Mundial Interclubes, Tem é baba nesse negócio...

Al-Ittihad bate egípcios e será rival do São Paulo no Mundial

Danilo Valentini
Enviado especial do UOL
Em Tóquio (Japão)

O São Paulo conheceu neste domingo seu primeiro adversário no Mundial de Clubes da Fifa. O Al-Ittihad, da Arábia Saudita, passou pelo Al-Ahly, do Egito, por 1 a 0 no estádio Nacional de Tóquio e assegurou vaga na semifinal da competição.

Reuters
Reuters
Al Dosari, do Al-Ittihad, luta pela posse de bola contra o angolano Gilberto, do Al-Ahly
São Paulo e Al-Ittihad se enfrentam na próxima quarta-feira, também no estádio Nacional de Tóquio, às 8h20 (horário de Brasília).

Os jogadores do São Paulo estiveram entre os espectadores da primeira partida do Mundial de Clubes 2005. Em uma das cabines do estádio Nacional, os atletas do atual campeão da Libertadores observaram uma partida ruim, debaixo de neve, com as principais jogadas criadas exclusivamente em lances de bola parada.

No primeiro tempo, o Al-Ahly teve boa oportunidade de abrir o placar aos 33min. Numa jogada de escanteio, a bola foi desviada para trás, e Emad Motab concluiu com força. O goleiro Zaid, em grande intervenção, evitou o gol dos egípcios.

AUTUORI SE SURPREENDE

A classificação do Al-Ittihad para a semifinal do Mundial de Clubes da Fifa surpreendeu o técnico do São Paulo. "Esperava mais do Al-Ahly. Eles tinham mais jogadores com condições técnicas de fazer a diferença. Mas não fizeram", declarou. Leia mais
Já nos descontos, o Al-Ittihad respondeu, também em jogada de bola parada. O meia Tcheco, único brasileiro em campo, cobrou escanteio pela direita, na cabeça de Kallon. O atacante desviou com precisão, exigindo boa defesa do goleiro El Hadary.

No segundo tempo, o Al-Ittihad teve grande chance de marcar aos 31min, quando Kallon foi lançado em profundidade nas costas da defesa. No entanto, o atacante acabou chutando em cima do goleiro.

Mas, no minuto seguinte, o time saudita chegou ao gol. O goleiro El Hadary falhou ao tentar cortar um cruzamento, Noor ficou com a sobra na pequena área e tocou para o gol vazio.

A derrota diante do Al-Ittihad pôs fim a uma invencibilidade de 55 jogos do Al-Ahly, que não era batido a mais de um ano.

Na partida deste domingo, o Al-Ittihad foi impedido pela Fifa de usar três jogadores brasileiros contratados exclusivamente para o Mundial de Clubes. Lima, Marcão e Pedrinho foram inscritos fora de prazo na federação da Arábia Saudita e não podem atuar na competição.

Dirigente entra em crise com Amoroso às vésperas da estréia

Danilo Valentini
Enviado especial do UOL
Em Tóquio (Japão)

A dois dias da estréia no Mundial de Clubes da Fifa, o ambiente do São Paulo não é dos mais tranqüilos. Além da tensão natural que cerca os jogadores nas vésperas de uma competição importante, alguns incidentes estão contribuindo para aguçar a ansiedade geral.

Um deles é a definição do futuro de Amoroso no clube. A diretoria tricolor mostrou irritação com a posição do jogador, que, segundo a avaliação do presidente do São Paulo, Marcelo Portugal Gouvêa, está "forçando a barra" por uma renovação de contrato.

Amoroso diz já ter um pré-contrato assinado como o FC Tokyo, e que apenas o pagamento de uma multa de US$ 500 mil quebraria o documento e possibilitaria ao São Paulo continuar a negociação para a renovação.

"Ninguém é obrigado a assinar nada se não quiser. A opção é dele. Parece que ele (Amoroso) está provocando um pré-contrato para ganhar uma multa. Isso não vai acontecer", comentou o presidente são-paulino sobre um dos principais jogadores do elenco.

O atacante, que chegou ao São Paulo na reta final da Libertadores, tem contrato até o dia 31 de dezembro. Após a conquista continental, Amoroso, através de seu procurador, o fisioterapeuta Nivaldo Baldo, tentou antecipar a renovação contratual, com a intenção de obter uma valorização. Na época, a diretoria evitou entrar na negociação.

