Notícias literárias

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Journeyman
view post Posted on 29/10/2005, 18:58




O autor português faz no Brasil o lançamento mundial do irônico romance "As Intermitências da Morte"

Saramago ri da morte

MARCOS STRECKER
DA REPORTAGEM LOCAL

"Lamento comunicar-lhe que a sua vida terminará no prazo irrevogável e improrrogável de uma semana, desejo-lhe que aproveite o melhor que puder o tempo que lhe resta, sua atenta servidora, morte." Essa é a carta que alguns cidadãos de um país fictício passaram a receber depois que a morte entrou e saiu de uma greve inédita -e antes que tivesse a sua rotina definitivamente perturbada por um violoncelista que gosta da "Suíte nº 6 para Violoncelo" de Bach, opus 1.012, em ré maior.
Assim, em poucas palavras, é o novo romance de José Saramago, 82, "As Intermitências da Morte", que teve lançamento mundial anteontem em São Paulo, com a presença do autor.
Saramago, o único Prêmio Nobel da língua portuguesa, disse em entrevista à Folha que "já esteve na hora" de o Brasil ganhar o prêmio diversas vezes. Ele tem um nome brasileiro em mente para a principal distinção literária do mundo. Mas não revela qual.
Apontado pelo crítico literário Harold Bloom como o maior romancista vivo, Saramago nega que o romance -gênero ao qual retorna agora- esteja em crise.
O escritor fala da crise política no Brasil, dizendo que o governo Lula passou do imobilismo para a paralisia. E, principalmente, Saramago desmonta o quebra-cabeça tanatológico de sua última obra, uma história de amor cheia de humor e ironia. E diz que tipo de mulher a morte é.


Folha - Por que falar da morte com humor? E como uma história de amor?
José Saramago - Creio que, em primeiro lugar, para falar da morte é preciso estar vivo. Os mortos não falam da morte, embora, em princípio, devessem saber tudo sobre ela. Mas é que nós julgamos, os vivos, que sabemos alguma coisa da morte dos outros. Não chegaremos a saber nada, nem sequer da nossa própria morte. Não creio que venhamos a saber alguma coisa da morte que tenha alguma utilidade para os vivos. Porque, mesmo que soubéssemos tudo a respeito dela, o simples fato de estarmos vivos nos impede de aprender algo que tenha que ver com a morte. Seria necessário uma demonstração racional sobre o que nos acontece. Não o que nos acontece na morte, o que nos acontece depois da morte.
Tenho isso, enfim, bastante claro. Desapareceu a matéria e com ela desapareceu tudo aquilo que, durante um tempo e consensualmente, achamos que não é matéria -que chamamos de espírito, alma ou coisa que o valha.
Às vezes pessoas vivem como uma espécie de enamoramento da morte. Levam a vida toda como que namorando a morte. Eu não pertenço a esse grupo. Não namoro a morte. Escrevi sobre ela. Terei escrito sobre a morte realmente? No fundo, acho que não. Porque, em primeiro lugar -e isso parece bastante óbvio-, escrever sobre a morte, no fundo, é escrever sobre a vida. Porque é desde o ponto de vista da vida que estamos a escrever sobre a morte.
Por outro lado, no caso concreto deste romance, além dessa ironia, desse humor que resulta até da própria situação, eu poderia cair num tenebrismo aflitivo que poderia chegar a tirar o sono dos leitores, ao estilo de Edgar Allan Poe. Parece, nos livros que ele escreveu, que tinha fascinação pela morte. Como quem diz: a morte tem de vir, então que venha já. Para ele, é algo nesse espírito. No meu caso, não. É um jogo. Imaginar que a morte efetivamente está aí, como representação.
Se nós nunca tivéssemos imaginado representações da morte, vivíamos simplesmente com a idéia de que temos de morrer e não "fulanizaríamos" isso num esqueleto ou numa coisa com um lençol branco, posto por cima, essas imagens tópicas. Mas eu creio que, no fundo, isso tem que ver com as circunstâncias em que o livro nasce. O livro não nasceu porque eu tivesse decidido "vou escrever agora sobre a morte".
 
