Basquete feminino

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Curuja
view post Posted on 21/9/2006, 04:50




Pow! O nome pelo menos é feio....rs
 
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#FF#
view post Posted on 21/9/2006, 18:59




Brasil x Austrália.

Jogo dificílimo!
 
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Journeyman
view post Posted on 21/9/2006, 21:19




Brasil vacila no último quarto e vai disputar o bronze no Mundial

Giancarlo Giampietro e Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo (SP)

Depois de comandar o marcador durante quase toda a partida, a seleção brasileira vacilou no último quarto e voltou a ser derrotada pela Austrália, desta vez por 88 a 76, no Mundial de basquete feminino.

A DERROTA BRASILEIRA
Caio Guatelli/FI

Com isso, as australianas decidirão o ouro, enquanto as donas da casa jogarão pelo bronze no próximo sábado. A outra semifinal acontece às 19h45 desta quinta-feira, entre EUA e Rússia, finalistas das duas últimas edições do Mundial.

Esta foi a terceira derrota consecutiva do Brasil para as rivais da Oceania em semifinais das mais importantes competições internacionais - já haviam perdido na mesma fase nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000 e Atenas-2004. Em 11 confrontos em torneios dessa envergadura, a Austrália tem nove vitórias.

O jogo
Como já era esperado, a partida começou bastante equilibrada, com ambas as equipes mostrando nervosismo e cometendo erros em excesso, principalmente a Austrália, que perdeu seis posses de bola só no primeiro quarto.

O Brasil saiu na frente, usando bem a altura e a experiência da pivô Alessandra, e liderou o placar nos primeiros seis minutos. Com Lauren Jackson bem marcada, as australianas dependeram da boa pontaria da ala Penn Taylor para se manterem próximas - ela fez 13 pontos e não errou nenhum arremesso no primeiro período.

A equipe visitante passou à frente na primeira jogada bem sucedida da cestinha Lauren Jackson, que fez 11 a 10. A marcação por zona das australianas desestabilizou momentaneamente o ataque brasileiro, que não conseguia acertar arremessos de fora.

Mas a vantagem da Austrália durou pouco, e Iziane recolocou o Brasil à frente por 17 a 15. Os dois times seguiram trocando cestas até o final do primeiro quarto, que terminou empatado em 21 a 21.

Os primeiros pontos do segundo período foram da seleção australiana, que acertou um chute de três para fazer 24 a 21, aproveitando rebote ofensivo apanhado dentro do garrafão brasileiro.

A ala Micaela entrou bem no lugar de Janeth e empatou devolvendo a bola de três. No ataque seguinte, ela puxou o contra-ataque e sofreu falta antidesportiva de Lauren Jackson, virando novamente o marcador para 25 a 24. O lance incendiou a torcida, até então pouco participativa.

Érika, que substituiu a titular Alessandra, também encontrou espaço para jogar no garrafão e, com duas cestas seguidas, ampliou para 33 a 29. Micaela fez mais uma, e o Brasil abriu seis pontos (35 a 29), a maior diferença do jogo até então.

Mas a equipe da casa voltou a vacilar nos rebotes, e permitiu nova reação das adversárias, que foram para o intervalo perdendo por apenas um ponto (40 a 39).

Na volta dos vestiários, a torcida brasileira se preocupou com a demora de Janeth, que cuidava de bolhas causadas pela bota de esparadrapo usada para proteger seu tornozelo.

Ela chegou a tempo, mas o time brasileiro também demorou a entrar no jogo e viu a equipe rival passar à frente com duas cestas consecutivas (43 a 40). O momento adverso só começou a mudar quando a estrela Lauren Jackson cometeu sua terceira falta e foi para o banco.

Logo em seguida, Penn Taylor também teve que sair por problemas com faltas, abrindo caminho para a reação brasileira. Um arremesso de três pontos perfeito de Iziane pôs o Brasil de novo na frente, por 49 a 46.

