado com o Alan Moore e, francamente, a Devir está fazendo um ótimo trabalho.

E o terceiro álbum da série, que sai este ano, League of Extraordinary Gentleman Dossier é uma edição graficamente muito complicada.

Odair: Parece que terá até um disco de vinil dentro pro leitor colocar pra ouvir.

Forastieri: A informação que temos da DC é que será uma coisa muito cara e complicada de publicar fora dos Estados Unidos. Acho que nem tentaremos buscar isso.

UHQ: Ainda em relação ao selo ABC, quais as chances de Promethea ou Tomorrow Stories?

Forastieri: Logo, logo. Promethea este ano ainda. Vamos ver como.

UHQ: Tom Strong voltará?

Forastieri: Vai voltar a partir de onde parou na Devir, mas não definimos o formato ainda.

Cassius: Já Top Ten, só o que ainda não saiu, que são especiais. Os dois álbuns já saíram pela Devir.

UHQ: Há possibilidade de saírem títulos da DC que, apesar de não serem Vertigo, são mais "alternativos", como Hitman e Starman?

Forastieri: Não. Nós adoramos as duas séries e esperamos que a Panini lance encadernados das duas.

UHQ: Com essas linhas, a Pixel deixará de dar ênfase ao material mais alternativo e menos conhecido que vinha lançando?

Odair: Vertigo é alternativo por essência...

Forastieri: Vamos continuar publicando outros materiais, como Spawn e temos vários álbuns europeus programados. Os eróticos inclusive.

Lógico que nossa prioridade é colocar esse projeto novo para andar. Por isso, não vamos mais lançar coisas que, apesar de gostarmos muito, se assemelhem com os títulos da Vertigo, WildStorm e ABC. Nexus, por exemplo. Só se for alguma coisa bem diferente.

UHQ: Pingue-pongue agora. Graphic novels do Kyle Baker, como You are here, I die at midnight, King David, Why I hate Saturn?

Forastieri: Se depender de mim, publico Rei Davi amanhã, mas o leitor tem que entender o seguinte: no primeiro ano, temos que nos consolidar na banca e provar pro mercado livreiro que ele pode pegar mais mil ou dois mil exemplares, para abrir um espaço importante. Essa é a nossa missão.

Tem várias coisas que a gente adora, mas o potencial de vendas é muito pequeno. Então, esses títulos vamos lançar dependendo da demanda. Não posso colocar na grade algo que vai vender pouco. É difícil.

UHQ: Heavy Liquid, do Paul Pope?

Forastieri: Não sei.

UHQ: American Virgin, do Steven T. Seagle e Becky Cloonan?

Cassius: É um material ainda recente, vamos analisar mais pra frente.

UHQ: The Fountain, do Daren Aronofsky e Kent Williams?

Cassius: Por enquanto, não. É um álbum bem grande e sairia caro demais.

UHQ: Pride of Baghdad, do Brian K. Vaughan e Niko Henrichon?

Cassius: Esta programado para este ano ainda.

UHQ: A fase do American Splendor, do Harvey Pekar, na Vertigo?

Forastieri: Não sabemos. Temos que ver se podemos. Talvez os direitos pertençam ao Pekar.

UHQ: Fora dessas linhas, a Pixel pretende publicar algum clássico das HQs dos anos 40, 50 e 60?

Cassius: Temos algumas coisas sendo estudadas, mas nada fechado.

UHQ: Vocês publicarão os últimos dois números da série Arthur, lançados recentemente na França?

Odair: Não. Esse material era da Ediouro e não daremos continuidade.

UHQ: Um leitor pergunta se contratarão mais editores, tradutores e revisores para manter a qualidade editorial?

Forastieri: Quer ser tradutor? Não precisa nem mandar o currículo. Traduz um gibi bem difícil e manda pra gente. Se estiver bom, a gente contrata. (Risos)

UHQ: Com esse acréscimo de títulos, a Pixel terá alguma linha editorial?