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Journeyman
view post Posted on 9/11/2005, 00:21




Blog de ex-prostituta "teen" vira livro
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da Folha Online

Uma garota de programa, menina da classe média, criou um blog com relatos picantes sobre suas experiências e clientes. O endereço (www.brunasurfistinha.com) virou uma febre na internet brasileira. Agora a história chega às livrarias.

Divulgação
Blog de Bruna traz relatos picantes
Blog de Bruna traz relatos picantes
"O Doce Veneno do Escorpião --o diário de uma garota de programa", lançado pela Panda Books, editora do escritor e jornalista Marcelo Duarte ("O Guia dos Curiosos"), descreve os programas de Bruna Surfistinha com homens, mulheres e casais em seu flat. Seu nome verdadeiro é Raquel. No mês passado, ela fez 21 anos. Começou a se prostituir aos 17 anos, fez filme pornô e largou recentemente a prostituição. O nome do livro é uma referência à sua tatuagem (escorpião) nas costas e a seu signo.

Com 172 páginas, o livro traz 36 páginas negras, lacradas, com relatos bem mais explícitos abordando tabus sexuais (leia trecho). Bruna também dá pequenas lições para uma mulher de como conquistar o homem --e jamais perdê-lo para uma garota de programa.

Divulgação
Livro é a aposta da Panda Books
Livro é a aposta da Panda Books
Bruna conta também em detalhes as festas de que participou em clubes de swing. Por dia, ela chegou a fazer seis programas. Sem medo de mostrar a cara, Bruna virou atração da TV com participação em programas como "Superpop" (Luciana Gimenez)e "Boa Noite, Brasil" (Gilberto Barros).

Seu blog é visitado diariamente por quase 15 mil internautas. Ela diz ter estudado nos colégios Bandeirantes e São Luís, escolas tradicionais e caras de São Paulo. Em um trecho do livro, ela conta o seguinte: "Transas enlouquecidas, surubas, muitos homens (e mulheres) diferentes por dia, noites quase sem fim. O que pode ser excitante para muitas garotas como eu, na efervescência dos vinte anos, para mim é rotina. É meu dia-a-dia de labuta já faz três anos. Por mais que eu chegue a curtir, a gozar de verdade, ainda assim é trabalho."

Serviço
"O Doce Veneno de Escorpião"
Autora: Bruna Surfistinha
Editora: Panda Books
Páginas: 172
Preço: R$ 22,90

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Sr Spock
view post Posted on 9/11/2005, 03:23




Pois é, tem gente que só se fode no trabalho...
 
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#FF#
view post Posted on 9/11/2005, 03:48




É...tem trabalho que é foda, mesmo!
 
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Journeyman
view post Posted on 16/11/2005, 21:16




A literatura brasileira em dez livros
Do Barroco ao Modernismo, obras perfazem toda a história literária no país

POR RICARDO MUSSE

Não dispomos de obras coletivas de apresentação geral da literatura brasileira. O último empreendimento dessa estirpe, sob a direção de Afrânio Coutinho, acaba de completar meio século e, afora um estudo aqui e ali, importa mais como demonstrativo do modo com que se fazia crítica literária nos anos 1950. Assim, uma boa introdução à literatura brasileira demanda que se recorra a vários livros.

A tradição da história literária - marca registrada dos primeiros críticos e da geração de Sílvio Romero e José Veríssimo - atrofiou-se, cedendo lugar à monografia e ao ensaio. Alfredo Bosi é um dos últimos representantes dessa vertente. Trata-se do único crítico em atividade com estudos relevantes sobre todos os períodos e os principais autores da literatura brasileira. Dialética da colonização, seu principal livro, estrutura-se como uma história literária, ainda que sob a forma de uma sucessão de ensaios monográficos. As lacunas desse livro foram completadas em sua obra posterior com artigos sobre, entre outros, Machado de Assis, Lima Barreto, Cruz e Souza, Graciliano Ramos e Guimarães Rosa.
Roberto Schwarz, autor de Ao vencedor as batatas

A sátira e o engenho procura, a partir da recepção da obra de Gregório de Matos, corrigir os equívocos da atribuição de procedimentos românticos e modernos a uma época em que a noção de autoria era outra, renovando a própria compreensão do estilo dito barroco. João Adolfo Hansen também escreveu importantes artigos sobre Anchieta, Vieira e Tomás Antônio Gonzaga, infelizmente, ainda dispersos.

