Ginástica artística

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Journeyman
view post Posted on 20/3/2005, 02:44




Laís Souza é ouro no salto sobre o cavalo na Copa do Mundo
Da Redação
Em São Paulo

BRASILEIRAS DE OURO NA COPA
Daniele Hypólito

Precursora do Brasil no alto do pódio na competição, Daniele foi ouro na trave em Cottbus-2002 e no Rio-2004

Daiane dos Santos


Após ser campeã mundial, Daiane começou a vencer tudo no solo: Stuttgart-2003, Cottbus, Lyon, Rio e Birmingham (2004)

Laís Souza


Considerada a mais promissora ginasta brasileira, Laís chega ao ouro com apenas três etapas de Copa do Mundo em seu currículo

A ginasta brasileira Laís Souza, 16, conquistou neste sábado a medalha de ouro no salto sobre o cavalo na etapa de Cottbus (Alemanha) da Copa do Mundo de ginástica.

Principal aposta do técnico ucraniano Oleg Ostapenko para as Olimpíadas de Pequim-2008, Laís obteve uma média de 9,249 nos dois saltos que realizou na final e se tornou a terceira brasileira a conquistar uma medalha de ouro em etapas de Copa do Mundo.

"É a recompensa de muita dedicação e treino", disse Laís após receber a medalha de ouro e ouvir o hino nacional. "Sabia que um dia ia chegar a recompensa e agora chegou".

Na vitória de hoje, Laís superou a russa Anna Pavlova, medalha de bronze no salto sobre o cavalo na Olimpíada de Atenas, e a uzbeque Oksana Chusovitina, vencedora deste aparelho no Mundial-2003.

Pavlova ganhou a prata, com 9,237. Já Chusovitina errou o segundo salto, ficando com uma 8,993 e o quinto lugar. A medalha de bronze foi para a chinesa Tiantian Wang, que teve média de 9,225 após seus dois saltos.

No primeiro salto, que partiu de 9,8, Laís obteve nota 9,387. No segundo, apresentou uma pequena falha na terminação, e acabou com 9,112. A nota de Laís foi pouco maior do que a que havia obtido nas eliminatórias, ontem (9,237).

RESULTADO FINAL
1 - Laís Souza (BRA) - 9,249
2 - Anna Pavlova (RUS) - 9,237
3 - Tiantian Wang (CHN) - 9,225
4 - Yahong Yang (CHN) - 9,193
5 - Oksana Chusovitina (UZB) -8,993
6 - Tania Gener (ESP) - 8,987
7 - Alyssa Brown (CAN) - 8,975
8 - Danielle Englert (SUI) - 8,912
Neste domingo, Laís Souza -e a outra representante brasileira em Cottbus, Ana Paula Rodrigues, 17, voltam ao tablado na Alemanha.

Laís disputa o solo -ontem, se classificou em 1º lugar para a final mesmo cometendo erros em sua série, que conta com o famoso duplo-twist carpado, que consagrou Daiane dos Santos. Já Ana Paula participa da final da trave.

O Brasil participa da competição sem suas principais estrelas: Daiane dos Santos, recém-recuperada de contusão e os irmãos Diego e Daniele Hypólito ficaram no país. De acordo com a CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), Diego não viajou porque a seleção masculina começou os treinos no último domingo. Já Daniele não estaria em forma física e técnica tão boa quanto Laís e Ana Paula.

Histórico
Daniele, a primeira a levar o Brasil ao pódio neste tipo de competição, em 2002, tem dois primeiros lugares em provas na trave. Já Daiane dos Santos, segunda a fazer o hino brasileiro tocar neste tipo de competição, soma cinco ouros em provas no solo. Na soma geral, Laís obteve o oitavo ouro da ginástica feminina nas Copas do Mundo.

É a segunda medalha de Laís em três etapas da Copa do Mundo em sua carreira. Ela havia ficado com a medalha de bronze em outra etapa alemã, disputada em Stuttgart, em novembro do ano passado. Em sua única outra participação, no Rio de Janeiro, ela não teria chegado a nenhuma final com as notas que obteve em suas apresentações, válidas apenas como exibição.


