Economia, Um assunto bem chato, mas importante!

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Sr Spock
view post Posted on 14/10/2008, 03:19




Por que os governos se comprometeram a tal? Política, tão somente.

Pegava bem ajudar os "despossuídos" e as "minorias" a concretizarem o sonho da casa própria. Mesmo que fossem financeiramente incapazes de tal.

Só que lá, "os homi" são garotos, sem malícia, fizeram isso através de financiamentos, construindo casas de verdade e achando que os "despossuídos" iam aguentar a conta, e que um ou outro que devesse mais do que o valor da casa, o papai-governo cobriria o rombo.

Aqui o pessoal botou a favela em pé mesmo, solução mais prática e barata, sem criar nenhuma crise do subprime!


Mas basicamente, foi isso.

Um governante quis marcar sua gestão como sendo uma alma muito caridosa, e pendurou uma conta da qual não tinha idéia do tamanho "p/futuro". O futuro chegou, p/sorte dele no mandato do sucessor odiado.


Igualzinho quando por aqui resolvem conceder milhões de aposentadorias para pessoas que nunca contribuíram ao INSS. Um dia a dona Matemática tenta fechar a conta, e a coisa fede.
 
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Curuja
view post Posted on 15/10/2008, 01:48




E quando os governos europeus se mexeram...



Bovespa oscila, mas fecha em alta de 1,81%

14/10 - 17:25 , atualizada às 18:46 14/10 - Redação com agências

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve um pregão de forte oscilação nesta terça-feira. Depois de subir 7% na máxima do dia, o Ibovespa fechou em alta de 1,81%, aos 41,569 pontos.

O recuo no índice seguiu uma piora no humor dos investidores de Nova York. Por lá, as bolsas também abriram em alta e reverteram o quadro, fechando no terreno negativo.

Após vários governos europeus tomarem medidas para injetar capital nas instituições financeiras, por meio da compra de ações, hoje foi a vez de autoridades dos EUA anunciarem que vão utilizar até US$ 250 bilhões do pacote de US$ 700 bilhões aprovado recentemente pelo Congresso para adquirir participação em instituições financeiras, numa tentativa de dar novo fôlego ao setor bancário e combater a crise de restrição ao crédito. Os bancos têm até 14 de novembro para decidir se participarão do programa de compra do Tesouro americano.

Em Wall Street, apesar da recepção positiva às notícias, os índices oscilaram, encerrando no vermelho. O Dow Jones caiu 0,82%, o S&P-500 cedeu 0,53% e o Nasdaq Composite perdeu 3,54%. As preocupações sobre até que ponto as iniciativas dos governos nessa altura do campeonato serão eficazes para reverter as expectativas e fazer com que a economia escape da recessão serviram como argumento para a falta de uma tendência positiva em Nova York. Há também um componente de cautela dos investidores diante da safra de balanços financeiros.

A ampliação das perdas em Nova York no meio da tarde levou a Bovespa ao terreno negativo, passando a oscilar sem uma direção definida. "É natural alguma correção hoje no mercado brasileiro, tendo em vista a alta de ontem (14,66%)", disse um operador, avaliando que era tranquilo o quadro nas operações domésticas. Sobre a piora em Wall Street, o profissional lembrou que, diante de qualquer movimento mais forte ou susto, os players não têm esperado para ver e vendem ações, o que explicaria a ampliação da queda.

Durante o pregão, o índice Bovespa oscilou dos 43.753 pontos (+7,16%) aos 40.218 pontos (-1,50%). O volume de negócios somou R$ 6,21 bilhões e as ações mais negociadas foram Petrobras PN (R$ 1,29 bilhão) e Vale PNA (R$ 869 milhões).

Entre os ativos de maior peso na carteira do Ibovespa, Petrobras PN subiu 1,48%, para R$ 27,30; Vale PNA subiu 0,87%, para a R$ 27,70; BM & FBovespa ON teve queda de 5,20%, para R$ 8,20; Bradesco PN se valorizou 5,15%, a R$ 28,38; e Vale ON caiu 1,59%, para R$ 31,49.

Europa

Apesar de alguns mercados terem reduzido o otimismo, as bolsas europeias fecharam no positivo. Londres fechou com alta de 0,76%.
O índice Latibex, que reúne as ações de empresas latino-americanas negociadas em euros na Bolsa de Madri, teve alta expressiva e fechou subindo 10,30%. O índice Ibex-35 da Bolsa de Madri subiu 2,70%.