Capítulos de literatura colonial articula, com rara felicidade, as competências que Sérgio Buarque de Holanda exerceu separadamente ao longo de sua vida e obra, os ofícios de historiador, sociólogo e crítico literário. A poesia épica e o Arcadismo são investigados à luz de uma série de procedimentos: a análise textual, a avaliação e a inserção das obras no complexo literário, o tratamento biográfico e historiográfico dos autores e dos estilos, a identificação de idéias e modos de sentir.

A obra de Antonio Candido, nosso mais influente crítico, também pode ser vista como um passeio pela história literária. Compõe-se de artigos ou livros sobre os principais escritores e abrange quase todos os períodos - com predileção pelo Romantismo e a ausência, justificada, do Barroco. Seu livro de maior impacto, O discurso e a cidade, contém dois estudos que se tornaram clássicos, um dedicado a Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, e outro a O cortiço, de Aluísio Azevedo.
Alfredo Bosi, que escreveu Dialética da colonização

Na vasta bibliografia sobre Machado de Assis destacam-se dois livros publicados quase simultaneamente nos anos 1970 - Machado de Assis: A pirâmide e o trapézio, de Raymundo Faoro, e Ao vencedor as batatas, de Roberto Schwarz. Em comum, o exame de Machado com o auxílio do arsenal teórico da sociologia e da historiografia, a preocupação em compreender o "realismo" machadiano e o acerto em colocar em primeiro plano um autor um tanto quanto desvalorizado por Mário de Andrade e pelo Modernismo. Faoro e Schwarz discrepam pelas referências intelectuais (um privilegia Max Weber, o outro Georg Lukács), pela compreensão das relações entre arte e sociedade e também pela ênfase na dimensão local ou universal da obra de Machado.

A dimensão da noite, reunião póstuma de escritos de João Luiz Lafetá, configura, ao mesmo tempo, uma introdução e uma síntese de uma trajetória crítica dedicada ao estudo do Modernismo nos anos 1920 e 1930. Examina esse período a partir da tensão entre "projeto estético" e "projeto ideológico", bem como por meio de ensaios monográficos.

A poesia modernista, tornou-se um assunto privilegiado da crítica. Foi abordada, sob os mais variados enfoques, entre outros, por Mário Faustino, Haroldo de Campos, José Guilherme Merquior, Luiz Costa Lima, Silviano Santiago, João Luiz Lafetá, João Alexandre Barbosa, Davi Arrigucci Jr. A margem de escolha é, portanto, amplíssima. Para indicar apenas um livro, sugiro Humildade, paixão e morte. A partir da análise exaustiva de alguns poucos poemas, Arrigucci desentranha os principais temas e as linhas de força não apenas da poesia de Manuel Bandeira, mas da própria poética do Modernismo.

Após as fases da experimentação formal e do engajamento político, o movimento modernista, nos anos 1950 e 1960, desenvolve um teor reflexivo de alta densidade. Não foi por acaso que a poesia tardia de Drummond, a prosa de Clarice Lispector e de Guimarães Rosa e o canibalismo de Oswald de Andrade tiveram entre seus primeiros e melhores intérpretes filósofos como Bento Prado Jr. e Benedito Nunes. Em O dorso do tigre, Benedito Nunes analisa, no calor da hora, a simbiose entre literatura e filosofia promovida por Clarice e Guimarães.

Nas malhas da letra, entre as diversas coletâneas de ensaios de Silviano Santiago talvez seja a que melhor dê conta da literatura posterior ao modernismo. Além do necessário balanço e avaliação de autores e temas contemporâneos, procura desenvolver uma perspectiva descolada da crítica modernista, abrindo espaço, por exemplo, para a valorização do pré-modernismo, uma tarefa levada adiante, entre outros, por Nicolau Sevcenko, Flora Süssekind e Roberto Ventura.