Dentro do garrafão, Alessandra e Êga fugiam bem da marcação australiana, preocupada com o excesso de faltas. Embalado, o Brasil aproveitou o bom momento e fechou o terceiro período sete pontos à frente (64 a 57).

Quando tudo parecia indicar uma vitória tranqüila das anfitriãs, deu "branco" no time brasileiro. Com a formação reserva em quadra, o Brasil não soube aproveitar o excesso de faltas das principais jogadoras australianas, que desequilibraram.

Em menos de cinco minutos, a Austrália descontou os sete pontos de desvantagem, passou à frente por 69 a 68 e abriu seis de frente (74 a 68). Um dos destaques do Brasil no jogo, a pivô Alessandra ficou quase todo o último quarto no banco de reservas, enquanto Lauren Jackson deitava e rolava no garrafão brasileiro.

O técnico Barbosa só recolocou Alessandra em quadra quando faltavam pouco mais de dois minutos para o final do jogo, atendendo o pedido incessante da torcida. À essa altura, porém, a Austrália já vencia por 81 a 74. A partir daí, as visitantes apenas administraram essa vantagem para se garantirem na decisão.

QUOTE (#FF# @ 21/9/2006, 05:25)
QUOTE (Journeyman @ 20/9/2006, 18:30)
Acho que o que faz mais falta nessa seleção brasileira é uma musa! :rolleyes:

Ué! E a Êga? :o:

:ph34r:
 
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Capitão Ácido
view post Posted on 21/9/2006, 23:39




Fueda. Já era...

E não vai ser moleza na disputa do bronze não...:(
 
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Journeyman
view post Posted on 22/9/2006, 02:03




Rússia x Austrália na final.
 
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#FF#
view post Posted on 22/9/2006, 02:46




Sério????? :o:
 
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Curuja
view post Posted on 22/9/2006, 04:40




Nossa q último quarto horrível.
Foi um absurdo o q elas deixaram acontecer.

Agora fudeu de vez, Brasil X USA pelo bronze.
 
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Journeyman
view post Posted on 23/9/2006, 18:53




Massacre norte-americano deixa Brasil sem medalha no Mundial

Giancarlo Giampietro e Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo (SP)

Depois de uma campanha empolgante até a semifinal, a seleção brasileira encerrou sua participação no Mundial feminino com uma derrota histórica para os EUA na decisão da medalha de bronze. Campeãs das duas edições anteriores do torneio, as norte-americanas massacraram as donas da casa por 99 a 59, neste sábado, no ginásio do Ibirapuera.

MASSACRE NORTE-AMERICANO
EFE
Iziane tromba com Catchings no começo da partida em São Paulo
EFE
Bird (dir) comemora ponto na fácil vitória da seleção norte-americana
Flavio Florido/Folha Imagem
Janeth exibe camisa da seleção após a derrota do Brasil para os EUA
Caio Guatelli/Folha Imagem
No banco, jogadoras brasileiras lamentam derrota no Ibirapuera
TUDO SOBRE O MUNDIAL
PÁGINA DO BRASIL
PÁGINA DOS EUA
FOTOS DO JOGO
"Elas fizeram um jogo perfeito. Os nossos técnicos disseram que cada seleção poderia fazer um grande jogo e um jogo ruim no Mundial. O jogo ruim delas foi contra a Rússia, o grande jogo foi contra nós", lamentou a ala Janeth, que pode ter feito sua última apresentação com a camisa do Brasil.

Ela voltará a disputar a WNBA em 2007, o que pode inviabilizar a sua participação no Pan do Rio de Janeiro, pois os calendários das duas competições são conflitantes. A decisão só acontecerá no início do ano que vem, quando a jogadora definirá as negociações com alguma equipe daliga norte-americana.

Esta foi a sexta derrota do Brasil para os EUA em nove jogos disputados no Mundial. Foi também o resultado mais elástico a favor das norte-americanas nesse confrontos. Antes, o recorde era a vantagem de 32 pontos obtida na edição de 1975 (104 a 72).