"Se ele tem uma proposta boa, o São Paulo não tem condições de cobrir. Ele tem a liberdade de sair. Mas nós não vamos ficar dependendo disso", afirma Portugal Gouvêa.

Depois de revelar o pré-contrato com o FC Tokyo e, por tabela, exigir uma resposta do São Paulo, Amoroso tentou evitar o conflito com a diretoria.

"Penso apenas nos dois jogos, independente se vou ficar ou não. Não tenho um título mundial no meu currículo. Nada vai me fazer perder o controle", declara o jogador, que ainda diz que a prioridade para 2006 é ficar no São Paulo. "É uma questão de sentar na mesa e resolver", conclui.

Além da "questão Amoroso", outro assunto que mexe com o elenco do São Paulo às vésperas da estréia do Mundial de Clubes é a discussão pelos prêmios para a competição. Ainda não existe um acordo definido entre jogadores e diretoria.

O São Paulo estréia no Mundial de Clubes da Fifa nesta quarta-feira contra o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, no estádio Nacional de Tóquio. A partida acontece às 8h20 (horário de Brasília).

Saprissa bateu o Sydney.

Choque de titãs!

Titãs! Interessante Boardgame.

Consideravelmente melhor do que esse "jogaço"

Com dois de Amoroso, São Paulo supera sufoco e vai à final do Mundial

Danilo Valentini
Enviado especial do UOL
Em Tóquio (Japão)

VITÓRIA APERTADA

Amoroso chuta, a bola desvia no árabe e engana o goleiro:


1º gol do São Paulo;


Noor supera Edcarlos e empata o jogo em 1 a 1


Amoroso marca outro...


e Rogério deixa o dele,


mas São Paulo é pressionado, e Kallon perde chance

Após atravessar uma semana conturbada, o atacante Amoroso foi o grande nome da sofrida vitória por 3 a 2 sobre o Al-Ittihad, que classificou o São Paulo para a final do Mundial de clubes da Fifa.

Às vésperas da estréia do São Paulo na competição, a revelação de que Amoroso tem um pré-contrato assinado com o FC Tokyo irritou o presidente do clube, Marcelo Portugal Gouvêa, que deu declarações já tratando o atacante como ex-jogador do clube. Hoje, Amoroso se redimiu, marcando dois gols, um no primeiro e outro no segundo tempo, e teve ótima atuação em um jogo que proporcionou diversos sustos aos torcedores do time.

Com uma forte marcação sob pressão e muita força física, o Al-Ittihad foi melhor do que o São Paulo no primeiro tempo, que terminou empatado em 1 a 1. E, no segundo, após estar perdendo por 3 a 1, chegou ao segundo gol e criou diversas jogadas perigosas, aproveitando-se das falhas e do mau posicionamento da insegura defesa são-paulina na partida, e da fraca atuação individual do zagueiro Edcarlos.

"Eles se apoiaram bastante no físico e dificultaram as coisas para a gente", disse o técnico Paulo Autuori, que criticou a atuação do time no primeiro tempo. "Nossa atitude no primeiro tempo foi errada. Depois que fizemos o gol, nos acomodamos e nos desinteressamos do jogo. No segundo tempo, fomos mais aplicados e merecemos a vitória".

No ataque, além de um Amoroso inspirado, o São Paulo contou a excelente estréia do atacante Aloisio, que jogou a final da Libertadores pelo Atlético-PR. Ele sofreu o pênalti que resultou no gol de Rogério Ceni, o terceiro do time, e participou da jogada do segundo gol, marcado por Amoroso.

O São Paulo, que não teve uma de suas melhores atuações nesta quarta, enfrentou a "ansiedade da estréia", nas palavras de Amoroso. "Foi um grande jogo, que serviu para nos livrarmos da ansiedade de jogar aqui. Agora, temos tempo para trabalhar e nos prepararmos para a final".

Às 8h20 do próximo domingo, o time brasileiro tenta seu terceiro título mundial contra o vencedor do duelo entre o Liverpool, da Inglaterra, e o Deportivo Saprissa, da Costa Rica, que ocorre nesta quinta-feira.

O jogo
Os jogadores do São Paulo aparentaram nervosismo no início da partida. Errando vários passes, demoraram cerca de oito minutos para criar a primeira oportunidade de gol. Foi de Aloisio a primeira boa jogada. Aos 8min, o atacante driblou dois jogadores do time árabe e cruzou para Cicinho que, de frente para o goleiro, chutou para fora.