 
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Journeyman
view post Posted on 1/4/2005, 22:42




Interdição de ginásio em SP ameaça etapa da Copa do Mundo

Da Folhapress
Em Curitiba

A interdição do Complexo Esportivo Constâncio Vaz Guimarães, por falta de segurança, pode inviabilizar a realização da etapa nacional da Copa do Mundo de ginástica artística, marcada para os dias 8 a 10 de abril.

O despacho do juiz Rômolo Russo Júnior, da 5ª Vara de Fazenda Pública, determinou que o complexo, do qual o ginásio faz parte, só será reaberto após a realização de algumas reformas.

Foram pedidas a facilitação de acesso para deficientes físicos, revisão da instalação elétrica, colocação de corrimões nas escadas e de maior número de hidrantes.

A audiência de conciliação está marcada para a próxima quinta, um dia antes do início do evento.

"Vamos fazer o possível para adequar o local", afirma Rubens Jordão, secretário-adjunto de Esporte do Estado de São Paulo.

De acordo com o Ministério Público Estadual, as irregularidades já haviam sido constatadas em vistoria feita pelo Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis), em abril de 2000.

Em 2002, o então secretário Gabriel Chalita se comprometera a realizar as obras. Nova inspeção foi feita no ano seguinte, mas o Contru constatou que os ajustes pedidos não tinham sido feitos.

Em junho de 2003, já sob a gestão de Lars Grael, foi feita nova promessa de adequação do local às normas de segurança.

"A Copa é nosso grande problema. Já fizemos 80% do que foi pedido. Vamos fazer todo o possível, até trabalhar de noite, para montar tudo a tempo", afirma Fernando Nogueira, administrador do complexo esportivo.

Devido ao problema, Nogueira pediu que fossem comercializados no máximo 7.000 ingressos -a capacidade da arena é para 11 mil pessoas. Segundo a Confederação Brasileira de Ginástica, cada dia de prova terá público máximo de 5.000 torcedores.

A CBG afirma que boa parte das entradas já foram vendidas e que a estrutura já está sendo erguida.

"O ginásio de aquecimento está montadinho lá. O de competição estava sendo preparado. A secretaria disse que solucionaria o problema, sem que o evento tivesse que ir para outro local", diz Eliane Martins, supervisora da CBG.

As ginastas da seleção brasileira chegam no domingo à capital paulista. A intenção da comissão técnica era treinar o quanto antes, no máximo na segunda-feira, para definir as atletas que representarão o país na competição.
 
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Curuja
view post Posted on 2/4/2005, 05:39




Daiane enfrentará Laís em São Paulo

A prova acontecerá nos dias 8, 9 e 10 de abril, no ginásio do Ibirapuera. – Todos esperam este duelo, já que nos destacamos no solo. Certamente a competitividade existe entre nós – disse a gaúcha.

– Mas nunca perdemos o lado esportivo e o importante é que o Brasil sairá ganhando – completou Daiane, de 22 anos, segunda do ranking mundial.

Sem a badalação da rival, 34 posições abaixo na lista das melhores e com seis anos a menos, Laís vai procurar manter a boa fase, iniciada na etapa de Cottbus (ALE) da competição, onde conquistou duas medalhas (um ouro e uma prata).

Daiane chegou até a dizer que Laís será o principal nome do País na ginástica nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. – Laís tem vários pontos fortes. O principal deles é a perseverança. Ela tem muita garra nos treinos e corre atrás do que quer – disse a gaúcha.

Para esta etapa, a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) terá que correr para conseguir montar os aparelhos depois que o Ibirapuera foi interditado pelo Contru (Departamento de Controle do uso de Imóveis), que encontrou irregularidades no ginásio.

A CBG terá um dia para fazer a montagem. Assim, as ginastas terão que treinar no ginásio de aquecimento, segundo a assessoria da entidade, durante a semana.
 