"Nós nos sentimos impotentes diante da avalanche de cestas. Tentamos marcar zona como fez a Rússia na semifinal, mas a diferença é que hoje a bola delas caiu. Foi a performance delas que levou a esse placar", explicou o técnico Antônio Carlos Barbosa, que disse ainda não se lembrar de ter sofrido uma derrota tão larga no comando da seleção.

O último triunfo do time nacional sobre as norte-americanas aconteceu há 12 anos, quando ainda contava com Paula e Hortência, na semifinal de 1994 - o jogo (110 a 107) ainda é o de maior número de pontos na história da competição.

A quarta colocação é uma evolução em relação ao Mundial passado, em 2002, quando a equipe brasileira ficou apenas em sétimo lugar. Mas é também uma confirmação de que o Brasil vem perdendo terreno em relação às três potências da modalidade - EUA, Rússia e Austrália -, que dominaram o pódio de todas as competições importantes neste século.

A última vez que a seleção brasileira conseguiu "furar" esse domínio dos rivais aconteceu há seis anos, nas Olimpíadas de Sydney, quando derrotou a Rússia nas quartas-de-final para depois conquistar a medalha de bronze.

O grande destaque da partida deste sábado foi a armadora Diana Taurasi, que joga no Phoenix Mercury, da WNBA. Ela marcou 28 pontos, convertendo seis de sete tentativas de três pontos (aproveitamento de 86%). Pelo Brasil, a melhor em quadra foi a ala Janeth, com 16 pontos, cinco rebotes e quatro bolas roubadas.

"Foi uma grande atuação individual minha, mas acho que o trabalho de toda a equipe é que fez a diferença. Tínhamos que provar mas a nós mesmas que podíamos jogar melhor do que fizemos contra a Rússia. Perdemos um pouco do nosso orgulho naquela partida, mas conseguimos recuperá-lo hoje", declarou Diana.

O jogo
Sem a pivô Alessandra, fora do jogo por causa de uma contusão no ombro, o Brasil teve problemas para acertar a marcação sobre o time norte-americano no primeiro período. Preocupada em fechar o garrafão, a equipe brasileira deu espaços para os arremessos de longa distância dos EUA, que fizeram a diferença.

56% Dois pontos 46,2%
55% Três pontos 20%
71,4% Lances livres 61,1%
37 Rebotes 23
13 Assistências 7
11 Erros 17
35 Pontos do banco 12
EUA 99 x 59 Brasil
Nos dois primeiros ataques do jogo, a armadora Diana Taurasi fez seis pontos para as visitantes. As donas da casa responderam com Iziane, que se esforçava para compensar a atuação ofensiva apagada da veterana Janeth até aquele momento. Na primeira cesta feita por outra jogadora, no caso a pivô Êga, o time brasileiro passou à frente por 9 a 8.

Mas a reação esbarrou na falta de uma substituta à altura para Alessandra, que se refletiu na disputa pelos rebotes. Dominando o garrafão tanto na defesa como no ataque, os EUA retomaram a dianteira e, com duas cestas de três pontos consecutivas, abriram nove pontos (25 a 16).

O Brasil ainda tentou encostar novamente com boas jogadas das pivôs Érika e Êga (26 a 21), mas outro arremesso preciso de longa distância, este convertido por Katie Smith, colocou as norte-americanas dez à frente no final do quarto (31 a 21). Só no período incial, foram seis cestas de três pontos das tricampeãs olímpicas

Janeth despertou no início do segundo quarto, anotando seus primeiros pontos. Entretanto, nem isso foi suficiente para mudar o panorama do jogo. Com uma defesa bastante agressiva, os EUA desarticularam a armação de jogadas brasileiras e foram aumentando a vantagem. Sheryl Swoopes fez 49 a 34, placar do intervalo.

O Brasil mudou a defesa na volta para o terceiro quarto, abandonando a marcação por zona para tentar uma pressão individual. Mas a esperança de reação das anfitriãs foi por terra logo no primeiro lance do segundo tempo, em outra cesta de três pontos da armadora Diana Taurasi.