Forastieri: Nosso negócio é lançar títulos que as pessoas gostem. Formar um belo catálogo. O que uma editora pode fazer de melhor é levar coisas legais para o máximo de pessoas.

E toda editora faz isso à sua maneira. A Devir tem um cuidado muito legal com a seleção material que publica, não só pelo trabalho do Mauro (Martinez dos Prazeres, publisher), do Douglas (Quinta Reis, diretor) e do próprio Leandro (Luigi Del Manto, editor), mas porque eles acreditam que merecem ser conhecidas por mais gente. A Conrad e a Opera também, mas cada uma no seu estilo. As escolhas partem sempre do gosto pessoal e, no nosso caso, não é diferente, pois antes de sermos editores, somos fãs.

UHQ: Os títulos nacionais ficarão de lado?

Forastieri: Não. Teremos alguns trabalhos brasileiros também.

Odair: O primeiro deles é um álbum do Zózimo, do (roteirista) Wander Antunes.

Forastieri: Olha, tudo que me mandam pra analisar, eu leio. O Odair e o Cassius idem. E quando vou numa gibiteria compro de tudo. Fanzine, revista independente, HQ nacional etc. Só que as pessoas querem ser publicadas, mas poucos mandam seus trabalhos pras editoras...

UHQ: Qual é o maior desafio para a publicação de quadrinhos no Brasil?

Forastieri: Acho que nosso desafio tem três pontos:

1) Produtos fortes. No nosso primeiro ano, tivemos alguns, mas não tínhamos uma linha forte, o que estávamos buscando. Acho creio que temos.

2) Bom custo gráfico, para garantir o produto com um preço decente. E a Ediouro, que a sócia da Pixel tem uma ótima gráfica. Podemos imprimir onde quisermos, mas se um sócio da empresa tem a maior gráfica do Rio de Janeiro, ajuda bastante para chegar a um custo bacana.

3) Boa distribuição. Estamos na Dinap, que fará um trabalho forte. E essa força será vista também em livrarias. Teremos uma equipe exclusiva para esse segmento e vamos usar a estrutura da Ediouro, que é líder de vendas em livros. Junto com isso, faremos uma ação mais ambiciosa de venda na internet. Ou seja, somando tudo isso, o cara só não compra se não quiser. Mas não porque não achou.

UHQ: Como você prevê a Pixel daqui a cinco anos, quando esse contrato estiver expirando? Diversificando os lançamentos, ou concentrando-os num determinado gênero? Expandindo as tiragens ou focando em nichos?

Forastieri: Eu a vejo nas livrarias. O que percebo é que não temos que oferecer um produto por um mês apenas, mas para sempre. Tem que haver catálogo, venda pela internet, na livraria. Precisa estar sempre disponível. Nosso objetivo é ter o mais importante catálogo do Brasil. As bancas suportam 30 até 45 dias; depois, acabou!

UHQ: Não acha contraditório dizer que quer levar seus títulos pra mais gente e dizer que, daqui a cinco anos, enxerga a Pixel nas livrarias?

Forastieri: Não, porque vai muito mais gente nas livrarias. Um livro que vende bem em determinado gênero alcança 20 mil exemplares, mas em um ano. O que é elitista pra caramba é ter um título na banca por um mês. Se você não tiver dinheiro pra comprar, ferrou.

O trabalho que fizemos na Conrad com os mangás, do qual todos aqui participaram, gerou muitos leitores. Agora, o pessoal vem dizer que as vendas de mangás estão ruins. Nada! O problema é que agora tem uns 30 títulos nas bancas. Hoje só existem eventos pelo Brasil todo, porque sete anos atrás lançamos Pokémon, Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball etc.

Eu continuo lendo super-heróis americanos. Compro pra saber o que está rolando. E se você pegar a lista de revistas mais vendidas do mês, verá que ela é muito diferente da de encadernados. Nesta segunda, aparecem vários títulos que vamos publicar. É uma linha premiada, com números (financeiros) legais e talvez seja a mais premiada do mundo.