OS DEZ LIVROS

1) Dialética da colonização, de Alfredo Bosi (Cia. das Letras).
2) A sátira e o engenho - Gregório de Matos e a Bahia do Século XVII, de João Adolfo Hansen (Ateliê).
3) Capítulos de literatura colonial, de Sergio Buarque de Holanda (Brasiliense).
4) O discurso e a cidade, de Antonio Candido - (livraria Duas Cidades).
5) Ao vencedor as batatas, de Roberto Schwarz (ed. 34).
6) Machado de Assis: a pirâmide e o trapézio, de Raymundo Faoro (ed. Globo).
7) A dimensão da noite, de João Luiz Lafetá (ed. 34).
8) Humildade, paixão e morte - a poesia de Manuel Bandeira, de Davi Arrigucci Jr. (Cia. das Letras).
9) O dorso do tigre, de Benedito Nunes (Perspectiva).
10) Nas malhas da letra, de Silviano Santiago (Rocco).
 
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Journeyman
view post Posted on 27/11/2005, 21:52




Poeta Derek Walcott converte versos em imagens
Vencedor do Nobel de literatura expõe suas pinturas em Nova York

Ken Johnson
Crítico de arte

Se houvesse um Prêmio Nobel para artistas visuais, seria seguro apostar que Derek Walcott não receberia um --não apenas porque ele já recebeu um Nobel, o de literatura, em 1992. Walcott, que divide seu tempo entre Santa Lúcia, Nova York e Boston, onde ensina na Universidade de Boston, pinta.

Becket Logan/The New York Times
"Seascape With Figures" integra a exposição de obras do poeta, autor de "Omeros"

Mas a julgar por "Another Life" (Outra Vida), uma exposição de suas obras da última década na June Kelly Gallery, no Soho, ele é mais um hobbista dedicado do que um profissional consumado.

Isto não quer dizer que suas pinturas careçam de talento ou charme. Em seu melhor, Walcott, um poeta que nasceu em Castries, em Santa Lúcia, em 1930, tem a coordenação mão-olhar para criar vistas encantadoras, ao estilo impressionista, de cidades e praias caribenhas que cintilam com luz e cor. E algumas delas contêm uma certa ressonância emocional provocada por figuras isoladas em cenas geralmente despovoadas --almas que vagam expostas aos caprichos freqüentemente violentos da história e clima tropicais

Sugestões de tragédia mítica estão presentes no quadro de um pequeno grupo familiar à beira do mar, em um dia ensolarado, tempestuoso, em "Panorama Marinho com Figuras" (2002). (Os retratos de Walcott são menos persuasivos; um retratando o poeta Seamus Heaney mal seria aprovado em um curso de pintura.)

Para saber o que está faltando nas pinturas de Walcott, você precisaria apenas ler algumas poucas páginas de sua obra principal, "Omeros", de 1990. Escrita em estrofes de três linhas rimadas irregularmente e se estendendo por 304 páginas, ela é uma tapeçaria narrativa homérica que se estende por séculos, no qual os temas de amor, ciúme, guerra, colonialismo e escravidão estão tecidos intricadamente. (Ele também tentou sua mão na Broadway, colaborando com Paul Simon em "The Capeman", o musical de 1997.)

O fato de Walcott fazer pinturas que são comparativamente modestas em suas aspirações não é um déficit: modéstia, afinal, pode ser um excelente antídoto para a grandiosidade. A questão sobre elas, em vez disso, tem a ver com a natureza da imaginação de Walcott, que em sua poesia é tão abrangente que beira o surrealismo.

Sua mente pode ter dificuldade para acompanhar tantos personagens diferentes que emergem de cenários geográficos e históricos tão diversos em "Omeros". Mas você é regularmente surpreendido em alerta estético pleno por linhas como aquelas em que descreve o anseio de um homem pela bela Helena, como "sentindo como um cachorro que é deixado para farejar os resíduos de suas pegadas" ou versos de longa e tumultuosa descrição de um furacão, nos quais "lírios enlouquecidos pela chuva escolhem morrer pela água, como virgens grávidas em romances vitorianos".

Os ousados saltos de linguagem e metáforas refletem ondas de imaginação que impelem o poema à frente como um navio de sonhos que desliza pelo oceano.

Na arte moderna, o cubismo e o surrealismo facilitaram tais saltos imaginativos. Então é interessante se perguntar o que Walcott teria feito como artista visual se não tivesse encontrado na poesia um veículo espaçoso o bastante para todos seus pensamentos, sentimentos e fantasias. Como pintor, ele permaneceu contente com as limitações da pintura ao estilo do século 19, de forma que ela parece menos uma extensão de sua poesia árdua e mais uma fuga de suas exigências.