Desesperada, a seleção brasileira entrou na correria das adversárias, fazendo o jogo que mais interessava à veloz equipe norte-americana. Os EUA aproveitaram o equívoco e o desânimo do time da casa para dar show. Inspiradíssima, Diana Taurasi fez mais três cestas de três pontos consecutivas, elevando a diferença para 30 pontos (73 a 43).

A torcida até tentou reanimar as jogadoras do Brasil, mas nada foi capaz de impedir o massacre em quadra. Logo no início do último período, os EUA alcançaram 40 pontos de vantagem (85 a 45). Abatida, a equipe brasileira lutou até o fim para reduzir a desvantagem, mas não conseguiu. Mesmo assim, saiu de quadra aplaudida pelos torcedores.
 
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Journeyman
view post Posted on 23/9/2006, 19:56




Austrália vence a Rússia e fica com o título do Mundial feminino

Giancarlo Giampietro e Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo (SP)

Neste sábado, enfim, chegou a vez da Austrália. O time bateu a Rússia por 91 a 74 e conquistou o título do Mundial feminino, disputado no Brasil.

Nas últimas quatro grandes competições da modalidade, a seleção da Oceania havia subido ao pódio, para ser medalha de prata nas Olimpíadas e bronze no Mundial da Alemanha, em 1998, e da China, em 2002.

Desta vez, sem as norte-americanas - que as haviam eliminado nas semifinais dos últimos três torneios - no caminho, o time terminou o torneio de maneira invicta (nove vitórias em nove rodadas).

O jogo
A Rússia começou a partida da mesma maneira como se impôs contra as norte-americanas na semifinal. Com pouco mais de três minutos disputados, o time abriu 9 a 2 contra as australianas.

Nos primeiros instantes, apenas a armadora Kristi Harrower, com sua incrível velocidade, conseguia criar jogadas. Mas foi o suficiente para sua equipe se recuperar no jogo. A 5min30s do fim da primeira parcial, já estava à frente com oito pontos em seqüência. A partida segui equilibrada até o fim do quarto, com vantagem de 19 a 15.

A artilharia australiana, porém, começou a funcionar no segundo período. Com dois minutos jogados, a ala Penny Taylor, que arrasou o Brasil nos dois confrontos prévios, marcou uma cesta de três pontos para deixar a Austrália com 24 a 15. A vantagem passou da casa dos dez pontos com uma nova cesta de longa distância. Dessa vez foi a pivô Jennifer Whittle que marcou, colocando o marcador em 31 a 20.

No terceiro período, a Austrália passou a conectar seus contra-ataques, ora com Penny Taylor, ora com Lauren Jackson, ora com Harrower.

As australianas beiraram os 20 pontos de vantagem, até que a Rússia passou a reagir. Seus ânimos só foram esfriados quando Natalia Vodopyanova errou uma bandeja sozinha que colocaria o placar em 65 a 55. No contragolpe, Taylor respondeu e deixou a vantagem em 14 pontos.

Com seu estilo de jogo mais físico e agressivo, sólida em quadra, a Austrália tocou o jogo assim até o final. Qualquer tentativa de recuperação das européias ganhava resposta na seqüência.

Desta forma, com o cronômetro correndo no quarto período, a Rússia passou a apressar seu ataque e buscar tiros de longa distância. Contra uma defesa armada de modo consistente e suficiente para não ser ameaçada.
 
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Journeyman
view post Posted on 26/9/2006, 00:12




Fracasso de público e desorganização mancham Mundial no Brasil

Giancarlo Giampietro e Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo (SP)

O Brasil terminou o Mundial feminino de basquete sem medalha, mas sua maior derrota no torneio aconteceu fora de quadra, na organização do torneio. Público baixo, confusão com ingressos, pouca divulgação, goteiras e vários outros detalhes contrastaram com o brilho da dedicação das jogadoras brasileiras dentro das quatro linhas.

