| Dono da Raia centraliza atenções no GP Brasil
Foco sobre favorito é comparado ao que Ronaldinho recebeu na Copa Alexandre Cossenza
Às vésperas do GP Brasil de turfe, que será realizado neste domingo no Hipódromo da Gávea, no Rio de Janeiro, todas as atenções estão voltadas para Dono da Raia, considerado o grande favorito à vitória.
Não à toa. O cavalo venceu os três páreos que disputou em 2006, entre eles o Grande Prêmio São Paulo, evento mais importante do país no ano. O páreo paulista, inclusive, foi disputado em condições parecidas com as encontradas no Rio de Janeiro: raia de grama, com extensão de 2.400 metros.
Segundo Antônio Luiz Cintra, o Tolu, treinador de Dono da Raia, a expectativa por uma prova pode afetar o rendimento de um cavalo no dia da corrida. Tolu, porém, garante que não será o caso do favorito no domingo.
– O Dono da Raia é muito manso, não tem esse tipo de problema. Há cavalos que no dia do páreo suam mais, ficam mais agitados, e chegam mais desgastados na hora da prova – explicou. Segundo o treinador, os cavalos sentem a proximidade com o evento pela mudança de treinamento e de hábitos, práticas inevitáveis.
– A gente tenta ao máximo enganá-lo, mas no dia da corrida é preciso mudar a quantidade de ração, a hora de abrir a cocheira. Isso não tem como mudar – disse.
Até agora, nenhum problema. Tolu contou que Dono da Raia chegou ao Rio de Janeiro bem esperto, com olhar animado.
Um hábito será mantido. Dono da Raia será montado por M. Gonçalves, mesmo jóquei que o levou às três vitórias do ano. Se o cavalo não sabe que é favorito, o jóquei sabe, e carrega consigo a responsabilidade de fazer valer as expectativas.
– Montar o favorito é como comandar o Ronaldinho Gaúcho. Todos vão marcá-lo, vão correr baseados no seu ritmo. É preferível um cavalo menos visado – frisou Tolu.
Top Hat é ameaça ao favorito no GP Brasil
Prova mais importante do turfe nacional será disputada neste domingo Alexandre Cossenza
Poucos questionam o favoritismo do cavalo Dono da Raia no Grande Prêmio Brasil, que será disputado às 16h35min deste domingo no Jockey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro. O animal venceu tudo que disputou em 2006 no Brasil, inclusive o GP São Paulo, páreo mais importante do ano até agora.
Quem ousa apontar outro cavalo para a vitória aposta em Top Hat. O animal, que será conduzido pelo jóquei Nelito Cunha, chega ao páreo credenciado pelo recorde que estabeleceu em junho, ao completar os 2.000 metros da Copa dos Criadores em 116s294, melhor marca da história na grama. O resultado apagou seu mau resultado no GP de São Paulo (foi o oitavo) e deu ânimo ao jóquei, que neste domingo só espera a vitória no Rio.
– O cavalo é bom, tem muita chance de vencer. Nunca montei um animal com tanta possibilidade de ganhar – contou Cunha.
O duelo contra Dono da Raia marca uma diferença de estilos. Enquanto o favorito atropela na reta final, Top Hat é o tipo de animal que gosta de estar sempre na frente.
– Ele (Top Hat) é ligeiro, espontâneo. Corre sempre entre os três primeiros. No máximo, fica em terceiro – frisou o jóquei.
Cunha admite que é sempre perigoso andar assim, porque há o risco de o cavalo chegar mais desgastado na reta final. O segredo, segundo o condutor, é sentir o animal e controlá-lo durante o páreo.
– Tem que agüentar na reta final, quando vêm os atropeladores.
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