| CegoEgo |
| | CITAZIONE (>Il Monstro< @ 7/11/2004, 14:51) | Eu pergunto: Por quê se acredita em verdades absolutas quando se "sabe" que elas são inalcançáveis? Trata-se de uma outra forma de se ter fé. Por isso o motivo deste tópico: Qual a natureza da fé dos foristas? Por que o não comprometimento com alguma religião? Qual o problema das que se apresentam? O tópico até é mais que isso, é sobre termos clareza das coisas em que acreditamos, se não para nós mesmos (o que é o mais interessante), pelo menos, para nossos interlocutores... |
Salve! Eu acredito no que a Curuja disse sobre verdade absoluta: Deus
Natureza da minha fé: Em 1993/94 fiz alguns cursos e vivências sobre diversas coisas da nova era que floresciam ativamente, cria no espiritismo, no catolicismo mas não praticava. Num desses cursos, uma semana à noite, fizemos diversas atividades, culminando no último dia em que fomos conduzidos pelo dirigente em uma meditação para alcançar nosso local de descanso, ou porto seguro, guiado pelo nosso guardião (anjo da guarda). Nessa meditação que durou uns 40 minutos, senti o seguinte durante um milésimo de segundo (ou menos): Eu não tinha corpo. Nada existia, nem claro, nem escuro, absolutamente nada visivel. Ao mesmo tempo o nada era o todo. Eu era o todo e eu era eu. Me senti integrado e individual no nada e no todo. Mas, o amor e a paz que reinava ou irradiava dessa forma ou lugar é indizivel é tudo que satisfaz a alma... Acabou, voltei a minha cadeira, chorando como criança, incapaz de controlar a felicidade que sentia, incapaz de expressar o que se passou. Cada pessoa sentiu de uma forma diferente, ninguém estava tão "extasiado" como eu. Viram Jesus, foram para uma praia, uma cachoeira, uma montanha, encontraram um parente, mãe ou pai etc.. Como dizer que eu estivera no paraíso e que eu era o próprio paraíso e que no paraíso não tinha nada e tinha tudo e o amor era a única sensação que existia?
Muito tempo se passou, nunca mais tive essa experiência, embora tentei diversas vezes. Me tornei religioso, evangélico, ao receber uma cura de uns crentes. Fiz poucos amigos no meio, não concordava com os métodos, não conseguia ver um Deus vingador, mas acabei aceitando muitas coisas dessa religião como não crer em imagens e santos, não crer na reencarnação e crer que os demônios influenciam demais a vida das pessoas. Fui crente, batizado nas águas, por sete anose meio. Tive bons momentos e algumas graças recebidas, mas não parava na mesma igreja, frequentei quase todas as denominações dentro da religião, e em todas não me satisfiz, algo não estava certo para mim, e se não posso mudar os outros, eu me mudava. Estou sobrevivendo no sufoco, depois que perdi meu emprego em uma multinacional de renome há 3 anos. Por fim querendo uma resposta de Deus, me lancei num sacrifício (economico) na igreja, e me senti o cara mais idiota na face da terra. No dia do sacrifício, ainda antes de entregar meus últimos recursos, minha filhinha pede para ver uma fita chamada Jesus (coleção da revista Seleções) em que Jesus falou "Misericórdia quero e não sacrifícios". Mas a gente quando se mete a fazer alguma coisa, não vai desistir no meio do caminho, certo? Aqui estou, 3 meses depois do sacrifício, não sou mais religioso fanático, mas creio em Deus, conheci outras pessoas, pesquisei e li sobre várias coisas, sobre a negação da religião, sobre religiões orientais, conheci um cliente (casal espírita) que também não queriam mais saber de se ajuntar em seus centros devido quase a mesma situação, às obrigações etc... Em sua biblioteca vi fotos de Paramahansa Yogananda. Nada perguntei. Ao final do serviço, ganhei também de presente um livro sobre Mahatma Gandhi. Mas algo me dizia para conhecer mais sobre Yogananda. Li o livro Autobiografia de Um Iogue, e ele explica claramente o que se passou na meditação que falei acima.
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