| "Rebeldes" se inscrevem no Nacional, mas o embate continua
Giancarlo Giampietro Em São Paulo
O choque entre os integrantes da Nossa Liga e a CBB continua. Nesta terça-feira, último dia de inscrição para o Nacional masculino, Grajaú Country (RJ), Keltek/São José dos Pinhais (PR), Telemar/Rio de Janeiro (RJ), Ulbra-Mogi Basketball/Torres (RS), Uniara/Araraquara (SP) e Winner/Limeira (SP) encaminharam sua documentação à confederação para confirmar a inscrição no campeonato. Mas algumas destas equipes nem mesmo pretendem disputar a competição e apenas se preparam para a seqüência de um embate jurídico.
Alexandre Vidal/CBB Grupo liderado por Oscar (d), presidente da NLB, segue ofensiva contra a CBB de Grego "A informação é a de que as seis equipes encaminharam sua documentação a CBB", afirmou o advogado Eraldo Panhoca, que participou da elaboração do estatuto da Nossa liga. Os seis clubes "rebeldes" tiveram de passar informações como seu corpo de diretores, elenco e uniformes para compor o Grupo C do campeonato. Dentre eles, apenas o Grajaú não pertence à liga de clubes criada no ano passado.
De acordo com a assessoria da CBB, no entanto, algumas equipes não enviaram todos os dados requeridos pelo departamento técnico. A entrega completa deve ser realizada até o fim desta terça-feira. E a confederação só se pronunciará oficialmente sobre a situação na quarta-feira.
Os clubes da entidade presidida por Oscar Schmidt se reuniram na segunda-feira e decidiram dar continuidade ao combate. "Nós nos reunimos e decidimos pela inscrição em conjunto, essa é nossa diferença", afirmou Enrique Barrera, supervisor da Ulbra/Mogi.
Para Panhoca, agora cabe à CBB dar seqüência à competição. A primeira rodada do Grupo C está marcada para o dia 18 de janeiro. "Agora os clubes vão à quadra", disse o advogado. Mas o Winner/Limeira e o Keltek/São José dos Pinhais entregaram a documentação apenas sob orientação jurídica e não devem disputar o Nacional. "Só vamos seguir com a Nossa Liga", garantiu o vice-presidente da equipe paulista, Cássio Roque. "Estamos focados apenas na Nossa Liga", afirmou Renato Santana, diretor do Keltek.
As outras equipes também podem nem chegar disputar o Nacional. "À primeira vista, aceitamos disputar a competição, mas ainda restam pendências. Queremos aquilo que é de nosso direito, pois ficamos em sexto no Paulista. Se vamos jogar ou não, só decidiremos lá na frente. A liminar está valendo, mas a situação ainda está na Justiça. Eles querem que nós assinemos uma carta afirmando que sairemos da Nossa Liga, o que não vai acontecer", afirmou Fernando Mauro, presidente da Uniara/Araraquara.
Já a Ulbra pretende jogar pelos dois campeonatos. "Agora precisamos saber o que vai valer o Grupo C do Nacional. Quem se classifica, datas... Está tudo indefinido por enquanto. O problema agora é deles (da CBB), como sempre", afirmou Barrera.
Para acolher a decisão de uma liminar judicial, a CBB criou o Grupo C no Nacional, com os seis novos integrantes. Até então, o campeonato contava apenas com dois grupos (A e B), com nove equipes cada. Os times jogariam dentro dos grupos, em turno e returno, classificando-se às oitavas-de-final os oito melhores de cada chave.
BRIGA PARALELA Como campeão brasileiro de 2005, o Rio de Janeiro / Telemar também luta para ser inscrito pela CBB na Liga Sul-Americana de basquete. Leia mais. À parte do embate dos integrantes da NLB, o Grajaú também já encaminhou seus documentos. "Não temos a intenção de brigar, nem de participar da ação judicial", afirmou Paulo Távora, representante do clube. "Conseguimos nossa vaga na quadra, com a terceira colocação do Estadual do Rio e contamos com isso", completou. A equipe conta com 15 juvenis em um elenco de 20 jogadores e está se preparando para jogar contra o Telemar/Rio de Janeiro, no dia 18 de janeiro.
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