Folha Imagem
Voluntário se esforça para secar a quadra molhada pelas goteiras no Ibirapuera
"O Brasil é um país com problemas além do basquete. Tem tradição esportiva para receber e merece mais eventos, se candidatou para receber os Jogos Olímpicos. Mas não se pode fazer desse jeito", criticou Patrick Baumann, secretário geral da Fiba (Federação Internacional de Basquete), ao final da primeira semana do torneio.

Depois do alerta, o suíço deixou o país, e a entidade baixou o tom das críticas. Em sua análise final, o presidente Bob Elphinston não fez nenhuma menção - positiva ou negativa - à organização do evento. Preferiu elogiar equipes, jogadoras, campanhas contra as drogas e o desenvolvimento da modalidade entre as mulheres.

Mas o silêncio da Fiba não significa que os problemas apontados por Baumann foram solucionados para a segunda metade do Mundial. O principal sintoma da desorganização dos dirigentes brasileiros foi a pequena presença dos torcedores nas arquibancadas. Segundo os números oficiais, um total 96.440 pessoas compareceu aos ginásios (73.882 ingressos foram vendidos), mais de 100 mil a menos do que na edição de 2002, na China.

Várias falhas de organização, algumas delas ocorridas bem antes do início do torneio, explicam esse fracasso de público. O atraso nas obras do ginásio do Maracanãzinho obrigou os organizadores a mudar uma das sedes do Rio de Janeiro para Barueri, reduzindo bastante a expectativa de público para os jogos que não envolviam o Brasil - a maior audiência registrada em Barueri foi de 3.500 pessoas, no dia 14 de setembro, quando aconteceu o primeiro duelo entre EUA e Rússia na rodada de encerramento da primeira fase.

CAMBISTA, BANHEIRO E COMIDA
Estive no primeiro jogo Brasil x Austrália e estou revoltado com a organização do evento. Cheguei ao ginásio cerca de 45 minutos antes do início do jogo. Para começar, não havia vagas para estacionamento, nem orientação e policiamento suficientes. A fila para compra de ingressos era enorme, dava volta no ginásio, e só tinha um funcionário controlando a entrada na bilheteria (literalmente segurando o portão no braço). Os cambistas estavam fazendo a festa, vendendo ingresso pelo dobro do preço. Eles, inclusive, estavam furando a fila e forçando o portão da bilheteria para entrar. Na maior cara dura, entravam e saíam, e não tinha um policial sequer para coibir. Quando finalmente consegui entrar no ginásio, no final do primeiro quarto, vi indignado que ainda havia muito espaço vazio, mesmo com tanta gente de fora tentando entrar. Isso tudo sem falar no serviço de comida e nos banheiros do ginásio. Extremamente precários, um nojo, uma vergonha. (Eduardo Bonilha)
A divulgação do torneio para os torcedores também foi falha e gerou reclamação por parte da empresa responsável pela comercialização dos ingressos. "Começamos a vender o Mundial no começo de julho. A procura não tem sido grande, pois ao meu ver falta divulgação", declarou Fernando Silva, diretor executivo da BWA, dias antes da abertura.

Além disso, os horários dos jogos não ajudaram. Para atender às exigências da TV aberta, os jogos da seleção brasileira foram realizados em período comercial durante a semana. Nos finais de semana, as partidas foram disputadas às 9h30. "Precisamos do basquete na TV aberta. Então, se for para perder duas ou três mil pessoas no ginásio, prefiro que 10 milhões possam ver o jogo em todo o Brasil", justificou o presidente da CBB, Gerasime Bozikis.

"(A transmissão em TV aberta) Fez com que os brasileiros pudessem ver (a ex-jogadora) Hortência falando do esporte ao vivo. Muitas crianças também puderam assistir. É algo que pode renovar a seleção brasileira no futuro", disse Baumann. "Mas estamos falando de uma das cidades mais populosas do mundo, isso não deveria importar. O ginásio poderia estar cheio sempre, é questão de organização."