O índice S&P/MIB da Bolsa de Milão subiu 3,66% e o índice CAC-40 da Bolsa de Valores de Paris subiu 2,75%. Já em Frankfurt, a alta foi de 2,70%.

image

Dólar

O dólar fechou em queda nesta terça-feira, aproveitando a relativa tranquilidade da Bovespa os leilões do Banco Central para manter o ajuste iniciado na véspera. Além disso, os investidores receberam com ânimo o plano dos Estados Unidos para injetar recursos em bancos.

A moeda norte-americana caiu 2,38%, a R$ 2,095. Apesar da baixa de 9,9% acumulada somente neste início de semana, a divisa ainda sobe quase 10% em outubro.

Com informações da Reuters, Valor Online e Agência Estado
 
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#FF#
view post Posted on 16/10/2008, 02:30




Mas hoje já deu merda de novo...
 
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Curuja
view post Posted on 16/10/2008, 15:03




dando merda de novo... :P
 
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Sr Spock
view post Posted on 16/10/2008, 23:06




Tem gente ganhando com a queda... cada vez que derrubam certas ações, alguém que rastreasse as ordens ia encontrar as mesmas contas de corretagem comprando pesado.
 
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Curuja
view post Posted on 17/10/2008, 17:16




Acredito que deva estar ocorrendo algo parecido com o câmbio tb.
 
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markuslobo
view post Posted on 17/10/2008, 23:52




QUOTE (Sr Spock @ 16/10/2008, 20:06)
Tem gente ganhando com a queda... cada vez que derrubam certas ações, alguém que rastreasse as ordens ia encontrar as mesmas contas de corretagem comprando pesado.

Spock, insinuando uma conspiração! :D
 
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Sr Spock
view post Posted on 18/10/2008, 00:06




Nada. Conspirações são secretas,não óbvias.
 
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Curuja
view post Posted on 3/11/2008, 14:47




Itaú e Unibanco se fundirão para criar um dos 20 maiores conglomerados financeiros

03/11 - 10:21 , atualizada às 11:35 03/11 - Redação com agências

Itaú, segundo maior banco privado do Brasil por ativos, e o Unibanco, o terceiro do mercado, anunciaram hoje que se fundirão para criar um dos 20 maiores conglomerados financeiros do mundo.

Fusão cria o 9º mair banco da América em ativos, diz Economática

A associação vem sendo negociada ao longo de 15 meses. A operação prevê que acionistas do Unibanco Holdings e do Unibanco migrarão para uma nova instituição chamada Itaú Unibanco Holding. A relação de troca prevista é de 1,7391 units do Unibanco para cada ação da nova instituição.

Após a operação, a Itaúsa, holding do banco Itaú, deterá 66% da IU Participações, empresa que terá o controle do Itaú Unibanco Holding. O restante será detido pelos controladores do Unibanco.

Os controladores da Itaúsa e Unibanco constituirão uma holding em modelo de governança compartilhada. A presidência do Conselho de Administração ficará a cargo de Pedro Moreira Salles e o Presidente Executivo será Roberto Egydio Setubal.

Itaú e Unibanco "decidiram se unir para criar um conglomerado com valor de mercado que o situa entre as 20 maiores instituições financeiras do mundo e a maior do Hemisfério Sul, com plena capacidade de competir com os maiores bancos no mercado global", diz a nota.

A operação, explicam as instituições, surge em um "momento de grandes mudanças no mundo", referindo-se à crise mundial no sistema financeiro.

"Consideramos da maior importância que se faça, nessa etapa de crescimento sustentável do Brasil, movimentos de fortalecimento das grandes empresas nacionais, a exemplo do que vem ocorrendo em outros setores da economia, ampliando continuamente nossa capacidade competitiva", afirma o documento, assinado pela assessoria dos dois bancos.

Segundo a nota, os clientes do Itaú e do Unibanco "passarão a contar com mais facilidades e serviços". "Para eles, nada muda operacionalmente neste momento. Todos continuarão a utilizar normalmente os diferentes canais de atendimento, cheques, cartões e demais produtos e serviços", explica o comunicado.

Ações

"As ações ordinárias do Unibanco e da Unibanco Holdings de titularidade dos acionistas não controladores serão substituídas por ações ordinárias do Itaú Unibanco Holding, observando a mesma relação de troca que foi negociada entre as partes para a substituição das ações ordinárias dos controladores da Unibanco Holdings", informou o Itaú.

