Crenças e Religiões, Qual é a sua?

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CegoEgo
icon1  view post Posted on 7/11/2004, 17:31




CITAZIONE (>Il Monstro< @ 7/11/2004, 14:38)
Caso não queira fazê-lo, satisfaça-nos(me) uma curiosidade. Como chegou ao fórum? Alguém daqui o indicou/convidou, ou entrou através de pesquisas sobre os assuntos que o interessam (suponho que seja a segunda opção, e que os assuntos que o interessam sejam... "filosofia e religião"... )

Il Monstro,
Boa tarde! Agradeço pela recepção.

Entrei no forúm pelo assunto [forum religião] em busca no Google ou Yahoo (um desses).
Achei interessante o nível por não ter baixaria, que é o que estava acontecendo num fórum do site arvore do bem (ig), que estava participando.

Um abraço a todos
 
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>Gião<
view post Posted on 8/11/2004, 13:46




CITAZIONE
Mas não foi sobre religiões ocidentais que ela acabou de falar?  


perdão, orientais.
 
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Curuja
view post Posted on 8/11/2004, 14:21




Respondendo ao Gião.
A diferença das religiões orientais (a maioria delas, não todas) é que estas orientam seus freqüentadores com uma espécie de filosofia e não se dizem donas da verdade e nem afirmam ser nenhum tipo de manifestação do próprio Deus.
 
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CegoEgo
view post Posted on 8/11/2004, 16:09




CITAZIONE (>Il Monstro< @ 7/11/2004, 14:51)
Eu pergunto: Por quê se acredita em verdades absolutas quando se "sabe" que elas são inalcançáveis? Trata-se de uma outra forma de se ter .
Por isso o motivo deste tópico: Qual a natureza da dos foristas? Por que o não comprometimento com alguma religião? Qual o problema das que se apresentam? O tópico até é mais que isso, é sobre termos clareza das coisas em que acreditamos, se não para nós mesmos (o que é o mais interessante), pelo menos, para nossos interlocutores...

Salve!
Eu acredito no que a Curuja disse sobre verdade absoluta: Deus

Natureza da minha fé:
Em 1993/94 fiz alguns cursos e vivências sobre diversas coisas da nova era que floresciam ativamente, cria no espiritismo, no catolicismo mas não praticava.
Num desses cursos, uma semana à noite, fizemos diversas atividades, culminando no último dia em que fomos conduzidos pelo dirigente em uma meditação para alcançar nosso local de descanso, ou porto seguro, guiado pelo nosso guardião (anjo da guarda).
Nessa meditação que durou uns 40 minutos, senti o seguinte durante um milésimo de segundo (ou menos):
Eu não tinha corpo.
Nada existia, nem claro, nem escuro, absolutamente nada visivel.
Ao mesmo tempo o nada era o todo.
Eu era o todo e eu era eu. Me senti integrado e individual no nada e no todo.
Mas, o amor e a paz que reinava ou irradiava dessa forma ou lugar é indizivel é tudo que satisfaz a alma...
Acabou, voltei a minha cadeira, chorando como criança, incapaz de controlar a felicidade que sentia, incapaz de expressar o que se passou.
Cada pessoa sentiu de uma forma diferente, ninguém estava tão "extasiado" como eu. Viram Jesus, foram para uma praia, uma cachoeira, uma montanha, encontraram um parente, mãe ou pai etc..
Como dizer que eu estivera no paraíso e que eu era o próprio paraíso e que no paraíso não tinha nada e tinha tudo e o amor era a única sensação que existia?