Diante de tudo isso, o Mundial demorou a "emplacar". No primeiro dia, o ginásio do Ibirapuera recebeu pouco mais de quatro mil pessoas (de acordo com números oficiais, já que a estimativa da polícia militar era de aproximadamente mil pessoas). No segundo, já com a presença de alunos de escolas convidadas, o número subiu para cerca de seis mil.

"Eu calculava isso para as primeiras partidas. Não é nenhum problema de organização. Acreditem, é difícil chamar público para a fase inicial de qualquer campeonato", disse Bozikis. Quando o público finalmente "descobriu" o torneio, teve que enfrentar a falta de preparo dos organizadores para conseguir entrar no ginásio do Ibirapuera.

GINÁSIO VAZIO, FILA LÁ FORA
Conforme matéria da Folha de S.Paulo, os ingressos poderiam ser comprados pelo site www.ingressofacil.com.br. A opção, na realidade, revelou-se não só difícil como inviável. Na quinta e sexta-feira, eu tentei comprar os ingressos, e não foi possível. Como realmente gostaria de ver o jogo do Brasil contra a Lituânia (apesar do horário absurdo), fui ao Ibirapuera para comprar. Cheguei às 20h, após sair do trabalho e encarar o trânsito paulistano. A bilheteria estava aberta, mas não vendia ingressos. Uma funcionária me informou que eu poderia comprar no próprio sábado, a partir das 7h30. Como seria meio cansativo acordar bem cedinho, após um semana de trabalho, assisti ao jogo pela TV. Em seguida fui ao Ibirapuera comprar ingressos para o dia seguinte. Chegando lá, havia uma tremenda fila e ainda chovia! Mesmo assim, encarei a garoa e fiquei por lá. A fila não andava. Havia duas bilheteria abertas. Nenhum informação visual ao lado das bilheterias. Com isso, cada pessoa chegava lá e fazia as perguntas habituais, demorando no atendimento, que já não é muito ágil. Resultado: fiquei 1h30 na fila para comprar dois ingressos. Eu soube que nos últimos jogos da seleção brasileira, o ginásio estava vazio e lá fora a fila de pessoas para comprar o ingresso era imensa. Como a venda é lenta, as pessoas foram entrando muito atrasadas para assistir. (Fátima)
Vários fãs do basquete enviaram emails ao UOL Esporte reclamando da falta de informações corretas, do pouco número de bilheterias disponíveis no Ibirapuera, das longas filas e da ação livre de cambistas (veja os quadros). Boa parte do público deixava o ginásio após os jogos do Brasil. No sábado passado, a final entre Austrália e Rússia foi "salva" pela abertura dos portões internos, que permitiu a concentração de público no anel inferior.

Outro problema que manchou a imagem do evento foi o reflexo da chuva no Ibirapuera. Nos dias de mau tempo, goteiras acrescentaram um elemento incomum no jogo de basquete: água. "Basquete não é que nem futebol, em que se pode jogar com chuva. Um Campeonato Mundial não pode ser realizado nessas condições. Foi muito perigoso", disse o técnico russo, Igor Grudin, que viu uma de suas atletas bater a cabeça em quadra após escorregão.

A repercussão negativa levou a Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer - responsável pela manutenção do Ibirapuera -, a divulgar um comunicado oficial prometendo "tomar todas as providências jurídicas necessárias" contra a empresa SAC (Serviço de Engenharia e Construções), que recebeu R$ 174 mil pelo serviço de impermeabilização da cúpula do ginásio, "no sentido de reparar os eventuais prejuízos ocasionados pela não perfeita execução dos serviços contratados".

Se não chamaram a atenção por não envolver a ação em quadra, outras falhas deixaram a organização do Mundial ainda mais longe do ideal. Mesmo tendo enviado seus pedidos de credenciamento dentro do prazo estabelecido (1º de julho), a grande maioria dos jornalistas só recebeu seus crachás de acesso às áreas destinadas à imprensa durante a competição. Muitos deles usaram credenciais improvisadas até o final.