Para as ações preferenciais, a relação de troca foi fixada com base na cotação média de mercado, na Bovespa, nos últimos 45 pregões, das Units (certificados de ações que representam, cada um, uma ação preferencial do Unibanco e uma ação preferencial da Unibanco Holdings) e das ações preferenciais do Banco Itaú Holding Financeira S.A.

A conclusão da reorganização societária depende da aprovação do Banco Central (BC) e de outras autoridades.

Raio-x dos bancos

A nova instituição, segundo Unibanco e Itaú, será uma das 20 maiores do mundo e a maior do Brasil, com ativos totais de R$ 575,1 bilhões, dos quais R$ 396,6 bilhões do Itaú, de acordo com dados do final do terceiro trimestre do ano.

O patrimônio líquido do Itaú Unibanco Holding será de R$ 51,7 bilhões e a instituição combinada terá 265 bilhões de reais sob sua administração.

Os bancos marcaram para final de novembro e início de dezembro assembléias para aprovação das incorporações.

O conselho de administração do Itaú Unibanco Holding terá 14 membros, dos quais seis serão indicados pela Itaúsa e pela família Moreira Salles. Os oito membros restantes serão independentes.

(Com Valor Online, Reuters e EFE)
 
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Curuja
view post Posted on 9/11/2008, 20:39




Brasil pede reforma de instituições internacionais no G20

09/11 - 14:09 , atualizada às 15:48 09/11 - Redação com agências

SÃO PAULO - O Brasil propôs, na reunião do G20 (o grupo dos 19 países mais ricos do mundo e União Européia), em São Paulo, a reforma de instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

A maior participação dos países emergentes nestes órgãos é uma reivindicação que já vinha sendo feita pelo Brasil em fóruns internacionais e cúpulas.

O Brasil propôs que seja criado um órgão supervisor global, ou um "supervisor dos supervisores", para acompanhar os mercados financeiros que hoje estão globalizados e integrados. A informação consta do documento elaborado ao final do encontro do G20.

Os ministros do Reino Unido, Brasil e África do Sul / Foto: Agência Brasil

A proposta será levada como sugestão para a reunião de cúpula de chefes de Estado do G20, que será realizada no próximo dia 15, em Washington. De acordo com o documento, esta instituição supranacional eventualmente poderia ser o Fundo Monetário Internacional (FMI), desde que este passe por reformas.

O documento diz que as medidas recentes apresentadas pelos governos internacionais começaram a surtir efeitos positivos e estabilizadores de curto prazo, mas ainda resta a tarefa de normalizar os canais de crédito e os fluxos financeiros. O texto reforça a necessidade de se iniciar imediatamente negociações para redefinir o sistema financeiro internacional. Para isso, será necessário rever instituições e regras, bem como os fundamentos de legitimidade e representação. Em outras palavras, diz a proposta, há necessidade de se instituir um regime de Bretton Woods 2.

Ação coordenada

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que há um forte consenso entre os países do G20 de que é necessária uma ação coordenada para enfrentar a crise de crédito. "Como se trata de uma crise global, exige uma ação global. Daí a busca das instituições para exercerem essa ação global. O G20 é um forte candidato para exercer essa função, de um órgao coordenador das ações contra a crise", afirmou a jornalistas após o encontro do grupo em São Paulo.

Segundo Mantega, a maioria dos emergentes presentes ao encontro concordam com o fortalecimento do G20. Mantega apresentou um pedido formal para que o grupo se torne uma cúpula de chefes de Estado.

Medidas anticíclicas

O G20 defende a necessidade de políticas anticíclicas como forma de enfrentar os impactos da crise financeira global, disse Mantega. "Os países devem realizar políticas anticíclicas... e essas políticas devem estar adequadas às posições de cada país", disse o ministro. "Por exemplo, os países que têm uma situação fiscal mais sólida poderão fazer mais ações fiscais", explicou.
 
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>Il Monstro<
view post Posted on 16/11/2008, 12:50




Me parece que o que estão discutindo é uma maneira de fazer voltar a disponibilidade de créditos da época dos "lastros podres", sem "lastros podres".

Impressionante é que o inchaço da economia, qdo não se sustenta, cause mesmo uma implosão, não apenas um desinchaço até um ponto razoável. Enfim, Benditos os que estão com seus empregos públicos...