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Journeyman
view post Posted on 2/4/2005, 19:42




Se for quem estou pensando, essa Laís é mais bonitinha pelo menos.
 
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Capitão Ácido
view post Posted on 3/4/2005, 15:43




Safado!

As notas dela (Laís) foram meio baixas para quem realmente disputa medalhas em competições de alto nível como as Olimpíadas...

Mas são notas de finalista e ainda tem 3 anos de preparação para chegar bem à próxima Olimpíada.
 
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Journeyman
view post Posted on 6/4/2005, 14:43




06/04/2005 - 10h00
Copa do Mundo de ginástica em SP expõe disputa na seleção

Murilo Garavello
Em São Paulo

BRASILEIRAS NA COPA EM SP

Daniele Hypólito

Ainda longe de sua melhor forma, de acordo com Oleg Ostapenko, deve competir na trave e nas barras paralelas

Daiane dos Santos

Campeã mundial no solo, a gaúcha é presença certa nesta prova. Pode aparecer também nas barras paralelas

Laís Souza

A revelação da ginástica brasileira competirá no salto sobre o cavalo, solo e, provavelmente, nas barras paralelas

Camila Comin

A veterana ginasta curitibana, que foi à Olimpíada, será a outra ginasta brasileira nas disputas da trave
No princípio, era só Daniele Hypólito, prata no Mundial de 2001, primeiro resultado expressivo da ginástica brasileira. No Mundial de 2003, foi a vez de Daiane dos Santos ganhar os holofotes com o ouro no solo. Em fevereiro deste ano, dez meninas foram selecionadas para a seleção, que agora conta com 17 atletas. E, em março, Laís Souza, promissora ginasta, roubou a cena com duas medalhas -uma de ouro- na etapa de Cottbus (Alemanha) da Copa do Mundo.

São Paulo, que recebe a etapa brasileira da competição a partir desta sexta-feira, já começou a presenciar uma disputa por espaço entre as ginastas. Não se trata apenas de dividir holofotes, carinho do público, atenção. A batalha se dá também por vagas na competição.

No feminino, o Brasil pode escrever apenas quatro ginastas -duas em cada aparelho. Por isso, das 17 que fazem parte da seleção, apenas sete vieram a São Paulo. Às atletas, Oleg Ostapenko, ucraniano que comanda a seleção, afirmou que só divulga quem disputará a competição na próxima quinta-feira. Entretanto, para a imprensa, o técnico não escondeu o nome das quatro já escolhidas: Daiane, Daniele, Laís e Camila Comin.

Ana Paula Rodrigues, que ao lado de Laís foi a única a disputar a etapa de Cottbus, está em São Paulo, mas não vai participar da competição. Na Alemanha, a ginasta, atual campeã brasileira (superou Daiane, Daniele e Laís no ano passado), não foi bem: passou à final da trave, mas teve como melhor nota um 8,525 -nas barras paralelas, sofreu uma queda, tirando uma nota 7.

AJUDANTE ILUSTRE
Cerca de 15 jovens desconhecidos com crachás de "voluntário" circulam pelo ginásio do Ibirapuera. Um deles não é jovem, muito menos desconhecido. Zequinha Barbosa, 43, medalha de prata no Mundial do Japão-1991, decidiu ajudar na organização da competição de ginástica em São Paulo.

"Estou aqui para fazer o que não faziam nos meus tempos de atleta: barrar todo mundo", afirma, gargalhando, o ex-atleta. "Quando eu competia, sempre tinha um repórter que dava um jeito de entrar. Até na Vila Olímpica me acharam. Agora, aqui, não. Não pode", se divertia. Leia mais.
Para que Ana Paula pudesse estar presenta na Alemanha, a comissão técnica da seleção deixou no Brasil a badalada Daniele Hypólito -Daiane, que se recuperava de uma contusão, não poderia participar. "A Ana Paula tem de melhorar. Ela está com problemas de postura e com pouca impulsão", afirmou Oleg Ostapenko nesta terça-feira. "As outras meninas estão melhores agora".