Outro erro que atrapalhou a cobertura jornalística do evento foi a discrepância entre as estatísticas divulgadas no site oficial e as entregues em papel aos repórteres dentro dos ginásios. Com as duas fontes registrando números diferentes, a credibilidade das informações ficou comprometida.

FUNCIONÁRIOS DESINFORMADOS
Eu sou uma admiradora do basquete, e estou tentando ir ao jogo de estréia para torcer pelo Brasil. Por incrível que pareça, após tentar por quase uma hora um contato com a venda de ingressos do Ibirapuera (ora estava ocupado, ora ninguém atendia), a atendente disse que não tem ingressos à venda para este jogo. Achei estranho o que ela me disse, pois os meios de comunicação estão dizendo que a procura dos ingressos está baixa. Infelizmente, eu gostaria de prestigiar o nosso time, mas não consegui. (Patrícia)
Ações de marketing, venda de produtos oficiais e comercialização de cotas de patrocínio foram, no mínimo, tímidas. No Ibirapuera, havia apenas uma banca vendendo produtos com a marca do Mundial, a preços altos para os padrões brasileiros (R$ 40 por uma camiseta). Pôsteres, outdoors, inserções de mídia, quase nada foi feito para "wender" o evento. E só com o Mundial em andamento uma rede de lanchonetes estampou sua marca nos dois garrafões do Ibirapuera.

"Toda confederação ou entidade esportiva tem de crescer com a experiência. A CBB aprendeu uma lição com o Mundial, e não é um aprendizado simples. Se usarem essa lição para o futuro, certamente vai conceber um evento melhor", aconselhou o secretário geral da Fiba.

Na final, quando a seleção australiana subiu ao pódio para receber suas medalhas de ouro, a comemoração ficou por conta dos profissionais de imprensa. Os tubos que jogariam papel picado em cima das jogadoras, na verdade, acabaram cobrindo os jornalistas que estavam na lateral da quadra. Um desfecho preocupante para um país que tenta convencer o mundo de que é capaz de organizar Olimpíadas e Copa do Mundo.
 
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Curuja
view post Posted on 28/9/2006, 16:06




Passei pela Érica na rua ontem lá no campo de Santanna.
 
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Journeyman
view post Posted on 29/9/2006, 00:45




Basquete feminino brasileiro luta contra prazo de validade

Giancarlo Giampietro e Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo

Os dias de uma seleção brasileira feminina competitiva podem estar contados. A equipe terminou o Mundial feminino sem medalha, mas ao menos brigou de igual para igual com a campeã Austrália. O combalido cenário da modalidade no país, entretanto, ameaça sua produtividade para as próximas competições.

O FUTURO ESTÁ NAS MÃOS DELAS
CBB/Divulgação
Palmira Marçal,
22, armadora

Cortada do Mundial na última hora, será preparada para atuar como armadora da seleção brasileira
CBB/Divulgação
Karen Rocha,
22, ala-armadora

Convocada para o Mundial na véspera, entrou pouco, mas conta com o apoio do técnico Barbosa
CBB/Divulgação
Ísis Nascimento,
23, pivô

Com 2,02 m de altura, ela enterra e é a favorita para cobrir a vaga deixada pela saída de Alessandra
CBB/Divulgação
Graziane Coelho,
23, pivô

Mesmo não sendo tão alta (1,91 m), a pivô é considerada uma atleta técnica pelo treinador
O técnico Antonio Carlos Barbosa já faz as contas. E os cálculos apontam uma margem de dúvida. A única certeza do treinador é que a seleção ainda chegará bem aos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, mesmo com a ala Janeth e as pivôs Alessandra e Cíntia Tuiú fora deste evento.

Para o próximo Mundial ou para as Olimpíadas de 2012, porém, as perspectivas são mais modestas. "Estamos em situação complicada. Podemos levar dois ou quatro anos sem muitos problemas. Mas o nó da questão é de 2008 para frente", afirmou o treinador ao UOL Esporte durante o Mundial, em São Paulo.