GM está pra pedir falência.
 
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>Il Monstro<
view post Posted on 24/11/2008, 22:11




Já faz tempo que não quero postar coisa dos outros, mas desse gostei, de repente dá pano pra manga.

20/11/2008 - 17:19

Concentração inevitável, controles indispensáveis
Com a compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil, o Banco Central terá de melhorar – e muito – sua atuação como agência reguladora do setor bancário, para que os clientes e investidores não sofram ainda mais do que já sofrem nas mãos dos bancos. Com o negócio anunciado hoje, os cinco maiores bancos em operação no País passam a concentrar mais de 80% do total de ativos do sistema. Sem regulação firme e fiscalização ativa, que impeça ações de oligopólio, os consumidores ficarão cada vez indefesos.

A tendência é de que a concentração, com novas e, tudo indica, inevitáveis aquisições, pelo próprio Banco do Brasil e pelo Bradesco, aumente ainda mais. Na América Latina, só no Peru, onde os cinco maiores bancos concentram quase 90% dos ativos totais, a concentração será maior. Na verdade, o Brasil é o único país da região em que o sistema bancário ainda não está inteiramente consolidado.

Depois da fusão do Itaú com o Unibanco, a compra da Nossa Caixa pelo BB era mesmo questão de tempo. Além do interesse do BB em não se distanciar dos novos líderes do setor, a Nossa Caixa, com R$ 15 bilhões em depósitos judiciais, que só podem ser recolhidos em instituições públicas, valeria muito menos se o comprador fosse um banco privado. O banco teria de ser entregue emagrecido da grana dos depósitos judiciais. A MP 443, que permitia a compra do banco paulista pelo BB, selou o destino da operação.

A concentração de mercado é uma tendência natural do capitalismo. Fusões e aquisições ocorrem nos períodos de expansão, quando os mais eficientes engolem os menos competitivos, e nas fases de contração, quando os mais capitalizados absorvem os mais endivididados.

São conhecidos os esforços dos governos em tentar barrar a natureza monopolística do capitalismo. Tais esforços, não por coincidência, são (ou pelo menos, foram, até certo tempo atrás) mais visíveis nos Estados Unidos, exatamente onde o capitalismo é mais poderoso e avançado. São emblemáticos episódios como o das “baby bells” – as sete companhias telefônicas regionais resultantes da divisão da ATT&T, por força da lei antitruste americana, em 1984 – e, mais recentemente, a longa e, afinal, infrutífera, briga judicial para dividir a Microsoft.

De tão natural dentro do sistema econômico, a concentração de mercado deixou, na prática, de ser combatida. As estruturas governamentais de defesa da concorrência foram perdendo musculatura. Deram lugar a agências reguladoras. As agências não combatem diretamente a concentração, mas tentam atuar sobre seus efeitos sobre a sociedade e, em especial, sobre a sociedade na pele de consumidor. Os bancos centrais são, em teoria, as agências reguladoras dos bancos. O que se tem visto, inclusive com bastante nitidez na grande crise global do momento, é que a teoria não se transformou em prática.

No caso brasileiro, o Banco Central, mais preocupado com a supervisão das condições que assegurem a solidez do sistema e das instituições que o formam, nunca mostrou eficiência na defesa do usuário dos bancos. O BC, aliás, resistiu bravamente a dividir à tarefa com os órgãos de defesa do consumidor, lutando, junto com as instituições, para impedir o enquadramento dos bancos nas leis de defesa do consumidor. O lobby dos bancos não funcionou para driblar a decisão de considerá-los prestadores de serviço a consumidores, como outro setor comercial qualquer, mas tem funcionado para dificultar o cumprimento das determinações com origem nas leis do consumidor.

O resultado é que os bancos brasileiros, embora sólidos e tecnologicamente avançados, figuram entre as empresas com mais reclamações nas listas dos Procons. Ninguém gosta dos bancos, nem mesmo os bancos. Tem um que até propagandeia que nem parece banco. De fato, os bancos cobram juros exorbitantes, expõem clientes a filas intermináveis e por um serviço deficiente cobram tarifas em quantidade e valor absurdos.

Dizer que a concentração é boa porque fortalece as instituições e dá mais segurança aos depositantes e investidores é tão verdade quanto dizer que a abertura do mercado a bancos estrangeiros, como vendido na época do Proer pelo governo, favoreceria a concorrência e propiciaria queda nos juros e nas tarifas, além de melhorias nos serviços oferecidos.

