A função do Estado, tópico filho do "Cúmulo do Absurdo" Pag 34

« Older   Newer »
  Share  
>Il Monstro<
view post Posted on 7/1/2007, 06:05




Já não discordo mais frontalmente de você. Chamo apenas a atenção para a questão (que sequer sei se é válida, apenas começo a considerá-la) da "'evolução'" (como podem ver, aspas múltiplas) social.
 
Top
>Il Monstro<
view post Posted on 7/1/2008, 16:17




Realmente muita água rola, o mundo gira...

Achei esse texto interessantíssimo.

Fareed Zakaria
What People Will Die For
Many in the West hope that elections will paper over divisions. Kenya's had the opposite effect.

Jan 14, 2008 Issue

In the press conference at which the 19-year-old son of Benazir Bhutto was crowned co-head of the Pakistan Peoples Party, one note was striking. Bilawal Bhutto Zardari's brief comments began with a pledge to "stand as a symbol of federation." His words were carefully chosen. Pakistan's deepest cleavage is not between religious extremism and liberalism, nor even dictatorship and democracy. It is between the country's various regions. And in this regard, Pakistan is part of a growing phenomenon—the persistence and growing strength of subnational groups. With the end of the battle of ideologies—communism, socialism, liberalism—human beings' oldest identities have moved to the core of politics. It is why people vote and what they will die for.

Benazir Bhutto was admired, respected and beloved by Pakistanis throughout the country. But she was also from Sindh, a province that comprises about 20 percent of the country. Most of the riots and demonstrations after her assassination took place in Sindh. Punjab, the largest part of Pakistan, with almost 50 percent of its population, has traditionally dominated the country and its armed forces. Non-Punjabis—Sindhis, Pashtuns, Baluchis—demand greater representation, respect and autonomy from this Punjabi establishment. During elections, they also court Punjabi voters assiduously. Asif Ali Zardari, Benazir's widower, co-head of the PPP and the power behind the throne, has been flanked by leading Punjabi politicians in his recent press appearances. He closed his first conference as party co-president with an emotional remembrance of the guards who died protecting Benazir, all of whom, he pointed out, were Punjabi.

Many in the West hope that elections will heal some of these divisions, but last week's elections in Kenya had the opposite effect. Kenya is a loose collection of 40 tribes, and they have lived in relative peace since its independence from Britain. But the recent campaign broke down largely along ethnic lines. President Mwai Kibaki won a close race allegedly by rigging the polls, which then triggered violent reprisals against the Kikuyu, his tribe. This is not unusual. Iraq's elections—badly designed and prematurely introduced—are the bloodiest example of polls that furthered divides within a country. None of these fault lines were created by democracy, but elections can exacerbate divisions.

Nor is economic growth a miracle cure for the assertion of identity; in fact the two seem to go happily hand in hand. Two weeks ago, one of India's fastest-growing states, Gujarat, re-elected an unabashed Hindu nationalist for a third term as chief minister. In 2002 Narendra Modi presided over the first genuine pogrom in independent India's history—that is, an event in which the government actively assisted mobs in killing, raping and displacing tens of thousands of Muslims. Modi's campaign was designed largely around regional identity. He couched issues of development, governance and sectarianism around the core idea of "Gujarati pride." Throughout India, caste, region and language are proving far more durable sources of identity and political power than any national idea.

Subnationalism is thriving even in postmodern Europe. A crucial political issue facing Europe and the United States this month is the status of Kosovo, a part of Serbia that wishes to secede. Last year Belgium went six months without a government because its Flemish- and French-speaking populations have starkly divergent visions of their country's future. And in Britain, Scotland has elected a ruling party committed to pursuing independence, which would unravel the 1707 Acts of Union that created the United Kingdom of Great Britain, Scotland and Wales.

Why is this happening, and why now? Globalization and democratization are the broad trends of the day, and both have the effect of empowering small groups within countries and weakening the nation-state. Gujarat can prosper without much reference to or help from New Delhi. The Sindhis can maintain their sense of identity far better today—with the proliferation of regional television, Web-based communities and cheap communication—than ever before. The Scots know that a small nation of 5 million is completely viable in today's European Union and open world economy. In such circumstances, the pull of old identities—all of them much older than the nation-state—dominates politics.

The United States has often tried to impose its own narrative onto events in foreign lands. But often this storyline—of a struggle between Islamic radicals and secular democrats, for instance—is a mask for these more basic battles. Whatever Pakistani President Pervez Musharraf's failings, his successor will surely have to deal warily with the rise of Pashtun nationalism, which is the underlying base of support for the Taliban. Even without Iran's support, Hizbullah's appeal among Lebanese Shiites ensures that that country will remain precariously balanced. Even if violence continues to diminish, the divide between Iraq's three communities has become the country's core political problem. There are no good answers other than the long, hard work of nation-building—political bargains, compromises and institution-building, none of which is easily affected by outsiders. All this makes for a world that is becoming rich, empowered and unmanageable.

© 2008 Newsweek, Inc.
 
Top
>Il Monstro<
view post Posted on 16/7/2008, 17:11




Gostaria de retomar a discussão por um momento, por um outro viés.

Talvez já tenha perguntado isso antes, mas não lembro (e não cheguei a reler.)

Vamos lá: se o capitalismo é a melhor forma de conduzir a sociedade, e o estado tal como praticado é um empecilho ao seu desenvolvimento pleno, por que, na opinião dos que pensam assim, ainda o temos (o estado)?

Trata-se de capitalistas picaretas tentando se valer de certas vantagens q esta situação produz? Trata-se de a maioria das pessoas ainda não ter a noção exata do valor deste sistema, e sua "resistência" coletiva impedir o pleno desenvolvimento (um problema, portanto mais da ignorância das massas)?

