Na sua 13 edição, que vai do dia 08 até o dia 17, 369 curtas, médias e longas-metragens de 41 países ocupam o cinema Odeon BR, a sala 1 do Estação Botafogo, o Centro Cultural Banco do Brasil e a Praça Animada — tenda com 600 lugares montada ao lado do Centro Cultural Correios. O circuito CCBB-Correios é o centro nervoso do evento, que movimenta as redondezas antes e depois das sessões.
O número de filmes exibidos este ano pode impressionar quem está chegando agora, mas os diretores do festival — considerado um dos cinco maiores do mundo no gênero — decidiram reduzir a quantidade de produções para esta edição: no ano passado, foram exibidas 612.
— Recebemos muito mais filmes do que no ano passado mas reduzimos o número de participantes porque muita gente reclamava que não dava tempo de ver tudo — explica Aída Queiroz, organizadora do festival ao lado de César Coelho, Léa Zagury e Marcos Magalhães. — Muita coisa boa ficou de fora, mas a qualidade do que foi selecionado ficou ainda melhor.
A produção agrupa os curtas e médias (incluindo filmes comerciais) em sessões de cerca de uma hora. Sem contar as exibições especiais, que contam com a presença dos realizadores, são 36 — cinco delas destinadas a crianças.
Há, como sempre, novidades. Uma delas é a inclusão na programação de três documentários que têm a animação como tema. Entre eles, “The hand behind the mouse — The Ub Iwerks story”, sobre o homem que criou o visual do Mickey.
Outra boa nova: pela primeira vez, os longas-metragens de animação entraram na mostra competitiva, quando antes apenas curtas e médias animados concorriam a prêmios. Os longas concorrentes são três, sendo o mais esperado “Alosha”, do russo Konstantin Bronzit.
Na mostra competitiva estão 265 filmes para todos os gostos: os infantis, os “cabeça”, os que são mais um exercício de técnica e de visual, os que apostam no humor e no nonsense e os que discutem assuntos polêmicos como militarismo e prostituição.
— Na contramão, tenho notado filmes voltados para a virtude do homem — conta Aída.
Mais uma novidade: além de competirem animações feitas no programa de computador Flash, foi criada este ano a categoria celular, com 20 animações pensadas para a tela do aparelho. Os vencedores dos dois grupos serão exibidos no último dia do festival, durante a premiação.
O Brasil vem fazendo bonito: pelo sexto ano consecutivo, o país participa com o maior número de filmes, 73, seguido da França, com 63. Singapura estréia no festival com um filme.
— Os brasileiros estão produzindo filmes que visam ao mercado, criados para ter continuidade — analisa Magalhães.