Em relação a Daniele, Oleg segue fazendo críticas. "Ela não está assim tão bem, não. Está normal. Daria para ela estar bem melhor, mas dá para competir", disse o ucraniano, que na volta de Cottbus, há duas semanas, havia afirmado que a ginasta vinha enfrentando problemas com o peso.

Ainda sem saber em qual aparelho competirá, Daniele tenta se incluir em todos. "É o Oleg quem decide. Eu, por mim, competiria nos quatro", afirmou a ginasta, que diz estar dentro do peso e apreciar a competição interna na seleção.

"É ótimo para mim ver que hoje temos tantas ginastas boas. Eu fiz o que eu tinha que fazer, fui eu quem deu o primeiro passo", diz, referindo-se à medalha de prata no solo em Ghent-2001. "Tenho muito orgulho desse estágio a que nossa ginástica chegou. Se um dia eu tiver que ficar na reserva, vou ficar supercontente", garantiu.

Laís é outra que tenta minimizar a competição. "Não tem rivalidade -pelo menos eu acho que não tem. Uma torce pela outra", afirma a ginasta, que pretende superar Daniele Hypólito. "Quando eu estava começando, ela era a grande referência. Mas é uma coisa natural: um dia uma cai, a outra sobe. Espero conseguir ficar melhor do que ela".

Já Daiane dos Santos, que vai se apresentar no solo, assume que a disputa existe. "Nas barras paralelas, somos cinco que treinamos bem. E todas queremos competir. Mas só duas vão poder disputar. As outras três vão ter de se contentar com se apresentar apenas como exibição, sem que as notas sejam computadas", disse a gaúcha.

Daiane, entretanto, descarta estar na competição em pelo menos um dos aparelhos: a trave. "Trave e Daiane são duas coisas que nunca podem aparecer juntas", diz, rindo, a ginasta. "Deixa a trave pra Daniele que ela é muito boa".
 
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#FF#
view post Posted on 6/4/2005, 15:44




É...o pomar do professor Ostapenko dá cada vez mais frutos!
 
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Journeyman
view post Posted on 7/4/2005, 00:26




Que frase, hein! Sinistro!
 
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#FF#
view post Posted on 7/4/2005, 14:12




Daniele Hypolito pode deixar Seleção


LANCEPRESS!

O técnico Oleg Ostapenko decidiu nesta quinta-feira cortar a ginasta Daniele Hypolito das provas do salto sobre o cavalo e barras paralelas da etapa de São Paulo da Copa do Mundo de Ginástica Artística, no próximo fim de semana, no Ginásio do Ibirapuera. Ostapenko alegou que Daniele está acima do peso e não vinha executando corretamente os movimentos de cada aparelho durante os últimos treinamentos.

Daniele se revoltou com a decisão, saiu chorando do ginásio de treinos assim que recebeu a notícia e ameaçou deixar a Seleção olímpica permanente. Em seguida, segundo informações do canal "SporTV", a atleta iniciou uma reunião com a presidente da Confederação Brasileira, Vicélia Florenzano, para decidir o seu futuro na equipe. Ainda de acordo com o "SporTV", Ostapenko disse que apenas escolhe as ginastas que estão em melhores condições para competir na Seleção.

 
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Journeyman
view post Posted on 7/4/2005, 18:28




É... Parece que o negócio foi feio mesmo!!! O irmão dúvida dela deixou bem claro que ela está muito insatisfeita com o ocorrido.
 
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#FF#
view post Posted on 7/4/2005, 19:09




Dúvida?
 
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Journeyman
view post Posted on 7/4/2005, 22:09




Certeza absoluta! Hahahahahahaha!
 
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Journeyman
view post Posted on 8/4/2005, 18:56




"Não sei se quero continuar na seleção", diz Daniele

Da Redação
Em São Paulo

Após abandonar a seleção brasileira de ginástica, que disputa a partir desta sexta-feira a etapa de São Paulo da Copa do Mundo, Daniele Hypólito declarou, já no Rio de Janeiro, que não sabe se continuará defendendo a seleção.