Esse trabalho nas livrarias é de longo prazo, de educar o leitor que ali também se vende quadrinhos.

E é o seguinte: nada impede que a gente lance alguma em revista e descobrir depois que a lógica é livro. Ou vice-versa. Se publicarmos um título como livro e esgotar do dia pra noite, significa que ele tem uma demanda reprimida e temos que fazê-lo com uma tiragem maior e preço menor.


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Capitão Ácido
view post Posted on 17/3/2007, 23:02




O Traça: um herói diferente pela Pixel Media

Por Marcelo Naranjo, sobre o press release (06/03/07)

A Pixel Media lança este mês O Traça (formato 17 x 29 cm, 160 páginas, R$ 32,90), de Steve Rude e Gary Martin.

Jack Mahoney gerencia um circo durante o dia e, à noite, se transforma no justiceiro O Traça. Em sua luta contra o crime, o super-herói enfrenta inimigos estranhos como um homem-leão, um pilantra caça-recompensas, gângsteres e um trio de ladrões silenciosos.

O Traça é criação do desenhista Steve Rude com o roteirista Gary Martin. Rude é também co-criador de Nexus, outro personagem já lançado pela editora em 2006.

Com o Traça, o artista e Martin procuram resgatar a época em que os super-heróis e os quadrinhos eram muito mais divertidos, com mais ação, uma pitada de comédia, bom humor e até um pouco de inocência.

Essa série foi lançada originalmente pela editora americana Dark Horse em 2004, numa história curta, depois ganhou uma edição de 56 páginas e mais uma minissérie. Todo este material está reunido neste álbum da Pixel que traz todas as aventuras do personagem criadas até hoje.

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>Il Monstro<
view post Posted on 17/3/2007, 23:50




O post anterior é muito grande. Talvez eu leia, acho que gostaria de ler. Mas interessante que tenham colocado, entre as capas, a de American Splendor.
 
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Capitão Ácido
view post Posted on 6/4/2007, 21:07




Pixel lança em abril a revista Pixel Preview

Por Marcelo Naranjo (29/03/07)

Na terceira semana de abril estará nas bancas a revista Pixel Preview.

A idéia da publicação é apresentar uma história completa, informações sobre os novos materiais da editora e, obviamente, o preview de diversas séries e lançamentos.

O valor da revista será de R$ 2,90 com 32 páginas. A periodicidade ainda não foi definida. A princípio, é uma edição especial.

Neste primeiro número, além de conferir diversos detalhes das séries da Vertigo e Wildstorm, o leitor encontra uma trama completa de 100 Balas, por Brian Azzarello e Eduardo Risso.

Também para o próximo mês estão programados mais dois lançamentos da editora, a revista Pixel Magazine (outros detalhes aqui) e um livro de Neil Gaiman, com o titulo Neil Gaiman Dias da Meia-Noite, coletando algumas das primeiras histórias que o criador escreveu para a Vertigo.

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>Il Monstro<
view post Posted on 7/4/2007, 00:35




Li o texto enorme. Bem interessante! As preocupações com edição, estratégia de mercado, demanda. E depois tem gente que torce o nariz qdo digo pra gente fazer um dos programas de rádio do canal sobre o tema economia...

Enfim, muito material pra se conhecer. Como gosto de ler, sempre vou gostar desse tipo de coisa. Agora a minha lógica é realmente começar a criar trabalho próprio, pq consumir de tudo isso, e conseguir manter um relacionamento como o que foi criado com a Marvel, anos atrás, a partir de agora, vai ser bem difícil.
 
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Capitão Ácido
view post Posted on 7/4/2007, 19:33




Se for uma trama fechada de 100 balas, eu vou adquirir essa revista de R$ 2,90. A Pixel tem um material bem interessante aí adquirido para seu catálogo.

