| Brasil tem trabalho, mas bate Argentina no Pré-Olímpico
Da Redação Em São Paulo
A seleção brasileira teve uma estréia tumultuada por muitos erros, mas se valeu de sua superioridade física e técnica para derrotar a Argentina por 72 a 62 em sua estréia no Pré-Olímpico de Valdivia, no Chile, nesta quarta-feira.
Iziane foi a cestinha brasileira na estréia irregular contra a Argentina, nesta quarta
Na estréia de Paulo Bassul, a equipe se viu atrapalhada em quadra quando o técnico procurou fazer o rodízio em seu elenco, algo que considera fundamental para fazer valer seu sistema.
Isso ocorreu especialmente no quarto período, no qual as reservas não mantiveram uma produção consistente e permitiram que as rivais - que etavam sem foça máxima - seguissem com chances até os minutos finais.
A ala Iziane foi a cestinha brasileira, mas teve um rendimento irregular, forçando muitas bolas de longa distância e pecando na linha de lances livres.
A equipe volta à quadra nesta quarta-feira, às 17 h (horário de Brasília), para enfrentar as donas da casa pela segunda rodada do grupo A. As duas primeiras se classificam para a semifinal. Apenas as campeãs do torneio asseguram vaga direta nos Jogos de Pequim-2008.
O Brasil iniciou a partida com tudo, e a expectativa era a de que o time poderia conseguir um triunfo com vantagem expressiva. A equipe instaurou uma "blitz" que impediu que as rivais pontuassem nos primeiros 2min50s. Esse ritmo continuou até que o placar chegou a 13 a 2, com mais dois minutos jogados.
Quando as argentinas passaram a alternar sua defesa e partiu para a marcação por zona com muita ajuda, que forçou desperdícios de bola por parte das comandadas de Bassul e erros nos arremessos de longa distância. Esse foi o pior fundamento do time - em sete tentativas nos primeiros 20 minutos, o time não converteu nenhuma. Outro ponto falho era o rebote: mesmo com mais tamanho e capacidade atlética, a seleção apanhou um menor número que o das adversárias
A seqüência de ataques em vão deixou a defesa desguarnecida e permitiu que as rivais se aproximassem. Já no fim do primeiro quarto, a liderança era só de 15 a 12. Esse panorama não foi alterado até a metade da segunda parcial. Quando a Argentina ficou a apenas dois pontos, com 28 a 26, a 4min14, o treinador pediu um tempo. Após essa parada, o time voltou a deslanchar. Anotou dez pontos em seqüência e abriu 38 a 26 - venceu o primeiro tempo por 38 a 28.
No terceiro quarto, com mais cuidado com a bola, a seleção parecia tomar a partida pelas rédeas. Passou a dominar os rebotes, explorou com mais eficiência o jogo interior. Depois de vencer o período por sete pontos, abriu 62 a 45.
Esse domínio, porém, durou pouco. Para os dez minutos finais, o ataque se desajustou e o aproveitamento voltou a cair com as substitutas em ação. As aguerridas argentinas tiraram ponto a ponto, marcando forte. A 4min46s do fim, o placar era de 63 a 57. Uma nova intervenção de Bassul ajudou a frear a derrocada brasileira.
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