| Voltando ao Radiohead, em 1998, eles lançaram um disco que a crítica da época passou a considerar como um dos melhores da década, que foi o [fodafodafoda] Ok Computer, bastante soturno, com músicas bem trabalhadas, arranjos minusciosos, barulhinhos e baladas melancólicas cantadas com voz atormentada, mas ainda um disco de rock. Depois, em 2001, depois de várias crises internas, eles lançaram o Kid A, um disco quase todo eletrônico (mas não dançante), com algumas músicas minimalistas e outras hipnóticas, onde os barulhinhos tomaram conta, e que todo mundo achou genial, não só pelas músicas em si, mas pela grande sacada de fazer um disco contrariando todas as expectativas. Depois, lançaram um disco de sobras do Kid A, o Amnesiac, que continha a [fodafodafoda] música Knives Out, que eles dizem que demorou mais de um ano pra ficar pronta. Então, em 2003, eles lançaram o Hail to the Thief, cujo grande chamariz estava no fato de a banda contar novamente com guitarras, mas sem abandonar os barulhinhos. Esse Cd eu não gostei muito de início, mas cada vez que eu ouço eu percebo coisas legais, e passo a gostar mais. Acho que é isso que o Radiohead tem. Capacidade de compor músicas que não enjoam, mesmo quando tocadas à exaustão. Eles conseguiram criar um som só deles numa época tão pouco criativa para o rock como a nossa época, que vive de reciclagem e está constantemente esperando por alguma nova onda que já passou. New Metal, new garage rock...
|