Muito tempo se passou, nunca mais tive essa experiência, embora tentei diversas vezes.
Me tornei religioso, evangélico, ao receber uma cura de uns crentes.
Fiz poucos amigos no meio, não concordava com os métodos, não conseguia ver um Deus vingador, mas acabei aceitando muitas coisas dessa religião como não crer em imagens e santos, não crer na reencarnação e crer que os demônios influenciam demais a vida das pessoas.
Fui crente, batizado nas águas, por sete anose meio. Tive bons momentos e algumas graças recebidas, mas não parava na mesma igreja, frequentei quase todas as denominações dentro da religião, e em todas não me satisfiz, algo não estava certo para mim, e se não posso mudar os outros, eu me mudava.
Estou sobrevivendo no sufoco, depois que perdi meu emprego em uma multinacional de renome há 3 anos.
Por fim querendo uma resposta de Deus, me lancei num sacrifício (economico) na igreja, e me senti o cara mais idiota na face da terra.
No dia do sacrifício, ainda antes de entregar meus últimos recursos, minha filhinha pede para ver uma fita chamada Jesus (coleção da revista Seleções) em que Jesus falou "Misericórdia quero e não sacrifícios".
Mas a gente quando se mete a fazer alguma coisa, não vai desistir no meio do caminho, certo?
Aqui estou, 3 meses depois do sacrifício, não sou mais religioso fanático, mas creio em Deus, conheci outras pessoas, pesquisei e li sobre várias coisas, sobre a negação da religião, sobre religiões orientais, conheci um cliente (casal espírita) que também não queriam mais saber de se ajuntar em seus centros devido quase a mesma situação, às obrigações etc...
Em sua biblioteca vi fotos de Paramahansa Yogananda. Nada perguntei. Ao final do serviço, ganhei também de presente um livro sobre Mahatma Gandhi. Mas algo me dizia para conhecer mais sobre Yogananda. Li o livro Autobiografia de Um Iogue, e ele explica claramente o que se passou na meditação que falei acima.
 
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>Gião<
view post Posted on 8/11/2004, 22:58




Muito estimado CegoEgo;

Bem-vindo ao Canal Geral! Sinta-se bastante a vontade aqui para postar suas opiniões.

É muito legal ter um membro novo que não tenha sido indicado e sim nos achou no meio de tantos outros sites!

Seria bacana se vc não se limitasse à pasta de Filosofia & Religião e postasse em todo fórum.

Um abraço.

Gião.

PS: estarei rezando para que consiga logo um emprego e pague uma rodada de cerveja pra galera!
 
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CegoEgo
view post Posted on 9/11/2004, 00:25




Valeu Gião,

Meu nome é Roberto, 40 anos.
Semana passada paguei uma promessa de 30 anos atras.
Dívida espiritual não é brincadeira...
Sabe como é dificil para um ex-crente reconsiderar sobre santos e sobre Nossa Senhora (uma das promessas foi rezar 10 terços), mas o que importa é paz com minha consciência .
Uma coisa que não entendi ainda é sobre a assunção de Nossa Senhora, não consta na Bíblia, você saberia dizer como a igreja católica chegou a esse evento?
No restante creio totalmente na Mãe Divina e seu amor por toda a humanidade.

Grande abraço!

Agradeço as orações e conto com a ajuda Divina prá gente comemorar!
 
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>Gião<
view post Posted on 9/11/2004, 14:58




retirado do site www.semprefiel.com.br

CODICE
O Dogma da Assunção tem como referência a Mãe de Deus, que logo após sua vida terrena foi levada em corpo e alma à Glória Celestial.

Este Dogma foi proclamado pelo Para Pio XII, em 1º de novembro de 1950, na Constituição Munificentisimus Deus:

 
“Depois de elevar a Deus muitas reiteradas preces e invocar a Luz do Espírito da Verdade para a Glória de Deus onipotente, que outorga a Virgem Maria sua benevolência, para honra de seu filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte, para aumentar a glória da mesma Mãe Augusta e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta de corpo e alma à Glória dos Céus”.

Entretanto, por que é importante para que nós católicos recordemos e aprofundemos o Dogma da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu? O Novo Catecismo da Igreja Católica responde a esta pergunta:
“A Assunção da Santíssima Virgem, constitui uma participação única na ressurreição de seu filho e uma antecipação da ressurreição dos demais cristãos (CIC 966)”.

A importância da Assunção para nós, homens e mulheres do começo do Terceiro Milênio da Era Cristã, tem como efeito a relação que existe entre a Ressurreição de Cristo e a nossa. A presença de Maria, mulher da nossa raça, ser humano como nós, se encontra entre a ressurreição de Cristo e a nossa, isto é: uma antecipação de nossa própria ressurreição.

