Em Ytarria

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>Il Monstro<
view post Posted on 28/9/2012, 00:32




Uma pequena caravana se desloca por uma planície erma e agreste, entrecortada pelos mais diversos tipos de solo, vegetação e acidentes, cuja água provém de riachos e fontes irregulares. Faz frio, mas ainda não há neve ou geada. É perto do anoitecer e, cansados como estão no último trecho da viagem, os integrantes pouco falam, embora alguns resmunguem baixo para si mesmos.

A caravana é composta por uma carruagem, dois carros de bois e alguns cavalos e mulas. Alguns homens conduzem os animais de carga, outros seguem a pé, portando arcos e lanças. Os veículos têm apenas um condutor. Apenas o fato de montarem a cavalo denuncia a diferença de classe entre os viajantes, que trajam o mesmo tipo de vestimenta, com peles para o frio, botas de couro rústico, e capas ou mantos, em geral gastos e desbotados, quando são tingidos. Uma pequena bandeira, afixada na lateral da carruagem, ostenta (o brasão dos cavaleiros da Cantaria).

Os cavaleiros seguem em formação militar, com dois à frente, dois à retaguarda, e ainda mais dois batedores adiantados. Na retaguarda encontra-se uma sisuda mulher de olhos claros e penetrantes, que viaja sem nada dizer, olhando sempre em frente, mudando a mirada apenas para inspecionar, rapidamente, o terreno ao redor, de tempos em tempos. A seu lado segue um gigante barbado, que assobia uma melodia jovial, enquanto observa despreocupadamente a paisagem. Os cavaleiros da frente, que ao longo da viagem divertiam-se em animada conversa agora mantém o mesmo silêncio do resto da caravana (quebrado apenas pelo assobio mais atrás), mas não o mesmo porte cabisbaixo. Um jovem belo e bem barbeado, garboso e melhor vestido que o resto dos viajantes, estampa em seu rosto não apenas cansaço, mas um resquício de tédio. A seu lado um homem alto e forte, também usando barba mas, no seu caso, bem aparada, observa à frente apertando os olhos, que começam a não enxergar tão longe na claridade que diminui.

Ele logo encontra o que procurava. Ao longe divisa os vultos dos batedores adiantados, que se aproximam. Todos os cavaleiros portam espadas em bainhas às suas cinturas, menos o belo jovem e o gigante, este que, em compensação, traz uma clava com uma cabeça grande e pesada. O segundo dos batedores, ligeiramente mais esguio que o outro, tem às costas um arco de porte médio, do tipo que pode ser usado tanto para a caça como para a guerra.

Edited by >Il Monstro< - 4/10/2012, 17:34
 
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#FF#
view post Posted on 4/10/2012, 15:19




Legal. :yup:

Mas acho que você podia explicar o que pretende, tipo, "as regras do negócio".
Talvez fosse o caso de abrir um tópico com a explicação inicial, e que servisse também para dúvidas e comentários, mantendo este aqui somente para a história.


SPOILER (click to view)
QUOTE (>Il Monstro< @ 27/9/2012, 20:32) 
Uma pequena caravana se desloca por uma planície erma e agreste, entrecortada pelos mais diversos tipos de solo, vegetação e acidentes, cuja água, que provém de riachos e fontes irregulares. Faz frio, mas ainda não há neve ou geada. (...)

Acho que esse "que" que assinalei está errado, não?


Edited by #FF# - 5/10/2012, 14:29
 
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>Il Monstro<
view post Posted on 4/10/2012, 18:11




Por enquanto não há muitas regras.

Essa não é uma história que "continua quem quiser, como quiser", como as outras que tentamos. Já tenho a trama básica na cabeça para essa historieta, e se alguém quiser me ajudar na co-autoria, será muito bem vindo, desde que se disponha de discutir comigo e acertarmos em comum acordo quais serão os próximos rumos.

Quanto a comentar, sobre isso não há restrições, inclusive para descer o malho! :P A princípio pretendo deixar tudo por aqui mesmo, pois não antevejo, num futuro próximo, este tópico saindo de controle por estar bombando demais. A primeira coisa que penso fazer para organizar os posts de história, para diferenciá-los dos posts de comentários, pode ser, apenas, mudar a cor do post da história, ou talvez adicionar um título ao post, de forma que fique mais fácil se orientar. Essa história também vai demorar um pouco a ser escrita, este post foi mais uma vontade de dar início logo.

Quanto à sua correção, parece estar certa sim... mas não vou olhar agora, pois pode ser que eu acabe mudando a frase, não apenas retirando o "que" excedente, e para isso não tenho tempo, no momento.

Fiquei satisfeito com a minha redação (à exceção do "que"?). Tem uma parte em parênteses que indica que eu queria descrever os símbolos, e não explicar o que eles significariam, mas não tive tempo, quando escrevi, de pesquisar quais são os desenhos do brasão dos cavaleiros da Cantaria.

Por ora minha estratégia de escrita, para dar coerência ao estilo, é ficar bastante graficamente descritivo, me abstendo de fazer juízo sobre o que está sendo descrito ou narrado. É mais ou menos como escrever um roteiro técnico de filme, nesse sentido. O que tem a mais do que isso são indicações do que seria a direção de atores, de arte, figurino, etc...

Ok, já mudei o "que".
 
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2 replies since 28/9/2012, 00:32   76 views
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