Suas melhores paisagens são em verso, como esta, também de "Omeros": "Eu amo a teca jovem com corpos limpos como bétulas/à luz que pintalgou o tom de leopardo do caminho/quando andorinhões ao anoitecer costuram com seus pontos cruzados o céu sedoso ou se lavam no pequeno chafariz".

Another Life

Exposição vai até 30 de dezembro na June Kelly Gallery, 591 Broadway, perto da Houston Street, SoHo, em Nova York. O telefone é 212-226-1660.

Tradução: George El Khouri Andolfato
Visite o site do The New York Times

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Curuja
view post Posted on 27/12/2005, 19:44




Zélia Gattai é internada

SALVADOR - Foi hospitalizada no final da manhã desta terça-feira a escritora Zélia Gattai, 89 anos, membro da Academia Brasileira de Letras. Ela está no Hospital Aliança, em Salvador, acompanha pelos filhos Paloma e João Jorge Amado, para tratar de problemas respiratórios, provocados por "uma pequena congestão pulmonar, motivada por acúmulo de líquido nos pulmões", de acordo com informações do médico da família, o cardiologista Jadelson Andrade.

Ele acrescentou que ela está recebendo a medicação específica para o problema, que poderia ter tido consequência mais graves caso a escritora não fosse medicada à tempo.

Segundo o cardiologista, Zélia está no setor de observação da unidade médica, lúcida e bem humorada, chateada, porém, por estar sendo mantida sob internação. Ele não adiantou quando a escritora receberá alta, mas deve liberar um boletim no final da tarde.

Segundo Paloma, há alguns dias Zélia vem apresentando cansaço e na manhã desta terça-feira sentiu um mal-estarem seu apartamento, no Horto Florestal, no bairro de Brotas. A internação foi determinada pelo cardiologista em razão da idade avançada da escritora, viúva do também escritor Jorge Amado.
 
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Journeyman
view post Posted on 28/12/2005, 23:31




Zélia Gattai deixa UTI de hospital em Salvador
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da Folha Online

Internada no Hospital Aliança, em Salvador (BA), desde a tarde de ontem, a escritora Zélia Gattai, 89, deixou a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Unidade Cardíaca da instituição. Seu estado de saúde é estável e ela foi encaminhada para um quarto do hospital, segundo informou o boletim médico divulgado nesta manhã.

De acordo com a equipe médica, a escritora já teve a função respiratória estabilizada assim como a pressão arterial e a freqüência cardíaca. Zélia permanecerá em observação.

Os médicos ainda não falam em alta hospitalar.

Zélia chegou a sala de emergência do hospital com falta de ar. Após diagnóstico da equipe médica, foi detectado um quadro clínico cardiológico de edema pulmonar secundário, além de uma insuficiência severa na válvula mitral e hipertensão arterial.

Segundo um especialista, um problema na força de contração da válvula mitral da paciente pode estar impedindo o coração de bombear o sangue normalmente e o mesmo acaba se acumulando no pulmão.

Zélia é viúva do escritor Jorge Amado, morto em 2001. Os dois se conheceram em 1945, quando trabalharam juntos no movimento pela anistia dos presos políticos. Durante anos, Zélia trabalhou ao lado do marido, datilografando os originais de seus livros.

A obra da escritora, nascida em 1916, é composta de nove livros de memórias, três livros infantis, uma fotobiografia e um romance.

Em sua última obra, 'Vacina de Sapo', a autora lembra sua relação de 56 anos com o marido, em especial o período final em que o escritor estava com a saúde debilitada e recebeu visitas de curandeiros --como a de um índio da Amazônia, que recorreu a uma terapia alternativa, episódio que dá título ao livro.
 
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Journeyman
view post Posted on 3/1/2006, 23:29




Poema perdido de Lorde Byron é encontrado em Londres


Londres, 3 jan (EFE).- Um poema do grande romântico inglês Lorde Byron, que estava perdido, reapareceu em um livro do século XIX conservado no University College de Londres.

Trata-se do único manuscrito conhecido do poema de Byron (1788-1824), que foi publicado sem título em 1816, quatro anos depois de sua criação, informou a instituição.

O poeta assinou o poema com seu nome em caracteres gregos. O texto foi escrito de próprio punho em uma página em branco de uma edição de "The Pleasures of Memory", de Samuel Rogers, mecenas das artes e poeta.