O Novo Catecismo da Igreja Católica (CIC 966) nos explica, citando a Lúmen Gentium 59, que conseqüentemente cita a Bula da Proclamação do Dogma: “Finalmente, a Virgem Imaculada, preservada de toda mancha do pecado original, terminado o curso de sua vida na terra, foi levada à Glória dos Céus, e elevada ao Trono do Senhor como Rainha do Universo, para ser conformada plenamente a seu filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado da morte”.

O Papa João Paulo II, em uma de suas catequeses sobre a Assunção, explica o mesmo nos seguintes termos:
“O Dogma da Assunção afirma que o corpo de Maria foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, enquanto para os demais homens a ressurreição dos corpos será no fim do mundo, para Maria a glorificação de seu corpo se antecipou por privilégio único”. (JP II, 2-julho-1997).

“Contemplando o mistério da Assunção da Virgem, é possível compreender o plano da Providência Divina com respeito à humanidade: depois de Cristo encarnado, Maria é a primeira criatura humana que realiza o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade, prometida aos escolhidos mediante da ressurreição dos corpos”. (JP II, Audiência Geral de 9 de julho de 1997).

Continua o Papa: “Maria Santíssima nos mostra o destino final daqueles que ‘escutam a palavra de Deus e a cumprem’ (Lc. 11,28). Nos estimula a elevar nosso olhar às alturas, onde se encontra Cristo, sentado à direita do Pai, e onde está também a humilde serva de Nazaré, em sua glória celestial”. (JP II, 15-agosto-1997).

O mistério da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu convida-nos a fazer uma pausa na agitada vida que levamos para refletir sobre o sentido da nossa vida aqui na terra, sobre nosso último fim: a Vida Eterna, junto com a Santíssima Trindade, a Santíssima Virgem Maria e os anjos e santos do Céu. Ao saber que Maria está no Céu, gloriosa em corpo e alma, como nos foi prometido àqueles que fazem a vontade de Deus, renova-nos a esperança em nossa imortalidade futura e a felicidade perfeita para sempre.


 
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Sr Spock
view post Posted on 12/1/2005, 22:38




Atendendo a pedidos

Nasci católico; por acasos do destino, minha madrinha é agnóstica (já era quando me batizou). Fiz a primeira comunhão, tudo direitinho, mas desde criança não gostava nem um pouco de arbitrariedades, manipulação ou mentiras. Depois de algum tempo, achei que era melhor para minha sanidade e meu papel no mundo não frequentar mais a Igreja/grupos de lá.

Minha mãe e meu pai continuam católicos, apesar dela não ser frequentadora. Por acasos do destino, duas ex converteram-se e acharam que eu tinha que me converter, "encontrar Jesus" e todo aquele papo de sempre. Acho que já citei que são ex, não?

Sempre tive alguns amigos católicos participantes desses grupos jovens, de oração, universitário... e eles sempre serviram para me lembrar dos bons motivos que eu tinha para não frequentar nada disso.

Hoje, o que melhor descreve meu "status religioso" seria agnóstico. Não nego a existência de um D'us, mas não aceito o que é imposto como "Palavras d'Ele" em cada religião. Creio na Verdade e na Razão. Se algo é falso ou vai contra o que é racional, não posso aceitar que seja uma regra válida para toda a Humanidade. Que valha para os que a abraçarem, mas não para mim.

Não abraçar nenhuma "Verdade Absoluta" me permite ter tranquilidade para abordar qualquer "verdade" que me é apresentada, desde o Talmud e o Bhagavad Gita até os folhetos que pacientes sem-noção distribuem nos ambulatórios com as publicações "científicas" da "Torre de Vigia" ou da Universal. Aquilo que eu quiser negar, tenho que possuir uma razão forte e verdadeira para negar; aquilo que houver de bom, será meu.

Como terei de sair de casa agora, termino o post depois.

abraços
 
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>Il Monstro<
view post Posted on 23/1/2005, 16:07




O que é Falso?

Eu definiria que é algo em desacordo com a verdade. Mas o que é a Verdade, para vc?