 
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Alkalino
view post Posted on 16/4/2007, 15:27




Vertigo e Wildstorm
Odair Braz Junior



Vertigo e Wildstorm são dois selos da DC Comics e colocam nas comic shops americanas, todos os meses, as melhores histórias em quadrinhos do mercado. Y - O Último Homem, 100 Balas, Preacher, Authority, Fábulas, Hellblazer, WildC.A.T.S., Gen 13, DMZ, Invisíveis, Freqüência Global entre muitas outras são alguns dos títulos lançados por Vertigo e Wildstorm e que agora chegam ao Brasil pela Pixel Media.

A editora fechou um acordo no início deste ano com a DC Comics para ser a editora exclusiva dos dois selos no Brasil, que estavam pulverizados em diversas editoras por aqui até o ano passado. É a primeira vez que isso acontece no mercado editorial brasileiro. Agora você vai ficar sabendo tudo sobre os nossos próximos lançamentos desta nova fase da Pixel. Acompanhe:


PIXEL PREVIEW


Na próxima semana já estará nas bancas a Pixel Preview, a revista que inaugura as publicações de Vertigo e Wildstorm no Brasil. Esta edição de 32 páginas, totalmente coloridas serve como um aperitivo do que virá pela frente. Nela você vai encontrar uma história de 22 páginas de 100 Balas que saiu originalmente em 100 Bullets #26 nos EUA. Esta HQ dá uma geral sobre o que é o universo desta série premiadíssima criada por Brian Azzarello e Eduardo Risso. Uma das coisas legais deste número de 100 Balas é que há algumas participações especiais de desenhistas muito conhecidos de todos como Frank Miller, Jim Lee, Joe Jusko, Paul Pope, Dave Gibbons, Tim Bradstreet, J.G. Jones entre outros.

Além da HQ, você vai conhecer em detalhes nossos próximos lançamentos de Vertigo/Wildstorm como Authority - Terra Infernal, Ex-Machina, WildCATS - De Volta Para Casa, WildCATS - Círculo Vicioso, Preacher - Rumo ao Sul, Preacher Especial #1, Astro City - Guia do Visitante, Monstro do Pântano - A Saga do Monstro do Pântano de Alan Moore, Monstro do Pântano - Amor em Vão e Fábulas - O Último Castelo.

A Pixel Preview tem distribuição nacional e custa R$ 2,90.


PIXEL MAGAZINE

Revista mensal com 100 páginas que vai trazer histórias tanto da Vertigo quanto Wildstorm. Mensalmente você vai encontrar HQs de Hellblazer e de Planetary, duas das principais séries dos dois selos com espaço fixo na Pixel Magazine. Além disso, haverá também outras histórias rotativas e que se fecham em si mesmas, ou seja, não pedem que o leitor tenha lido algo previamente. Também são HQs que não terão continuação, mas que ao mesmo tempo apresentam os álbuns e minisséries que farão parte de nossa linha.

Veja tudo o que há na primeira edição da Pixel Magazine:

HELLBLAZER

John Constantine, um dos personagens mais importantes da Vertigo, marca presença aqui com a história que saiu nos EUA na edição Hellblazer #141. Com roteiro de Warren Ellis e arte de Tim Bradstreet, o detetive do mundo sobrenatural se depara com um caso - só para variar - estranhíssimo. Se você nunca leu nenhuma HQ de John Constantine, não se preocupe. Esta história é completamente independente, mas a gente dá uma explicada geral aqui: Constantine é um ocultista, um homem que se dedica a investigar assuntos sobrenaturais escabrosos, além disso, também é um mago. Com toda esta mistura de elementos, Constantine tem histórias que vão da magia ao horror mais brutal e soturno. Com histórias fechadas geralmente em arcos, Hellblazer é uma série conhecida por ser escrita por grandes roteiristas como é o caso de Warren Ellis, Alan Moore, Brian Azzarello entre outros.