A partir daí, o São Paulo comandou momentaneamente o jogo. Dois minutos mais tarde, Lugano, também teve chance, mas cabeceou para fora. Aos 15min, os brasileiros marcaram o primeiro gol. Danilo foi à linha de fundo e cruzou para a área. Amoroso dominou a bola no peito e chutou; a bola desviou em um zagueiro e enganou o goleiro Zaid.

SILÊNCIO E INSTABILIDADE
Após a estréia na competição, os jogadores decidiram não falar com a imprensa brasileira alegando que estavam insatisfeitos com reportagens que abordaram o desconforto causado entre os jogadores pelo pagamento da premiação e pela eventual saída de Amoroso no final do ano.

A postura de adotar o silêncio, porém, não foi assumida pelo próprio elenco. Com respostas evasivas, o goleiro Rogério Ceni e o atacante Grafite foram os únicos que informaram que o elenco não ia falar, e que decisão não havia partido dos próprios jogadores. Já a diretoria nega ter proibido as declarações dos atletas. Leia mais
Após o gol, o time brasileiro se acomodou, e deixou que os árabes, que passaram a exercer forte marcação e pressionar a saída de bola, fossem, aos poucos, controlando o ritmo de jogo. Aos 31min, O Al-Ittihad assustou pela primeira vez. Noor recebeu dentro da área, mas foi travado por Mineiro antes de finalizar.

Um minuto depois, os árabes chegaram ao empate. Em um contra-ataque, o leonês Kallon, ex-Internazionale de Milão, foi lançado e chutou em gol. Rogério Ceni defendeu parcialmente e, quando tentou retomar a bola, foi mais lento do que Noor, que chegou antes e tocou para marcar seu segundo gol neste Mundial de Clubes.

Aos 39min, a jogada do gol árabe praticamente se repetiu. Kallon foi lançado na velocidade, invadiu a área do São Paulo a partir da diagonal direita e chutou forte. Rogério mandou a bola para escanteio.

Um minuto depois, o São Paulo chegou com perigo pela primeira vez em 25 minutos -contando com uma falha do goleiro Zaid, que após cruzamento despretensioso de Júnior, soltou a bola nos pés de Amoroso, que chutou fraco, em cima de Zaid.

SÃO PAULO X AL-ITTIHAD
24 Faltas cometidas 20
5 Finalizações certas 4
7 Finalizações erradas 6
226 Passes certos 190
79 Passes errados 83
7 Dribles 16
O São Paulo voltou determinado ao segundo tempo e, com pouco mais de um minuto, chegou a seu segundo gol. Em uma troca de passes entre Cicinho, Danilo e Aloisio, o lateral-direito foi à linha de fundo e cruzou rasteiro para Amoroso empurrar para as redes e marcar seu segundo gol.

Aos 6min, o São Paulo teve chance de aumentar. Rogério cobrou falta que levou extremo perigo ao goleiro Zaid, mas passou por cima do travessão. Um minuto depois, Danilo dividiu a bola com um árabe e caiu, em lance duvidoso. O francês Alain Sars não marcou o pênalti e deu cartão amarelo para o são-paulino.

Quatro minutos mais tarde, o estreante Aloisio foi derrubado dentro da área. E, desta vez, Sars marcou: pênalti. Rogério Ceni chutou forte, no canto direito e marcou seu 21º gol em 2005, fazendo São Paulo 3 a 1.

Aos 22min, o time árabe marcou outro gol, aproveitando a fragilidade da defesa são-paulina na partida. O brasileiro Tcheco, ex-Coritiba e Santos, cobrou e, após leve desvio de um companheiro de equipe, o zagueiro Al Montashari cabeceou para fazer o segundo gol do Al-Ittihad.

O jogo seguiu equilibrado, truncado, repleto de faltas e disputas de meio-campo. As oportunidades claras de gol eram raras. Aos 27min, o São Paulo teve uma. Amoroso lançou Danilo, que cruzou para Aloisio acertar bela cabeçada que passou rente à trave do goleiro Zaid, que não teria chances no lance.