Já citou algo sobre o Racional. Como assim Racional? Seria o Lógico, como é descrita a lógica por Aristóteles (para não citar sem explicar, caso alguém não conheça: Aristóteles descreveu o princípio da não-contradição: Se algo é, só pode haver um outro algo que não é, em oposição e ele. Não pode haver algo que é e não é ao mesmo tempo (princípio do terceiro excluído)) ? Qual o seu ponto de partida?

É claro que existem diversos fatores que orientam as nossas ações, de cada um de nós, e que tendemos a agir segundo um padrão, que por vezes reconhecemos e sabemos definir, por vezes não. Mas “agir segundo a racionalidade” é o que todos clamam fazer, mesmo os mais religiosos. Pergunte ao Gião sobre a lógica de sua religião. Você mesmo ficará surpreso.

Ele também segue a lógica, e o racional. Para ele, o comportamento sexual que não segue as normas da igreja, é ilógico, irracional, aproxima o homem do animal, o distancia de Deus e contribui para sua infelicidade. A lógica não existe por si, depende de um código de regras a serem obedecidas. Eu gostaria de saber quais são as suas.

Pra encurtar: Por favor, me dê um exemplo dce um fato: O que é verdade? Ex.: “ –É verdade que a terra gira em torno do Sol”.

Diga algo nesses termos, em que vc acredite. Aguardo a resposta.
 
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Sr Spock
view post Posted on 23/1/2005, 21:08





Em nenhum momento eu falei em lógica, percebe? Até pq como você mesmo apontou, a lógica serve para a perversão do racional. Saindo de de um ponto de partida falso, e o melhor raciocínio do mundo irá chegar a uma "conclusão lógica" errônea. Essa é uma das melhores razões que eu tenho para desconfiar do pensamento religioso de um modo geral . Como iniciam seu pensamento com a convicção de que ele é a firme expressão da vontade de um ser divino, não podendo ser contra-posto por argumento algum de forma válida, cedo ou tarde irão corromper a Razão através da lógica.

A verdade para mim seria algo que não depende de "acreditarmos na Palavra" ou "termos fé", e baseado e desenvolvido através de um caminho compreendido pela Razão, sem necessitar de nenhuma concessão especial.

Um exemplo de verdade seria "É verdade que ninguém, hoje, é capaz de explicar como o Universo surgiu, ou como o Homem chegou a ser o que é"

Mostre alguém capaz de responder a uma dessas 2 perguntas. Teremos religiosos dos mais diversos tipos, que explicam a criação do universo ou do homem de acordo com o relato fundador de sua religião (e que é bom que você aceite, ou estará condenando sua alma imortal ao sofrimento eterno ou algo que o valha), e cientistas discorrendo sobre teorias que não cobrem satisfatoriamente os requisitos para a verdade.

No caso, eu não considero nenhum dos 2 tipos de versão como verdadeiros, porém considero como mais plausíveis as versões científicas. Sinceramente, não me angustia não saber como o universo foi criado, ou como minha espécie surgiu. Não preciso duma explicação reconfortante para encarar minha ignorância, nem de uma que diga que eu sou a obra-prima da criação, feito para reinar sobre todo o resto. Então, posso abrir mão de "aceitar" uma verdade (falsa) dessas.
 
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>Il Monstro<
view post Posted on 24/1/2005, 00:47




Parecido com o que eu mesmo penso. Talvez a maior diferença seja a de que eu me abstenho do termo mesmo, verdade. Possivelmente, em discussões futuras, não teremos muitas dificuldades em entrar em acordo.

Mas também, pq especular? Framengo ou Fruminense, Spock?
 
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Curuja
view post Posted on 24/1/2005, 03:32




Eh! Tô concordando com o Spock...
 
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Capitão Ácido
view post Posted on 24/1/2005, 04:03




Estamos mais ou menos na mesma, Curuja...

Mais ou menos...
 
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Journeyman
view post Posted on 24/1/2005, 17:54




Mais ou menos?
 
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Sr Spock
view post Posted on 25/1/2005, 01:27




Acho que encontrarei eco para algumas idéias por aqui... fico feliz de ter me expressado bem o suficiente para compreenderem.
 
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120 replies since 31/10/2004, 01:19   2815 views
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