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| A hipocrisia sobre drogas e o dedo de MV Bill na nossa caraOuça o bagulho é doido aqui...No seu novo CD "Falcão - O bagulho é doido", MV Bill denuncia a hipocrisia nossa de cada dia sobre as drogas e a questão social: "Teu pai te dá dinheiro, você vem e investe/ No futuro da nação/ Compra pó na minha mão/ Depois me xinga na televisão/ Na seqüência vai pra passeata levantar cartaz/ Chorando, com as mãos sinalizando o símbolo da paz (...) Veja que ironia, que contradição/ O rico me odeia e financia minha munição(...) Me olha como se eu fosse um rato de laboratório/ Vem de Cherokee, vem de Kawasaki/ Deslumbrado com a favela como se estivesse num park/ De diversões/ Se junta aos vilões/ Se sente por um instante Ali cuzão e os 40 ladrões/ Se os 'homi' chegasse e nós dois rodasse/ Somente o dinheiro ia fazer com que eu não assinasse/ Pra você tá tranqüilo, nem preocupa/ Sabe que vai recair sobre mim a culpa/ Me levam pra cadeia e me transformam em detento/ Você vai para uma clínica tomar medicamento/ Imaginem vocês se eu fizesse as leis/ O jogo era invertido/ Você que era o bandido/ Seria o viciado, aliciador de menor(...)"Estes versos são do rap "O bagulho é doido".
O disco é o terceiro pé do tripé que compreende o documentário ''Falcão: meninos do tráfico'', exibido no Fantástico, e o livro homônimo editado pela Objetiva com os bastidores do documentário. No disco estão várias falas traumatizantes do filme,como a do garoto que diz que, se morrer, virá outro melhor ou pior que ele. E Bill complementa com rimas exemplares: “Dimenor, pouca idade, ferramentas e um olhar de bandido/ Jovem, preto, novo, pequeno/ Falcão fica na laje de plantão no sereno/ Drogas, armas, sem futuro/ Moleque cheio de ódio invisível no escuro/ É fácil vir aqui e mandar me matar/ Difícil é dar uma chance à vida/ Não vai ser solução mandar blindar/O menino foi pra vida bandida”.
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