SÃO PAULO
Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Edcarlos; Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Júnior; Amoroso e Aloisio (Grafite)

AL-ITTIHAD
Zaid; Al Dosari (Al Harbi), Al Montashari, Tukar e Falatah; Khariri, Abushgeer, Tcheco e Noor; Sowed (Haidar) e Kallon

Local: Estádio Nacional (Tóquio-JAP)
Árbitro: Alain Sars (FRA)
Público: 31.510 pessoas
Gols: Amoroso, aos 15min, Noor, aos 32min do primeiro tempo; Amoroso, a 1min, Rogério Ceni, aos 12min, e Al Montashari, aos 22min.

Elenco do São Paulo desabafa e jura tranqüilidade

Danilo Valentini
Enviado especial do UOL
Em Yokohama (Japão)

O jogadores do São Paulo decidiram assumir nesta quarta-feira que partiu da maioria do elenco a decisão de não conceder entrevistas após o jogo de quarta-feira, quando a equipe derrotou o Al-Ittihad e assegurou lugar na decisão do Mundial de Clubes, no domingo, em Yokohama.

AMOROSO: "QUERO FICAR"

Amoroso não esconde a satisfação por ter conseguido, pelo menos por enquanto, encerrar o assunto sobre o pré-contrato que já assinou com o FC Tokyo para deixar o São Paulo após o Mundial de Clubes. Os dois gols que marcou contra o Al-Ittihad, para o atacante, foram suficientes para mostrar sua concentração na competição.

"Se fizerem um contrato de três anos comigo, pago do meu bolso os US$ 500 mil para ficar", disse, por meio de sua assessoria de imprensa, sobre a multa estabelecida no pré-contrato com o clube japonês. Leia mais
Incomodados com a repercussão que as negociações pelo pagamento de prêmio pelo título e pela renovação de contrato de Amoroso, os jogadores do São Paulo negavam até após a partida contra a equipe da Arábia Saudita que eles próprios haviam decidido pelo boicote, transferindo a responsabilidade para a diretoria, que prontamente negou que tivesse passado tal determinação.

Sem outra saída, o goleiro Rogério Ceni e o atacante Amoroso, autores dos gols do São Paulo na semifinal do Mundial, admitiram que foram os próprios jogadores que fecharam acordo pelo silêncio, dando como justificativa o tratamento que a equipe tem recebido da imprensa.

"Eu mesmo acharia melhor que uns dois jogadores falassem sobre a vitória, mas foi uma decisão da maioria, e respeito. Alguns ficaram chateados que ficou parecendo que somos mercenários", disse o goleiro e capitão Rogério Ceni, que reiterou sua afirmação de que o pagamento de prêmio já está definido e sem brechas para reclamações.

AFP
Rogério diz que jogadores ficaram chateados com publicações sobre o pagamento do prêmio
"Para mim não interessa o dinheiro. O que faz diferença é ser campeão do mundo", completou o goleiro, que não acredita, assim como o zagueiro Lugano, que alguns jogadores do elenco tenham revelado nos bastidores que não estavam satisfeitos com a forma como havia sido feita a negociação de prêmios com a diretoria.

"Não consigo acreditar que alguém faria isso contra o próprio time", resignou-se o zagueiro Lugano.

A principal preocupação do grupo de jogadores a partir de agora é cristalizar a idéia de que qualquer fator extra-campo que possa existir não será suficiente para desconcentrar a equipe rumo ao título no Japão. E asseguraram que o relacionamento do elenco será a chave para o tricampeonato do clube.

"Todos têm o objetivo muito claro, e nada vai nos atrapalhar, nem o tumulto que tentaram criar", afirmou Amoroso, autor de dois gols no jogo que classificou o São Paulo para a decisão, em Yokohama. "Não vai ter bafafá nenhum que irá nos prejudicar rumo ao título", disse o atacante, muito incomodado pelo seu pré-contrato com o FC Tokyo ter ganhado repercussão em um momento tão importante do clube.

"As inverdades que foram publicadas foram feitas por quem não sabe o que acontece internamente do grupo. Para mim, este é o melhor ano que trabalhei no São Paulo, com o melhor relacionamento", jura Rogério, que carregava em seu bolso uma lista de reportagens que a delegação considerou como exageradamente críticas, agindo como se fosse um ombudsman -jornalista que cuida da qualidade de um veículo de comunicação e trabalha diretamente com o leitor ou internauta, recebendo críticas ou sugestões.