PLANETARY - OS ARQUEÓLOGOS DO IMPOSSÍVEL

Criada por Warren Ellis, Planetary foi uma de suas sensacionais criações lançadas no mercado americano em 1999. A série mostra uma organização que chama a si mesma de Arqueólogos do Impossível, e sai sempre em busca dos segredos históricos da Terra. Fundado pelo misterioso Quarto Homem, tem como equipe principal sempre três membros, e atualmente a formação é: Jakita Wagner, superforte, rápida e quase invulnerável; O Baterista, capaz de detectar e manipular qualquer tipo de informação; e Elijah Snow, que congela coisas e é muito mais do que aparenta ser. Todas as edições de Planeraty são recheadas de referências ou homenagens ao mundo dos quadrinhos, cinema e cultura pop em geral.

A história que você vai ler na Pixel Magazine #1 corresponde à edição 13 americana e dá seqüência aos dois álbuns

FREQÜÊNCIA GLOBAL

Miranda Zero é a misteriosa líder que comanda o Freqüência Global, uma organização independente de inteligência mundial e sua missão é a de salvar vidas. Para isso, conta com uma rede de 1000 agentes formados pelos mais diversos tipos de especialistas em várias áreas do conhecimento. A equipe de Miranda possui uma rede de comunicação através de telefones celulares modificados e ligados a um sistema central coordenado por Aleph.

Para cumprir seu objetivo, a Fraqüência Global lida com as conseqüências de vários projetos secretos, desenvolvidos pelos governantes mundiais, e que são desconhecidos pela opinião pública. Assim, os membros do grupo são escolhidos pelas suas mais variadas qualidades e, entre eles, há até mesmo ex-criminosos. Todos têm suas identidades mantidas em segredo, mesmo uns do outros, e só se encontram quando estão em missão. O único jeito de reconhecer um deles é pelo telefone ou pelo símbolo da organização, um sol estilizado, que carregam em alguma parte do corpo. Ninguém sabe quem financia o grupo, mas Miranda afirma que uma parte do dinheiro vem dos próprios governos dos países mais ricos, que não querem ter seus monstruosos segredos revelados. E até apóiam uma organização que acaba limpando suas sujeiras, ou resolvendo problemas que eles não teriam como lidar.

Ellis escreveu Freqüência Global como se fosse uma série de TV, com episódios fechados em si mesmos. Por isso, os únicos personagens fixos são Miranda e Aleph. Assim, pode-se ler qualquer uma das histórias sem nenhuma ordem específica. Todos os capítulos têm uma grande tensão e nunca se sabe se o protagonista vai sobreviver ou não. Esse formato levou a TV americana a fazer um piloto da série, que acabou não indo ao ar, mas que vazou na Internet e se tornou uma febre, recebendo muitos elogios de quem viu. Mesmo assim, por causa da pirataria, a Warner resolveu nem lançar o piloto e arquivou o projeto.

Freqüência Global foi lançada em 2002 nos EUA e teve doze números. A história que você lê a seguir saiu na edição americana de número 9 e esta série não estará todos os meses na Pixel Magazine. Mas se você gostar, fique atento que logo mais ela aparece novamente.

AUTHORITY

A história que você vai ler em desta edição saiu num especial da Wildstorm nos EUA e faz um resumo de alguns dos últimos acontecimentos na vida dos personagens, mostrados nos dois primeiros álbuns lançados no Brasil pela Devir. Authority é mais uma criação de Warren Ellis e estes super-heróis têm sua origem em Stormwach, outra equipe do selo americano. Ellis assumiu o roteiro de Stormwatch na edição 37 (em 1996), mexeu no conceito e cotinuou nesta HQ até 1999, quando vários eventos levaram ao surgimento de Authority.

Esta "nova" superequipe pode até se parecer, na forma, com a Liga da Justiça ou Vingadores, afinal os integrantes do Authority são fortes, heróicos, têm um QG sensacional e querem fazer o bem. Mas há algumas diferenças: Jenny Sparks, Apolo, Meia-Noite, Jack Hawksmoor, o Doutor, Swift e a Engenheira jogam com regras próprias e derrubam ditadores, não usam de falsos moralismos e fazem o que acham correto sem pedir licença. Tramas recheadas de política, violência e e pitadas de sexo fizeram de Authority uma das séries mais cultuadas dos últimos tempos.