O livro foi publicado em 1792, e teve 15 edições até 1806.

O volume em que Byron escreveu seu próprio poema tem uma dedicatória de Rogers, seguida de uma explicação do primeiro de por que ele estava devolvendo o exemplar ao autor com outros versos, que começam assim: "Absent or present still to thee".

Esta é a segunda descoberta relacionada com Byron na biblioteca do University College: antes, apareceu um manuscrito da "Ode a Nápoles", de 1820, manuscrito por Claire Clairmont, meia-irmã de Mary Shelley, autora do romance "Frankenstein" e esposa do poeta Percy Bysshe Shelley.
 
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Alkalino
view post Posted on 2/3/2006, 15:34





O livro O Sol É para Todos, [To Kill a Mockinbird] escrito pela americana Harper Lee, foi escolhido na Grã-Bretanha como a obra que todo mundo deve ler antes de morrer.
O livro, lançado em 1960, conta a história de um homem negro que é injustamente acusado de estupro de uma garota branca e foi levado para o cinema dois anos depois em um filme de grande sucesso estrelado por Gregory Peck.

A escolha foi feita por bibliotecários britânicos para marcar o Dia Mundial do Livro, comemorado nesta quinta-feira.


* * *

E a atriz que fez o papel dessa escritora no filme Capote está concorrendo ao Oscar de coadjuvante.
 
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Journeyman
view post Posted on 8/3/2006, 00:38




Acusador admite exagero contra Dan Brown
da Ansa, em Londres
com Folha Online

Um dos escritores que acusaram a editora Random House de plágio no best-seller "O Código Da Vinci", do norte-americano Dan Brown, admitiu hoje perante o Supremo Tribunal de Londres ter exagerado em seus testemunhos anteriores.

Os escritores Michael Baigent e Richard Leigh, autores de "The Holy Blood, and the Holy Grail", processaram a editora britânica por um suposto plágio na obra de Brown, com a qual o autor ganhou US$ 80 milhões em apenas um ano.

AP
Escritor Dan Brown é alvo de processo de plágio
Escritor Dan Brown é alvo de processo de plágio
O julgamento, que teve início na semana passada no tribunal máximo britânico, voltou a ser analisado pela Corte nesta terça, depois de um recesso de uma semana estipulado para que o juiz tivesse tempo de ler as duas obras e mais um material relacionado ao caso.

Tanto Baigent quanto Leigh afirmaram que "O Código Da Vinci" plagiou o argumento do livro publicado em 1982 pelos dois. As duas obras expõem a teoria de que Jesus Cristo teria se casado com Maria Madalena e que um bebê teria nascido dessa união.

Em seu testemunho de hoje, Baigent disse que baseou suas acusações de plágio "em revistas de crítica literária". No entanto, o advogado James Baldwin, que representa a Random House, afirmou que as acusações são "simples e sensivelmente falsas", já que várias críticas "não apontavam o plágio alegado".

Depois da intervenção do advogado, Baigent respondeu: "Nesse ponto você tem razão". "Acredito que minha linguagem foi pouco apropriada e que devo chegar a um acordo com você sobre isso", acrescentou.

Nesta semana, Brown testemunhará no processo, que despertou grande interesse no mundo editorial e que, se der razão aos dois historiadores, poderá impedir a projeção do filme "O Código Da Vinci", protagonizado por Tom Hanks e Ian McKellen, na Inglaterra.

Por sua vez, Gail Rebuck, diretor-executivo da Random House, declarou por meio de um comunicado que a editora está "verdadeiramente triste" com esse processo, que não poder ser solucionado fora da Corte.
 
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Imortal
view post Posted on 9/3/2006, 11:02




Diretor de ‘Vidas secas’ perto de virar imortal

Rodrigo Fonseca

Ruptura é um substantivo obrigatório em qualquer discurso sobre Nelson Pereira dos Santos há pelo menos 50 anos, desde que seu “Rio 40 graus” transgrediu a gramática do cinema brasileiro clássico, atrelando o ato de filmar ao engajamento social. Hoje, ele pode romper mais uma fronteira, uma vez que, a partir das 16h, dependendo dos votos dos atuais integrantes da Academia Brasileira de Letras, ele pode se tornar o primeiro cineasta a integrar o time de imortais da instituição. Aos 77 anos, o diretor, que já adaptou para as telas obras de escritores como Graciliano Ramos (“Vidas secas”), Guimarães Rosa (“A terceira margem do rio”) e Jorge Amado (“Jubiabá”), é o favorito à cadeira de número 7, vaga desde a morte do embaixador Sérgio Corrêa da Costa.