"Eu posso ser cortada. Não sei se a CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) vai querer que eu volte, mas também não sei se quero continuar na seleção permanente. Vamos esperar o fim da competição para ver como fica", disse a ginasta. "Eu não fui cortada da equipe, saí porque quis".

Daniele Hypólito decidiu deixar a competição em São Paulo e a seleção após ouvir do técnico Oleg Ostapenko que disputaria apenas uma -e não três, como ela esperava- prova no ginásio do Ibirapuera. "São muitos os motivos que me levaram a tomar essa decisão, mas eu não quero falar sobre isso".

Aos 21 anos, Daniele, medalha de prata no solo no Mundial de Ghent-2001 -primeiro resultado de peso da história da modalidade no país-, diz que não vai parar de fazer ginástica. "Ainda não decidi o que vou fazer. A única certeza é que vou continuar treinando".

A ginasta sabe que seu futuro na seleção pode estar comprometido. "Se não fizerem eliminatórias para as competições, posso ficar definitivamente fora da seleção".

Já a mãe de Daniele, dona Geni, afirmou em entrevista à imprensa no Rio de Janeiro que o técnico ucraniano Oleg Ostapenko "não gosta" da ginasta. "Ela não pode falar, mas eu posso: o Oleg não gosta da Dani. Mais cedo ou mais tarde, isso iria acontecer. Na veia dela, corre sangue brasileiro, não ucraniano".
 
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Journeyman
view post Posted on 10/4/2005, 14:24




Laís é prata; Brasil leva mais dois bronzes, mas fica sem ouro
Da Redação
Em São Paulo


Laís salta para ganhar a medalha de prata na etapa de São Paulo da Copa
A ginasta brasileira Laís Souza obteve sua terceira medalha consecutiva no salto sobre o cavalo em etapas da Copa do Mundo. Mesmo com um desempenho pior do que o que obteve nas eliminatórias, Laís ganhou a medalha de prata neste sábado.

Já no cavalo com alças, o gaúcho Mosiah Rodrigues aproveitou o baixo nível técnico da final para beliscar a medalha de bronze. E Camila Comin, com uma bela apresentação nas barras paralelas assimétricas, também subiu ao pódio no terceiro lugar.

Daiane dos Santos não teve um dia dos melhores: ficou em quarto lugar no salto e na sexta colocação nas barras paralelas.

Assim, com uma prata e dois bronzes, o Brasil passa a ter remotas chances de superar o desempenho da etapa nacional de 2004. No Rio de Janeiro, foram oito medalhas (quatro ouros, três pratas e um bronze).

Neste domingo, Daiane dos Santos e Laís Souza disputam a final do solo; Ana Paula Rodrigues e Camila Comin estarão na trave; Mosiah Rodrigues e Victor Rosa medem forças com rivais na barra fixa; Victor Rosa disputa também a final do salto. Na decisão das barras paralelas masculinas, o país não terá representantes.

Salto
OS PÓDIOS DE LAÍS EM COPAS
Stuttgart-2004
Bronze no salto
Cottbus-2005
Ouro no salto
Prata no solo
São Paulo-2005
Prata no solo
A medalha de ouro no salto ficou com a uzbeque Oksana Chusovitina, atual campeã mundial na prova, que ontem havia se classificado com a segunda colocação. Chusovitina havia sido derrotada por Laís na etapa de Cottbus (Alemanha), há três semanas.

Laís ganhou sua primeira medalha (bronze) no salto em Stuttgart-2004. Em Cottbus-2005, ganhou o ouro. Com mais esta medalha em São Paulo, a brasileira chega a quatro pódios em três participações em Copas do Mundo -em Cottbus, foi prata no solo. E é justamente no solo, que terá sua final neste domingo, que a mais promissora ginasta do país poderá obter outra medalha.

"É uma conquista grande, ganhar essa medalha no Brasil. Enfrentei tantas meninas boas, estou muito feliz", disse a ginasta de 16 anos.

