| Meta dos "Bananas Congeladas" é chegar na final
Da Redação Em São Paulo
A grande meta da equipe brasileira de bobsled, conhecida pelo mundo como "Frozen Bananas" (Bananas Congeladas), é participar da grande decisão da competição olímpica dos Jogos de Turim, marcada para sábado.
LARGADA
Uma saída eficiente no bobsled é fundamental para uma boa apresentação. "Um segundo a menos na largada são três segundos a menos no final da pista", diz o brasileiro Márcio Silva.
A largada acontece nos primeiros cinqüenta metros da pista com apenas o piloto no trenó. Os outros três o empurram e devem entrar nele antes da primeira curva.
No time brasileiro, o piloto é Ricardo Raschini. O segundo a entrar no trenó é Márcio Silva, Claudinei Quirino, o terceiro e Edson Bindilatti, responsável por brecar no final do traçado, o último dos quatro.
Apenas Raschini verá a pista, já que seus três colegas vão estar abaixados para evitar a resistência com o ar. O piloto será também o único com função durante o percurso, irá controlar o trenó com um par de argolas, que estão ligados às lâminas de contato com o gelo da pista. A disputa é dividida em quatro baterias onde cada trenó desce a pista uma vez, isoladamente. Após as três primeiras, os 20 melhores entre 26 participantes carimbam passaporte para a descida final. É nesta quarta etapa que os brasileiros sonham em estar presentes.
"Este é o nosso objetivo. Viemos até aqui para tentar participar de todas as baterias. É uma meta muito complicada, mas nós vamos lutar para alcançá-la", disse Ricardo Raschini, piloto da equipe. Márcio Silva, Claudinei Quirino e Edson Bindilatti completam os Bananas.
O vencedor é aquele que marcar o menor tempo somando todas as descidas. O time que não completar uma das baterias, ou terminá-la sem a equipe inteira, está eliminado da competição.
As duas primeiras baterias serão na sexta, com a primeira marcada para as 13h30 e a segunda, para as 15h20. No sábado acontecerão a terceira e a quarta etapas, nos mesmos horários, todos de Brasília.
"Agora a vontade de vencer fala mais alto e a gente vai competir com sangue no olho. Tenho certeza de que vamos fazer o melhor", disse o ex-velocista Claudinei Quirino, medalha de prata no revezamento 4x100 rasos dos Jogos Olímpicos de Sydney-2000. "Eu sempre quero vencer e agora não vai ser diferente", completou.
Uma das principais dificuldades será perigosa a pista de Cesana Pariol, que já derrubou diversos atletas nas competições de luge, skeleton e no bobsled feminino destes Jogos. O traçado tem 1.435 metros de extensão, com 19 curvas, sendo 11 para a esquerda e oito para a direita.
"Ao longo dos treinamentos fui pegando os macetes da pista, que é realmente muito complicada. Agora posso dizer que estamos preparados", disse Raschini, que disputou os Jogos de Salt Lake-2002 no luge.
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