— Seria uma honra fazer parte de uma instituição que pensa a cultura brasileira — diz o cineasta, cujo único livro publicado é “Três vezes Rio”, uma coletânea de seus roteiros.

Novo filme do cineasta estréia em abril

Atualmente, o diretor ocupa-se com os preparativos do lançamento de “Brasília 18%”, seu novo longa-metragem, que estréia no dia 28 de abril, com Carlos Alberto Ricelli e Malu Mader no elenco. O cineasta disputa a vaga na ABL com o diplomata Dário Castro Alves, o escritor Paulo Hirano, o teatrólogo Waldemar Cláudio dos Santos e o poeta Jorge Tannuri. No dia 16, a ABL promove uma nova eleição. A votação desta vez será pela cadeira n 28, que foi de Oscar Dias Corrêa. Entre os concorrentes estão Domício Proença Filho e Célio Borja.
 
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view post Posted on 9/3/2006, 14:55




Já não bastava o Imortal daqui???!!! ohmy.gif
 
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Imortal
view post Posted on 19/5/2006, 13:28




"Playboy" elege 25 romances mais picantes da história
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da Folha Online

Uma lista realizada pelo site da "Playboy" norte-americana elegeu as 25 obras mais sexy da história da literatura. Segundo o portal, a idéia é resgatar "o verdadeiro poder da tinta e do papel de abalar nossas mentes num mundo bombardeado por imagens sexualizadas".

O ranking é encabeçado pelo autor britânico John Cleland, com "Memórias de uma Mulher de Prazer - Fanny Hill". Trata-se de um clássico da literatura do século 18 que conta a história de uma prostituta que ascende socialmente e se torna respeitada em seu meio.

Henry Miller aparece na terceira colocação, com "Trópico de Câncer", primeiro livro da trilogia pós-guerra do autor. Miller foi censurado em muitos países e considerado "pornográfico" por seus contemporâneos.

"Lolita", do mestre russo Vladimir Nabokov, ficou com a 11ª pósição. A obra criou a imagem da ninfeta, personagem que persegue e é perseguida pelo protagonista da história.

A lista deixa de fora escritores tidos como precursores deste tipo de literatura, como Proust e Sade, mas abre espaço para novos nomes, como o do japonês Haruki Murakami e da britânica Helen Walsh.

Veja abaixo o ranking:

1. "Memórias de uma Mulher de Prazer - Fanny Hill", de J. Cleland (1748- 49)
2. "O Amante de Lady Chatterly", de D. H. Lawrence (1928)
3. "Trópico de Câncer", de Henry Miller (1934)
4. "História de O", de Pauline Reage (1954)
5. "Crash", de J.G Ballard (1973)
6. "Entrevista com o Vampiro", de Anne Rice (1976)
7. "O complexo de Portnoy", de Philip Roth (1969)
8. "O Mago", de John Fowles (1965)
9. "The Wind-Up Bird Chronicle", de Haruki Murakami (1995)
10. "Amor Sem Fim", de Scott Spencer (1979)
11. "Lolita", de Vladimir Nabokov (1955)
12. "Carrie's Story", de Molly Weatherfield (1995)
13. "Medo de Voar", de Erica Jong (1973)
14. "Peyton Place", de Grace Metalious (1956)
15. "História do Olho", de Georges Bataille (1928)
16. "O Fim de Alice", de A.M. Homes (1996)
17. "Vox", de Nicholson Baker (1992)
18. "Rapture", de Susan Minot (2002)
19. "Prazeres Singulares", de Harry Mathews (1983)
20. "Em Carne Viva", de Susanna Moore (1995)
21. "Brass", de Helen Walsh (2004)
22. "Candy", de Terry Southern and Mason Hoffenberg (1958)
23. "Forever", by Judy Blume (1975)
24. "Um Sonho Americano", de Norman Mailer (1965)
25. "O Carpetbaggers", de Harold Robbins (1961)
 
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