Laís Souza teve um desempenho pior na final, neste sábado, do que nas eliminatórias, ontem. Em seu primeiro salto, Laís não foi bem na terminação. Com um desequilíbrio na terminação, a brasileira tirou 9,200 -executando o mesmo salto na sexta-feira, a brasileira havia obtido 9,400. O segundo salto de hoje também foi pior: de 9,150, ontem, neste sábado, Laís conseguiu 9,100. Assim, sua nota final ficou em 9,150.

A RIVAL DE LAÍS
Chusovitina, 29


Seis ouros, duas pratas e um bronze no salto sobre o cavalo em Copas do Mundo; campeã mundial no solo em 1991 e no salto sobre o cavalo em 2003

Daiane dos Santos também piorou neste sábado. Após um primeiro salto bom, em que obteve 9,200, Daiane cometeu alguns erros no segundo salto e, com a nota 8,650, acabou com a média de 8,925 -ficando sem chances de medalha.

Ontem, Daiane havia conseguido 9,037. "Acho que foi normal", disse Daiane, rapidamente, após sua prova. "Os árbitros que decidem, cabe a mim respeitar".

Barras paralelas
Nas barras paralelas, Daiane também teve desempenho pior do que na fase de classificação. Hoje, a mais famosa ginasta do país conseguiu 8,650 -pior do que os 8,925 obtidos na sexta-feira. O desempenho de Daiane deu a ela o sexto lugar.

"Fiz uma apresentação um pouco suja. Minha apresentação era para sair de 10, mas como não fui tão bem, eles me deram nota de partida 9,7", afirmou Daiane. "Mas foi justo, não posso reclamar".

OS PÓDIOS DE CAMILA
Camila Comin, 22


Em sua 3ª etapa de Copa do Mundo, obtém o 3ª pódio. Antes, foi prata na trave no Rio-2004 e bronze no solo no mesmo torneio

Já Camila Comin, 16ª colocada no individual geral na Olimpíada de Atenas e uma das mais experientes ginastas do país, chegou à sua terceira medalha em três participações em Copas do Mundo.

Com uma apresentação boa, a ginasta brasileira tirou 9,300 -melhor que os 9,200 obtidos no sábado. Camila foi superada apenas pela chinesa Yufei Zhang -ouro com 9,475- e pela espanhola Tania Gener -prata com 9,400.

"Paralela é um exercício bem difícil, em que não dá para parar, dar um tempinho para segurar o nervosismo. Você tem de continuar. Fiz alguns errinhos de execução, mas de maneira geral acho que fui bem", afirmou a brasileira, sorrindo, satisfeita.

Cavalo com alças
Mosiah Rodrigues conquistou em São Paulo sua segunda medalha em cinco participações em etapas da Copa do Mundo. Único representante brasileiro na Olimpíada de Atenas, o ginasta gaúcho foi beneficiado pelo baixo nível técnico da prova para repetir o pódio que havia obtido na etapa do Rio, em 2004.


Mosiah Rodrigues ganhou a medalha de bronze no cavalo com alças em SP
Mosiah executou uma série de alto grau de dificuldade e, com alguns erros, obteve nota 8,725, garantindo a medalha de bronze. "É ótimo ganhar diante de toda esta torcida", disse o brasileiro, sóbrio.

A medalha de ouro ficou com o chinês Dong Zhendong, que bateu o grande favorito da prova: o húngaro Kriztian Berki, sétimo colocado no ranking mundial. Berki obteve nota 9,475 e já tinha inclusive sido premiado com a medalha de ouro.

Entretanto, o técnico de Zhendong protestou quanto à nota de partida dada a seu pupilo. Após revisão, os árbitros acataram o pedido, e Zhendong ficou com o ouro.

Argolas
Nas argolas, o brasileiro Danilo Nogueira, em sua primeira participação em uma Copa do Mundo, perdeu 0,5 ponto e todas as chances de medalha ao sofrer uma queda.

