| Cereja do bolo Erich Beting Da MBPress, em São Paulo
A Nossa Liga de Basquetebol (NLB) decidiu usar o prestígio da ala Janeth, que atua no Houston Comets, da WNBA (liga de basquete americana), para promover a disputa do campeonato feminino de basquete, sem reconhecimento da Confederação Brasileira de Basquete (CBB).
Com apenas seis times inscritos na competição, a NLB vai promover um jogo preliminar com duas seleções feitas por jogadoras das equipes participantes, numa estratégia parecida com a usada na NBA, a liga de basquete americana, para chamar a atenção para seu campeonato.
A partida, que ocorre nesta terça-feira, na preliminar do jogo entre Winner/Limeira e Telemar, na cidade paulista, terá a presença de Janeth, maior expoente do basquete brasileiro na atualidade e única jogadora a atuar em todas as partidas do Houston Comets na história da WNBA.
Até agora, a direção da NLB, que conta com os ex-jogadores Oscar, Hortência e Paula, além do ex-treinador da seleção brasileira José Medalha, planejou algumas estratégias de marketing ligadas à competição feminina para conseguir maior cobertura da mídia.
Ainda sem data definida de estréia, o Nacional feminino deverá ser disputado numa espécie de vários mini-torneios em cada uma das seis cidades que abrigarão os times. A idéia, assim, é gerar mais atividade e maior receita para os clubes.
Liga independente de Oscar tem início nesta terça-feira
Por Tales Torraga Da Folhapress Em São Paulo
De bolso vazio, a Nossa Liga de Basquete joga ao alto nesta terça-feira sua primeira bola. Sete meses depois das tentativas iniciais, o torneio idealizado pelo ex-jogador Oscar Schmidt dá a largada em Limeira, às 20h10, onde o time da casa recebe o Rio de Janeiro.
Fernando Donasci/Folha Imagem Sete meses depois das tentativas iniciais, o torneio odealizado por Oscar dá a largada A NLB, que chegou a anunciar 26 equipes, começará sua trajetória com 18 times, de sete Estados. Praças de pouca tradição no esporte, como Pará e Piauí, serão representados respectivamente por Teresinense e Paysandu.
O primeiro momento da iniciativa esbarra na falta de dinheiro. Transmitido pelo canal fechado ESPN Brasil, o torneio começará com apenas um patrocinador, o da bola do campeonato.
Segundo os organizadores, novos anunciantes devem ser divulgados em cerca de dez dias.
Curiosamente, a dificuldade em angariar dinheiro foi justamente um dos motivos que afastou os clubes da Confederação Brasileira de Basquete. Na nova liga, regulamento e tabela foram definidos pelos próprios times, que repartirão a receita do torneio.
A Folha de S.Paulo apurou que o custo médio de um time na NLB será de R$ 20 mil mensais _em 2004, as equipes reclamaram que despesas do Nacional da CBB consumiam R$ 50 mil por mês. A queda no custo seduziu times pequenos. "Nosso orçamento não permitia opção mais cara", disse Miguel Sampaio, diretor do Paysandu.
A fórmula definida para cortar gastos foi reduzir viagens. Divididas em duas conferências _ Norte e Sul_, as equipes visitantes jogarão duas vezes no Piauí e no Pará, abrindo mão do duelo que teriam direito como mandante.
A "caridade", porém, não será de graça. As equipes do Norte terão de colocar a mão no bolso para custear as despesas dos times visitantes _ ou parte delas.
As dificuldades financeiras não são o único problema da NLB, que foi retaliada pela CBB antes mesmo de seu início. Não reconhecida pela entidade, a liga viu a debandada de times tradicionais, como Franca, Paulistano, Ribeirão Preto e as equipes do grupo Universo, que vão disputar o Brasileiro da confederação a partir de 11 de dezembro. Ao todo, 28 times participarão do Nacional.
A CBB foi além: os atletas da NLB não poderão defender a seleção, que ano que vem disputará, entre 19 de agosto e 3 de setembro, o Mundial no Japão.
"Vamos valorizar quem acreditou no nosso projeto. Seremos transparentes. É o que o basquete mais precisa", afirmou Oscar.
O torneio feminino tem até agora seis equipes: Rio Preto, São Bernardo, Piracicaba, Pindamonhangaba, Niterói e Maringá. A estréia será em 19 de novembro.
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