Três volumes encadernados de Authority já foram lançados no Brasil pela Devir, dois deles contendo as edições mensais de 1 a 16. O terceiro saiu originalmente em forma de minissérie lá fora, mostrando um pouco sobre o passado do grupo e de sua líder, Jenny Sparks. Em maio, a Pixel lança o especial Terra Infernal, com 100 páginas, continuando a trama de onde a Devir parou, publicando as edições 17 a 20. Neste álbum haverá também um texto explicando tudo o que aconteceu anteriormente.

COBWEB

Cobweb é uma super-heroína criada por Alan Moore e Melinda Gebbie que, aparentemente, não tem nenhum grande superpoder a não ser o de agitar geral e causar estardalhaço por onde quer que vá. As histórias de Cobweb foram apresentadas na revista Tomorrow Stories e Moore e Gebbie ficam brincando com os conceitos de histórias em quadrinhos, fazendo citações à música, cinema e cultura pop underground em geral.
A Pixel Magazine estará nas bancas na última semana de abril, tem distribuição nacional, papel LWC e custa R$ 9,90.



ÁLBUNS E MINISSÉRIES

A Pixel, em sua linha Vertigo/Wildstorm, vai lançar mensalmente álbuns e minisséries com diversos personagens. As bancas, livrarias e comic shops receberão HQs com capa dura, capa mole e minis especiais que vão trazer materiais bem diferentes do que se encontra hoje à venda no Brasil. Confira algumas das surpresas:

NEIL GAIMAN - DIAS DA MEIA-NOITE

Aqui estão reunidas as primeiras histórias que Neil Gaiman publicou pelo selo Vertigo. Monstro do Pântano, John Constantine e Sandman estão entre estes trabalhos e mostram - no meio dos anos 80 - todo o talento que o jovem Gaiman tinha e que viria a torná-lo um dos mais célebres roteiristas de quadrinhos em muito pouco tempo. A história do Monstro do Pântano de Dias da Meia-Noite chama-se "Jack in the Green" e é inédita no Brasil. As outras duas são "Me Abraça", protagonizada por John Constantine e Teatro da Meia-Noite, em que o Sandman original se encontra com o Sandman recriado por Gaiman.

Neil Gaiman - Dias da Meia-Noite tem 116 páginas, capa dura e papel couché. Estará à venda em livrarias e comic shops no final de abril.


AUTHORITY - TERRA INFERNAL

Este álbum dá continuidade aos anteriores lançados no Brasil pela Devir. Em Terra Infernal, o Authority depara-se com mudanças climáticas extremas e comportamento errático dos animais. Os heróis descobrem que há um inimigo que talvez nem eles mesmos sejam capaz de vencer.

Authority - Terra Infernal tem 100 páginas coloridas e estará à venda em maio nas livrarias e comic shops.


WILDCATS - DE VOLTA PARA CASA (Comentário do Alka: Noooossa, isso ainda existe???? :o: )

O supergrupo WildCATS é uma das grandes criações de Jim Lee e estes personagens surgiram no início da década de 90 na Image Comics. A equipe de superseres nasceu para enfrentar os demonitas, uma raça que causava grandes ameças à vida na Terra, mas esta é apenas a história inicial de WildCATS. A Editora Globo, ainda nos anos 90, publicou o título que depois passou para a Abril e, posteriormente, Mythos. Assim, os leitores que acompanharam as aventuras dos CATS chegaram até o início de uma nova fase escrita por Alan Moore, fase esta que não foi completada. Por isso mesmo, a Pixel traz agora um álbum com capa mole que traz toda esta saga roteirizada por Moore e com desenhos de Travis Charest, Kevin Maguire, Ryan Benjamin, Jason Johnson e Dave Johnson.

WildCATS - De Volta Para Casa tem 212 páginas coloridas e estará à venda maio nas livrarias e comic shops

Outro título do supergrupo é WildCATS - CÍRCULO VICIOSO. É a primeira parte de uma minissérie em dois volumes que traz uma fase totalmente inédita no Brasil. A equipe ganha novos uniformes, uma nova equipe criativa (Scott Lobdell, travis Charest e Richard Friend).