Ou ainda o que temos é a resistência dos que precisam desse subdesenvolvimento do capitalismo para florecerem, as pessoas que não são adequadas para ele?
 
Top
>Il Monstro<
view post Posted on 19/7/2008, 22:56




Por exemplo:



Coroa, eles ganham; cara, nós perdemos


As crises financeiras costumam ter um lado didático. Essa que agora atormenta a economia americana e, na sua esteira, o resto do mundo, apresenta muitos aspectos pedagógicos. Um deles é comprovar que não há melhor sistema econômico do que o capitalismo de mercado – pelo menos para quem não é pobre.

Entre os sistemas que garantem lucros privados e socialização dos prejuízos, o capitalismo de mercado tem se revelado, de longe, o mais eficiente. Nele, a moeda cai de um lado só: coroa, eles ganham; cara, nós perdemos. Não deixa de ser cínico, mas nada que uma boa retórica sobre liberdades individuais, talento empreendedor e esforço pessoal, em suas expressões mais genéricas e desossadas do ambiente histórico, não resolva.

Um dos ensinamentos que se pode tirar dessa crise com origem nos créditos podres imobiliários, nos Estados Unidos, é que só bobos insistem em copiar o que eles recomendam que seja feito e não o que, na verdade, fazem. Diante do que se convencionou chamar de “riscos sistêmicos”, são raros os defensores da economia mercado que ousam discordar da decisão de governos de injetar dinheiro público na salvação de negócios privados.

O curioso é que, na linguagem dos neoliberais de casaca, “risco sistêmico” é uma expressão restrita ao mercado financeiro. Não há “risco sistêmico” quando se trata., por exemplo, de evitar fome, miséria ou exclusão social. Ou quando se fala em política industrial, num área em que, não havendo estímulo ao desenvolvimento de setores estratégicos, pode ocorrer “risco sistêmico” da dependência econômica.

Os recursos públicos destinados a evitar esses riscos muito mais sistêmicos costumam ser classificados, pelos defensores das medidas contra os “riscos sistêmicos” financeiros, de “assistencialismo” e “gastança”. Ou, no caso das políticas industriais, de apropriação privada de recursos públicos.

É uma tremenda cara-de-pau.


enviada por José Paulo Kupfer
 
Top
Sr Spock
view post Posted on 21/7/2008, 02:51




QUOTE (>Il Monstro< @ 16/7/2008, 18:11)
Gostaria de retomar a discussão por um momento, por um outro viés.

Talvez já tenha perguntado isso antes, mas não lembro (e não cheguei a reler.)

Vamos lá: se o capitalismo é a melhor forma de conduzir a sociedade, e o estado tal como praticado é um empecilho ao seu desenvolvimento pleno, por que, na opinião dos que pensam assim, ainda o temos (o estado)?

Trata-se de capitalistas picaretas tentando se valer de certas vantagens q esta situação produz? Trata-se de a maioria das pessoas ainda não ter a noção exata do valor deste sistema, e sua "resistência" coletiva impedir o pleno desenvolvimento (um problema, portanto mais da ignorância das massas)?

Ou ainda o que temos é a resistência dos que precisam desse subdesenvolvimento do capitalismo para florecerem, as pessoas que não são adequadas para ele?

Uma verdadeira patologia coletiva. Tal como muitos achavam que a figura do rei, da monarquia e da benção divina sobre os governantes eram imprescindíveis para a existência, vida e segurança dos povos.

Os reis foram mortos, os mosteiros desapropriados, os papas desafiados. E hoje temos um mundo melhor. A sociedade não se desestabilizou, não afundamos na barbárie, não regredimos aos primórdios da civilização. O Homem é melhor do que os homens dizem. Mais capaz de ser feliz e gerar felicidade do que os que se aproveitam da infelicidade.

Devemos sempre lembrar que o pastor que proteje as ovelhas é o mesmo que as tosquia, e depois as mata e come. Assim é o Estado.
 
Top
Curuja
view post Posted on 21/7/2008, 15:06




Tenho dúvidas em como organizar a sociedade de forma menos predadora para os menos abastados.
 
Top
Sr Spock
view post Posted on 21/7/2008, 23:23




Não lembro de um exemplo (já o pedi para o Monstro antes) de "sociedade organizada para defesa dos despossuídos" que não tenha tido como resultado miséria, perda de liberdades e desrespeito ao valor individual.

Mas certamente, sociedades mais prósperas, produtivas e vigorosas reduzem em muito o seu número de menos abastados, ou pelo menos os possuem na forma de pessoas mais saudáveis, alimentadas e livres. Ou não, mas dentro da escolha pessoal de cada um.
 
Top
#FF#
view post Posted on 20/9/2008, 23:49




E não é que o país símbolo do Capitalismo e do incentivo ao setor privado se viu obrigado a estatizar seus prejuízos? :P
 
Top
>Il Monstro<
view post Posted on 21/9/2008, 00:24




Já tem um tempo que essa discussão tá rolando... :rolleyes:

Leia o pot de hoje em economia.
 
Top
Altehooke
view post Posted on 23/1/2010, 09:28




This forum is alive? If yes, please remove this topic and my account.
 
Top
#FF#
view post Posted on 24/1/2010, 02:46




Eu, hein! :rolleyes:
 
Top
Curuja
view post Posted on 27/1/2010, 01:12




Cada um... kkkkkk
 
Top
rireempizaf
view post Posted on 15/6/2010, 20:55




I just wanted to take a moment and say hello. It was my starting posting, hope I did it correct
 
Top
romantictoysme
view post Posted on 21/6/2012, 01:06




check this for your all your adult toys for women solutions
 
Top
193 replies since 24/8/2005, 23:36   13568 views
  Share