Clichês revelam desconhecimento mútuo de São Paulo e Liverpool

Danilo Valentini
Enviado especial do UOL
Em Yokohama (Japão)


O lugar-comum para analisar o adversário na final do Mundial de Clubes da Fifa é o que assemelha São Paulo e Liverpool antes da decisão. Sem informações muito precisas a respeito do adversário, jogadores e técnicos das duas equipes ficam limitados às informações mais básicas a respeito do confronto entre a habilidade do brasileiro e a "forte bola aérea" do futebol inglês.

Característica mais conhecida do jogo praticado na Inglaterra, as bolas alçadas na área há muito já deixaram de ser a única referência técnica a respeito do futebol jogado no país.

Mesmo assim, os jogadores do São Paulo falam há meses que a grande preocupação em relação a um eventual confronto contra o Liverpool seria programar uma forma de neutralizar o "ponto forte" do adversário, como não se cansam de dizer os atletas.

E com a definição do Liverpool como adversário no domingo, então, as observações dos atletas não avançam muito além do tradicional 'chuveirinho' inglês.

"A bola cruzada pela lateral é sempre a mais difícil de ser neutralizada pela defesa", explica o goleiro Rogério Ceni, que vê como o maior problema a ser equacionado pelo sistema defensivo da equipe arrumar uma forma de impedir os cabeceios de Peter Crouch, grandalhão de 1,98. "Se ele jogar, ficará mais fixo", disse Lugano antes do jogo Liverpool e Deportivo Saprissa.




O ex-jogador do Southampton, porém, mostrou contra os costa-riquenhos que pode mais do que apenas explorar sua altura avantajada no jogo aéreo. Com chutes precisos e cheios de estilo, Crouch marcou dois gols. Nenhum de cabeça.

O técnico Paulo Autuori, no entanto, diversifica um pouco a respeito do potencial do Liverpool. Mas utiliza outros clichês sempre muito utilizados quando se discute sobre futebol na Inglaterra.

A análise-padrão do momento é sobre como uma equipe brasileira deve furar o bloqueio de um adversário, como o Liverpool, que atua com "duas linhas de quatro", usada costumeiramente na Inglaterra e que não passa, a grosso modo, de um esquema 4-4-2 mais compacto.

A formação tática que o técnico espanhol Rafa Benítez utiliza no Liverpool, aliás, leva o São Paulo a prestar atenção em outra característica mais que manjada para quem enfrenta os ingleses. "Eles se fecham bem atrás e saem rápido para o ataque", alerta Autuori.

Os clichês, no entanto, não são exclusivos dos são-paulinos. Assumidamente despreocupados com o Mundial e falando em conquistar o título com muito mais facilidade, em comparação a como seu adversário dá importância para a competição, os jogadores do Liverpool vão ao duelo sem saber praticamente nada de como o São Paulo jogará domingo, em Yokohama.


"Não sabemos nada dele", assume o atacante Cissé. Porém, o francês, assim como a maioria dos jogadores do Liverpool ouvidos, tem no clichê mais 'batido' sobre o futebol brasileiro a forma de avaliar o São Paulo de maneira minimamente respeitosa.

"Tecnicamente eles têm bons jogadores. Vai ser complicado", declarou o meia espanhol Xabi Alonso, um dos poucos integrantes do elenco do Liverpool com um conhecimento mais apurado do São Paulo. "Goleiros-artilheiros são uma coisa típica da América do Sul", lembra o espanhol a respeito do paraguaio Chilavert, e "conheço o Amoroso dos tempos do Málaga".

Resta saber se até o domingo, 8h20 (horário de Brasília), o técnico Rafa Benitez terá tirado alguma conclusão depois de ter acompanhado a vitória por 3 x 2 do São Paulo contra o Al-Ittihad.

São Paulo campeão.

Só vi praticamente os minutos finais e os chutões pra frente...

Eu também.


Mas pelas estatísticas e pelos melhores momentos, o São Paulo de bom só fez o gol mesmo.

Depois ficou acuado se defendendo, dando chutões pra frente e torcendo pro bandeira marcar os impedimentos.

Pois é! Eu tambén não pude assistir ao jogo.

Mas, segundo os relatos do meu pai, o São Paulo foi massacrado! Só fez o gol mesmo e nada mais.

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Liverpool descansa elenco e reclama

Técnico Rafa Benitez confirma que decidiu poupar jogadores na final do Mundial, e vê injustiça no resultado.