Serão duas edições de 84 páginas totalmente coloridas, que estarão à venda em maio nas bancas e comic shops.


100 BALAS - ATIRE PRIMEIRO, PERGUNTE DEPOIS

Edição especial que traz as três primeiras histórias da série 100 Balas. Estas três edições fecham um arco e colocam você em contato com todo o clima que a série criada por Brian Azzarello e Eduardo Risso.

Esta edição tem 84 páginas coloridas, que estarão à venda nas livrarias e comic shops.



PREACHER ESPECIAL #1


Os fãs de Preacher terão uma edição que reunirá dois especiais da série. São eles O Cavaleiro Altivo e A História de Você-Sabe-Quem, duas grandes histórias escritas por Garth Ennis, o grande criador de toda a saga de Preacher.

Preacher Especial #1 tem 116 páginas coloridas e estará à venda em maio em livrarias e comic shops.

EM JUNHO/JULHO

Veja uma lista dos álbuns e especiais que logo mais estarão à venda também:

ASTRO CITY - GUIA DO VISITANTE + SAMARITANO (Junho)
MONSTRO DO PÂNTANO - A SAGA DO MONSTRO DO PÂNTANO DE ALAN MOORE (Junho)
EX MACHINA - RÓTULOS (Julho)
PREACHER - RUMO AO SUL (Julho)
MONSTRO DO PÂNTANO - AMOR EM VÃO (Julho)
FÁBULAS - 1001 NOITES (Julho)

 
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Capitão Ácido
view post Posted on 21/4/2007, 19:53




A Pixel Media está aberta para analisar o trabalho de autores de quadrinhos no Brasil. Para isso, basta mandar uma cópia impressa de sua HQ (não mande o original), preferencialmente em cores (caso ela seja colorida) para que possamos analisá-la.

Procuramos quadrinhos de qualquer gênero: terror, ação, super-heróis, sobre o Brasil, eróticas, adultas etc. Nossa linha visa publicar trabalhos fechados, que possam ir para bancas e livrarias em uma única edição.

Analisaremos trabalhos de autores conhecidos ou não, então não perca tempo e nos envie seu material. Lembre-se: nós não enviaremos as cópias de volta.

Envie para:

Odair Braz Junior
Pixel Media
Rua Heitor Penteado, 813
Sumarezinho
São Paulo/SP
CEP 05437-000
 
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>Il Monstro<
view post Posted on 21/4/2007, 20:35




Cool! :yup:
 
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Capitão Ácido
view post Posted on 28/4/2007, 23:14




HQ estrelada por Avril Lavigne chega ao Brasil pela Pixel

Por Sidney Gusman (16/04/07)

Chega amanhã (17 de abril) às bancas de todo o Brasil, pela Pixel Media, Avril Lavigne - Faça 5 pedidos (minissérie em quatro partes, formato 13,5 x 20,5 cm, 80 páginas coloridas, R$ 7,90), HQ em estilo mangá escrita por Joshua Dysart e desenhada por Camila D'Errico que tem como personagem principal a famosa cantora de pop rock.

O enredo, que teve sugestões da própria cantora, conta a história de uma adolescente tímida chamada Hana, que ao entrar num site recebe alguns desejos estranhos de um demônio. Lavigne é a heroína que ajudará a garota a enfrentar seus próprios demônios.

O lançamento é casado com uma promoção raramente vista no mercado de quadrinhos: a revista chega ao mercado no mesmo dia do novo álbum da artista, The Best Damn Thing, pela SonyBMG. O CD e todo material de divulgação incluirão anúncios da publicação.

Como Avril Lavigne já vendeu mais de 26 milhões de discos em todo mundo, sem dúvida é uma grande sacada para atrair gente que não lê quadrinhos habitualmente.

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144 replies since 5/1/2006, 15:33   1431 views
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