Melhores e Piores Adaptações de HQs

Li justamente as três histórias apresentadas no filme.

A graça de Sin City está em levar ao extremo o conceito de adaptação de quadrinhos para o cinema, reproduzindo enquadramentos, iluminação, etc, como nenhum outro filme havia feito. Não cheguei a conversar profundamente com alguém sem noção alguma de linguagem de quadrinhos a respeito do filme, mas imagino que Sin City sem a referência das HQs é meio como, por exemplo, um cover punk de uma música legal. Óbvio que você pode gostar do cover por si só, mas ele só tem graça mesmo se você conhece a música original.

Será?!

Entendi sua opinião, ela me leva a pensar. Pode ser que minha impressão boa tenha sido de novo pura identificação pessoal.

Mas achei um filme de ação melhor que a média (no mínimo, quero dizer). Mesmo que apenas devido à referência dos quadrinhos, os quadros são belíssimos (será que não?), a montagem funciona (será que não??) e, principalmente, faz uso dos efeitos visuais "artificiais" com uma consciência estética que não me lembro de ter visto antes (será só preguiça de lembrar???).

Para mim, pouco importa que a referência dos quadrinhos seja responsável por estes valores positivos. Aliás, no que me toca, tanto melhor. Gosto sim do fato de ser fiel aos quadrinhos. É algo que já estava precisando ser feito. Pra mim, por ora, ainda, ele conseguiu sim, ser bastante fiel aos quadrinhos mas, ao mudar a mídia, criar coisas novas boas. Ou não...

Sin City 2 já está confirmado pro ano que vem.

Acho que a concepção do filme não busca torná-lo um produto stand-alone, como um X-Men desses da vida, que leva muito em conta, por questões mercadológicas mesmo, um público que nunca leu quadrinhos na vida. Talvez seja só primeira impressão minha, mas eu assisti Sin City o tempo todo com os enquadramentos dos quadrinhos na cabeça, especialmente na história do Marv, que estava mais fresca. Talvez, com um distanciamento maior, a questão de se o filme se sustenta sozinho me pareça mais clara, mas hoje eu acho que não.
Mas como você disse, Monstro, é algo que precisava se feito, e chegou em boa hora, no meio dessa leva (que já está beirando o ridículo - Aquaman já é sacanagem... ) de filmes de super herói. Mas agora que já foi feito, qual será a relevância dessa continuação?

Essa última questão também me atormenta...

Mas é aquilo: Pode ser que se confirme o que penso, que o produto se sustenta sozinho. Mas acho bem complicado ele se ater ao que chama atenção no primeiro, e ainda apresentar novidades no segundo.

É tipo o roqueiro que diversifica, muitas vezes perdendo identidade e frustrando fâs fiéis, em comparação ao que não diversifica, fica estacionado no tempo e desaparece. Espero que seu destino não seja nem um, nem outro. Não quero ver mais um Matrix Revolutions...