| Marcelo Tas estréia na Band programa que trata notícias com irreverência
Sabrina Grimberg
Rio - Sete homens vestidos de terno preto, óculos escuros e com uma única missão: fazer um programa jornalístico com assuntos que estão na mídia de forma cômica e, ao mesmo tempo, séria. Esse é o clima do ‘CQC — Custe o Que Custar’, que estréia hoje, às 22h15, na Band.
Mas, como falar sério e fazer humor? ‘Essa é a pergunta de um milhão de dólares”, diverte-se o âncora, Marcelo Tas, que nos anos 80 fez sucesso na TV como o repórter Ernesto Varella, que fazia entrevistas irreverentes. Agora Tas vai dividir a bancada com Rafinha Bastos e Marco Luque. “Vamos olhar para o noticiário com os ‘óculos’ do público”, explica.
“Temos carência na TV brasileira do humor inteligente. Falta alguém para tocar nas feridas, perguntar o que ninguém tem coragem, mas sem humilhar os outros”, completa Rafinha, responsável também pelo quadro ‘Proteste Já’: “É o espaço para levantar problemas da sociedade e cobrar junto às autoridades competentes”.
Apesar das possíveis comparações com o ‘Pânico na TV’ — devido à abordagem cômica aos políticos e às celebridades, por exemplo —, Rafael Cortez (um dos quatro repórteres de rua) afirma que a atração é original: “É absolutamente diferente do ‘Pânico’. Respeito o trabalho deles, mas o público vai notar as diferenças. Fazemos perguntas inteligentes, inusitadas com teor jornalístico”.
Marcelo Tas acredita que não é à toa que o formato, líder de audiência na Telefé (TV argentina) e produzido também em outros cinco países, chegou à Band. “É o canal que começou com os debates, temos reconhecimento editorial pluralista e a isenção é muito respeitada” afirma Tas, satisfeito com o horário.
“Segunda-feira, se você não quer assistir ao Sylvester Stallone dando tiro ou a Hebe, não tem o que ver”, alfineta. No primeiro mês, o ‘CQC’ será gravado, às segunda-feiras, poucas horas antes de ir ao ar. A partir do segundo mês, o programa entra ao vivo.
|