| Brasil é alvo do Zotob C e D, alerta TrendMicro Quarta-feira, 17 agosto de 2005 - 11:11 IDG Now!
O Brasil está na rota das novas variantes do vírus Zotob, que afeta computadores com sistema operacional Windows 2000. De acordo com a TrendMicro, o país é o principal alvo do Zotob.C e também o que mais apresenta amostras do Zotob.D, seguido por Estados Unidos e outros países da América Latina.
De acordo com a TrendMicro, o continente asiático foi mais atingido pelas variantes A e B do Zotob por causa, principalmente, do fuso-horário. Europa e América apresentaram maior número de detecções das variantes C e D, sendo que, no Brasil, algumas empresas já encontraram computadores infectados com essas pragas em seus sistemas internos.
"Esperamos que nas próximas 24 horas surjam mais variantes. É bem comum que as pessoas, principalmente usuários domésticos, caiam nesse tipo de golpe", avisou Leonardo Bonomi, engenheiro de suporte de vendas da Trend Micro.
A TrendMicro classificou o Zotob.D, mais nova variante do vírus que explora uma falha já corrigida pela Microsoft do Windows, como de risco médio, mas que está se espalhando rapidamente.
Essas pragas estão sendo usadas por grupos criadores de vírus que estão se enfrentando para criar uma ameaça dominante na web, segundo a empresa de segurança F-Secure.
Explorando uma mesma falha no sistema Plug & Play do Windows, recentemente anunciada pela Microsoft (saiba mais), as famílias de vírus IRCBot, Bozori, Zotob, Rbot, Sdbot e Codbot procuram infectar o usuário e, ao mesmo tempo, eliminar outras possíveis infecções de "pragas concorrentes".
De acordo com a F-Secure, dois são os grupos definidos: as pragas IRCBot (variantes .ES, .ET e .EX) e Bozori (.A e .B) procuram apagar qualquer rastro de contaminação provocado pelas famílias Zotob (.A, .B, .C, .D, .E e .F), Rbot (.ADB), Sdbot (.YN) e Codbot.
Ontem à noite, um vírus que afeta computadores com o sistema operacional Windows estava se espalhando rapidamente por três continentes, segundo uma reportagem da CNN, que foi atingida pela praga virtual.
A CNN, na ocasião, não soube informar por qual vírus foi afetada, que causou uma falha na programação. Durante a transmissão de uma reportagem sobre o Oriente Médio no canal CNN International, uma janela de Windows começou a piscar na tela se sobrepondo à imagem da reportagem.
Além da CNN, o vírus afetou outras empresas de mídia, como a ABC e o The New York Times, ambos nos Estados Unidos. (Saiba mais)
A F-Secure lembra ainda que competição semelhante foi travada entre os criadores de vírus Bagle e Netsky, fazendo com que ambas pragas fossem das mais prolíficas da história da internet, com dezenas de variantes cada.
A preocupação da F-Secure é justificada, já que muitas empresas e usuários domésticos ainda não atualizaram os seus sistemas operacionais, facilitando a infecção pelas pragas. Desde a divulgação da Microsoft sobre diversas falhas no Windows, passaram-se oito dias - tempo considerado suficiente para o surgimento de uma epidemia viral.
Ao explorar a vulnerabilidade no sistema Plug & Play do Windows, as pragas podem se propagar automaticamente, sem intervenção direta da vítima. Por isso, as empresas de segurança F-Secure, Sophos, TrendMicro e McAfee já indicam nível de alerta alto, devido ao grande número de infecções e real possibilidade de epidemia.
As correções da Microsoft, que impedem que os vírus explorem as falhas do Windows já estão disponíveis e podem ser baixadas por aqui (é necessário acessar com Internet Explorer 5 ou superior).
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