Nada contra a presença de estrangeiros no mercado e, mesmo contra algo inevitável, como a concentração bancária. Mas, assim como as marés, que também são inevitáveis, precisam ser controladas, a concentração de mercado, igualmente, deve ser.

Enviado por: José Paulo Kupfer - Categoria: Blog


E uma réplica bem Spock, interessante tb.

Caro JP,

No capitalismo, a concentração está diretamente relacionada aos controles e à regulação, ou seja, à intervenção do governo.

Não existe essa estória de tendência ao monopólio. Setores desregulados e sem controles rígidos são normalmente concorrenciais. Por outro lado, naqueles onde os regulamentos e os controles são muitos, o acesso e a permanência de empresas é difícil, causando a famigerada concentração. Não por acaso, quase todos os setores onde existem as tais “concessões de serviços públicos” são concentrados. Governos adoram monopólios e vice-versa.

Regulamentação rígida gera concentração, que gera mais controles e regulações, que geram mais concentração. É como um círculo vicioso… Para romper esse círculo, é preciso desregulamentar. Logo, se o governo pretende defender a concorrência, ele tem todas as ferramentas necessárias, basta querer utilizá-las. O problema é que os governos raramente querem realmente defender a concorrência. Setores concorrenciais são mais difíceis de manipular, logo, representam menos poder para políticos e burocratas

Abrs

 
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Curuja
view post Posted on 1/4/2009, 16:46




Sarkozy afirma que projeto de texto do G20 não agrada França e Alemanha

01/04 - 11:42 - AFP

Os projetos de texto para a declaração final do G20, negociados até o momento pelos assessores dos chefes de Estado e de governo, não agradam nem Alemanha nem França, afirmou o presidente francês, Nicolas Sarkozy.

"No estado atual, os projetos não convêm nem a Alemanha, nem a França", afirmou o presidente à rádio francesa Europe 1.

Sarkozy se referia à questão dos paraísos fiscais, sobre a qual afirmou que são necessários fatos na reunião do G20 de quinta-feira em Londres, que terá os chefes de Estado e de governo dos países desenvolvidos e das nações emergentes.

A França defende a elaboração de uma lista de paraísos fiscais que não cooperam com os critérios estabelecidos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE).

O presidente francês advertiu ainda que não se associaria a uma reunião do G20 com "falsos compromissos" e defendeu a adoção de novas regras para o sistema econômico e financeiro.

Sobre as relações com os Estados Unidos, Sarkozy declarou que a França é amiga dos Estados Unidos, mas um "amigo de pé".

Na véspera, a ministra das Finanças francesa Christine Lagarde advertiu que a França está preparada para abandonar a reunião de cúpula do G20 se esta fracassar na obtenção de um acordo sobre os temas que defende.

"O presidente Nicolas Sarkozy foi muito claro nessa frente. Ele afirmou que, se não houver resultados concretos, não assinará o comunicado final", afirmou Lagarde. "Isso significa abandonar a cúpula. Acho que ele está muito determinado".

"Precisamos obter resultados; não há opção. A crise é muito séria para que celebremos uma reunião para nada", declarou Sarkozy na terça-feira.

Nesta quarta-feira, em seu encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Sarkozy voltou a defender seus pontos de vista e encontrou apoio no colega brasileiro.

"O presidente Lula e eu queremos que o mundo mude, que o mundo reaja e que haja um mínimo de regulação levando em conta o desastre que representou a desregulação", declarou Sarkozy na coletiva de imprensa conjunta.

"As decisões do G20 serão decisões políticas", afirmou Lula ao lado de Sarkozy. "Há uma enorme expectativa sobre esta reunião. Não serão medidas fáceis se não tivermos a coragem de entender que as grandes decisões que devem ser tomadas serão decisões políticas", afirmou.

"Estamos de acordo com o fortalecimento das instituições financeiras multilaterais para conceder mais recursos aos países pobres", afirmou ainda, acrescentando que concorda com Sarkozy quanto ao controle dos paraísos fiscais.

"É inadmissível que, em um planeta Terra com mais de um bilhão de pessoas vivendo abaixo do nível da pobreza, alguém se dê ao luxo de tirar dinheiro do setor produtivo para colocá-lo no setor especulativo".
 
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148 replies since 8/11/2006, 23:37   1157 views
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