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| Aí vai o texto da matéria de Paulo Ricardo Moreira publicada no Globo de 21 de novembro.
A manifestação dos fãs-clubes pelo retorno de “Chaves” surtiu efeito. Há duas semanas o SBT voltou a exibir o seriado no lugar de “Cor-de rosa”, com média de até 10 pontos no ibope. A audiência é mais do que o dobro da do programa de fofocas de Silvia Abravanel, que não passava dos 3. Mas os fanáticos pela série mexicana não querem que “Chaves” seja apenas um coringa na programação e já se perguntam até quando ele vai ficar no ar.
- O problema é que a emissora não tem uma estratégia, passa o programa de qualquer jeito, em qualquer horário, como um tapa-buraco – reclama o estudante de letras Bruno Pires, de 20 anos, que inaugura neste fim de semana o site chavesmania.com.br.
Para Gustavo Berriel, de 21, estudante de jornalismo e presidente do fã-clube nacional, a enésima reprise do seriado foi uma vitória. Ele acredita que o evento realizado dia 30 de outubro para comemorar o vigésimo aniversário de “Chaves” no Brasil influenciou a decisão do SBT. Foram recolhidas cerca de três mil assinaturas pedindo a volta do programa. Agora, o abaixo-assinado será usado para reivindicar o retorno de “Chapolin”.
- Nós já tínhamos mando e-mails e cartas para a emissora. Eles respondiam que “Chaves” nunca ficaria fora do ar por muito tempo. Mas acho que o evento antecipou a volta – conta Gustavo.
O seriado criado pelo mexicano Roberto Bolaños foi produzido de 1973 a 1983. De um total de 500 episódios, o SBT só tem 150 no acervo. Os fãs se queixam do excesso de reprises, mas o fato é que a emissora ainda tem cerca de 70 histórias inéditas – os chamados “episódios perdidos”.
- Acho que o SBT não passou ainda estes episódios por causa de desorganização. Não acredito na teoria de que eles foram usados para fazer chamadas – afirma Bruno Pires.
Mãe de três adolescentes (Gabriel, de 16 anos, e os gêmeos David e Raquel, de 12) a psicopedagoga Kátia Regina comemora a volta da série:
- Meus filhos são apaixonados pelo programa e costumam assisti-lo até pela Internet. Falem o que quiser, mas “Chaves” é imbatível. As crianças nem se importam se ele é repetido ou não repetido.
Para Gustavo Berriel, as piadas sem apelação ajudam a atrair público de todas as idades. Já Bruno Pires compara o programa a uma espécie de show circense.
O SBT não quis se pronunciar a respeito da volta do seriado à grade.
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