Danilo Valentini, enviado especial do Pelé.Net

YOKOHAMA - A importância reduzida que o Liverpool dava para a disputa do Mundial de Clubes ficou evidenciada após a derrota para o São Paulo, quando o técnico Rafa Benítez, mesmo que tenha considerado o resultado injusto, confirmou que preferiu poupar jogadores para outras competições, como o Campeonato Inglês e a Liga dos Campeões.

Assumidamente mais concentrado na caça ao Chelsea na Inglaterra e no sorteio que o colocou frente a frente contra o Benfica nas oitavas-de-final da Liga, em fevereiro, o Liverpool teve cinco mudanças em relação à escalação de seu primeiro jogo no Mundial, contra o Deportivo Saprissa.

A mudança mais surpreendente foi a saída do atacante Peter Crouch, que impressionou o elenco do São Paulo na última quinta-feira por demonstrar habilidade mesmo com 1,98m de altura. No seu lugar, entrou Fernando Morientes, reserva no elenco.

"Precisei fazer um rodízio porque os jogadores estão muito cansados devido às várias competições que estamos disputando", afirmou o técnico espanhol, que não viu na sua decisão e na postura de seu capitão, Steven Gerrard, uma forma de menosprezo ao São Paulo.

No sábado, Gerrard declarara que, após 11 jogos de invencibilidade, e sem tomar gols, o Liverpool se sentia imbatível, postura que fez os jogadores do São Paulo se sentirem mais motivados para a decisão.

"O Gerrard não falou que éramos imbatíveis, mas sim que éramos uma equipe difícil de ser batida", minimizou Rafa Benítez, que reclamou do árbitro mexicano Armando Benito Archundia por não ter expulsado Lugano após entrada violenta no segundo tempo.

A decepção de Benítez também se alastrou para o São Paulo, justificando a derrota pelo posicionamento defensivo adotado após marcar o gol, logo aos 27min do primeiro tempo.

"Nunca vi um time brasileiro jogar tanto tempo atrás. As estatísticas mostram que jogamos muito melhor e merecíamos ganhar", reclamou Benítez, baseado na comparação dos chutes a gol (21 do Liverpool, contra 8 do São Paulo) e dos escanteios (os ingleses fizeram 17 cobranças, contra nenhuma dos brasileiros.)

As reclamações e lamentações do Liverpool, porém, não foram levadas a sério pelo São Paulo. "O choro é livre, pode chorar à vontade", disse Amoroso.

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Torcedor corintiano invade gramado durante a decisão do Mundial
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da Folha Online

O torcedor corintiano Albert Monte, usando calças e camisa da torcida organizada Camisa 12, invadiu neste domingo o gramado do estádio Internacional de Yokohama, no Japão, durante a decisão do Mundial de Clubes da Fifa.

Shizuo Kambayashi/AP
Torcedor invade o gramado em Yokohama
Torcedor invade o gramado em Yokohama
Na partida, o São Paulo venceu o Liverpool, da Inglaterra, por 1 a 0, com gol do volante Mineiro.

O torcedor carregava em uma das mãos um brinquedo de pelúcia do personagem Bambi, em clara provocação aos são-paulinos.

Além de interromper o jogo, o torcedor ainda se agarrou às redes de um dos gols antes de ser dominado pelos seguranças. No incidente, as varetas de sustentação da rede se quebraram e a partida ficou paralisada por mais de quatro minutos.

Monte, 27, nasceu na Espanha, viveu no Brasil, e agora mora em Barcelona, cidade que empresta-lhe o apelido.

Em junho, ela já havia invadido o gramado na partida entre Brasil e Alemanha, em Nuremberg, pela Copa das Confederações. Na ocasião, ele entregou uma bandeira do Corinthians a Robinho.

Assisti ao jogo.

No 1º tempo o São Paulo foi melhor.
No 2º tempo veio a retranca e essa hostória é velha.
O fator sorte contribuiu horrores com o São Paulo, não é todo dia q se vê 3 gols corretamente anulados.

Pelo menos quando o Flamengo ganhou, o adversário levava essa zorra a sério...

Nem tanto! Acho que agora eles levaram mais a sério do que há tempos atrás. Esse campeonato nunca teve a mesma conotação daqui por lá. Não imagino um Real Madri, por exemplo, apelando de todos os jeitos, como o Vasco, para tentar ganhar um mundial desses.

De qualquer forma, não há o que dizer. Se fosse torneio início e o SP não tivesse feito o gol, o Liverpool até ganharia pelo número de escanteios. Mas, esse não é caso.