Danilo acabou na sétima colocação na prova vencida pelo chinês Chen Yibing, que fez uma apresentação de excelente nível para obter a nota 9,725. O holandês Yuri van Gelder, segundo colocado no ranking mundial do aparelho, ficou com a medalha de prata ao cravar a nota 9,675.



 
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Journeyman
view post Posted on 10/4/2005, 14:25




Falhas, mau comportamento da torcida e histeria infantil marcam Copa
Murilo Garavello
Em São Paulo

Problema em uma das alças do cavalo; árbitro que, desatento, não vê o salto de uma atleta brasileira; telão opaco que dificulta a visão; placar eletrônico pouco útil; crianças se esgoelando por um autógrafo; desrespeito às recomendações de não uso de flash.

São Paulo assistiu nesta sexta-feira a uma competição internacional de ginástica pela primeira vez desde 1978. E testemunhou cenas pouco usuais no mundo da modalidade.

Logo no início da competição, a ginasta brasileira Laís Souza se classificou em primeiro lugar para a final do salto sobre o cavalo. Laís, entretanto, teve de fazer três saltos -em vez dos dois usuais. Motivo? Um dos árbitros, distraído, não havia observado seu segundo salto.

Pouco depois, a competição do cavalo com alças teve de ser paralizada. O aparelho -novo, comprado para o torneio-, da marca alemã Spieth, teve uma de suas alças soltas -o que inviabiliza a apresentação.

As pouco menos de 5 mil pessoas que compareceram ao ginásio do Ibirapuera tiveram dificuldades para acompanhar o evento. Como é praxe em eventos de ginástica, duas ou três provas eram disputadas simultaneamente.

Além do foco dividido entre vários aparelhos, o público só era informado das notas por pequenos placares próximos aos aparelhos. As notas de cada ginasta desapareciam rapidamente. Não havia, como em etapas européias da Copa do Mundo, um placar geral, que mostrasse as notas de todas as ginastas e a classificação.

Outro problema: os dois telões colocados no alto do ginásio eram pequenos. Pior, opacos. Ou seja, eram praticamente decorativos.

Nem todas as cenas incomuns foram protagonizadas pela organização. Desde antes do início das competições, os locutores, ao auto-falante, pediam: "não usem flash em suas máquinas fotográficas, pois podem atrapalhar o desempenho dos ginastas".

Não adiantou. As popularizadas máquinas digitais da torcida pipocavam em número impressionante. Boa parte delas, com os flashes acesos.

Durante toda esta sexta-feira, foram mais de cinco os pedidos dos locutores à torcida para que a iluminação artificial não fosse utilizada. Ironicamente, enquanto o pedido era feito, clarões e mais clarões compunham o cenário a que os ginastas tinham de se acostumar.

Histeria infantil: tudo por um autógrafo
Próximo ao local de entrada e saída dos ginastas, posicionou-se uma "trupe" de cerca de 40 crianças quase-adolescentes. Munidas de caderninhos e canetas, berravam por autógrafos. De qualquer ginasta.

A estreante Roberta Monari, que passou a integrar a seleção brasileira permanente neste ano e competiu apenas como "hours-concours" (suas notas não foram computadas oficialmente), viveu dia de estrela. "Pelo amor de Deus, Roberta, assina um autógrafo para mim", gritava uma adolescente.

"Nunca tinha enfrentado isso", disse a atleta, sorridente, após dez minutos assinando seu nome. "Mas é gostoso".

"Tio, quem ainda vai passar aqui que é famoso?", perguntava uma das meninas. Até um ginasta chinês que, claro, não era conhecido das meninas, deu vários autógrafos. "Ele é muito bom. Vale a pena ter a assinatura dele".

Já Fernanda, 11, não parava de chorar. "Estou aqui há duas horas. Quero um autógrafo da Daiane", dizia, com lágrimas nos olhos. "Será que ela ainda vai vir para cá?".



ESSE É O MEU BRASIL!!!!!!
 
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66 replies since 10/10/2004, 17:22   1436 views
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