Na entrevista coletiva após a derrota para os Estados Unidos na disputa pelo bronze, porém, o técnico alargou o prazo de validade da seleção. "A nossa base é boa até 2012. A partir daí, não temos nada ainda."

Para 2012, qualquer projeção exclui logo de cara as campeãs mundiais em 1994 - Janeth, Helen, Alessandra e Tuiú. Do restante do grupo que ficou entre as quatro melhores do mundo no Brasil, apenas a ala-armadora Karen não chegaria às Olimpíadas de Londres com 30 anos ou mais.

"A nossa base é pequena. Temos a Palmira, que é uma ala-armadora de 84, e está jogando muito bem. Foi cortada do Mundial na última hora. A Karen, que jogou pouco aqui, também é de 84", afirmou Barbosa. "Nossa renovação é sofrida. A Paula ficou 22 anos na seleção brasileira, jogou seis mundiais. A Hortência ficou 20 anos, assim como a Janeth. No Brasil, quando surgem jogadoras como a Iziane e a Érika, temos que agradecer a Deus. São achados porque não temos base."

Iziane, Érika (duas de 1982), Palmira e Karen já fazem parte do grupo de selecionáveis. Barbosa tem outras revelações na mira para o próximo clico. Seriam as jogadoras que dariam fôlego ao próximo ciclo. O problema: em primeiro comentário, relacionou apenas pivôs, justamente a posição de Érika e Kelly. Franciele (Jundiaí, 18), Flávia Luiza (no basquete espanhol, 24), Ísis (Catanduva, 22) e Graziane (no basquete litaliano, 23).

Precisamos aproveitar o Mundial para fazer um trabalho de massificação e incentivar mais as equipes adultas para dar continuidade a essa formação. Nos EUA, de cada 476 mil jogadoras, uma vai para a seleção. Aqui, a proporção é de quase um para um

Antônio Carlos Barbosa

"A Ísis, que é uma pivô de 2,02 m, e nós sempre a estamos convocando para a seleção. Ela enterra, é magra e bastante rápida. Ela jogava em Ourinhos, mas entrava pouco. Agora foi para Catanduva e está sendo mais utilizada. A Graziane é uma pivô técnica, um pouco baixa, não chega a ter 1,90 m, mas é muito técnica", comentou.

Para o perímetro, o treinador depois citou as alas Jaqueline, Joice e Izabela, todas de 20 anos. A primeira atua em Jundiaí e está sendo preparada para atuar como armadora, assim como Palmira. Esta é a posição que a seleção se vê mais carente.

Base em decadência

O ânimo de Barbosa não era dos melhores quando se recordou dos nomes acima. E o tom foi ainda mais grave na hora de projetar o futuro. E não é apenas o treinador da seleção que está preocupado.

"Nosso trabalho tem de cuidar das próximas gerações. Na base, chegamos a perder até uma partida para o Paraguai, isso é preocupante. É o resultado de uma queda de qualidade", disse o treinador Paulo Bassul, de Ourinhos e ex-auxiliar técnico de Barbosa. Se a seleção já andou caindo diante das paraguaias, o confronto com as argentinas é ainda pior. A geração de 1988 e 1989 do país foi superada pela rival nos últimos três anos.

"A situação está lamentável. A coisa deu uma caída, principalmente depois que grandes patrocinadores saíram. Nossas jogadoras têm de procurar emprego lá fora. O trabalho de base ficou com poucas pessoas para suprir. O nível caiu muito com pouca produção de jogadoras nacionalmente, em termos de qualidade e quantidade", afirmou Maria Helena Cardoso, bronze como jogadora no Mundial de 1971, ex-técnica da seleção brasileira, hoje na Ponte Preta.

Nosso trabalho tem de cuidar das próximas gerações. Na base, chegamos a perder até uma partida para o Paraguai, isso é preocupante. É o resultado de uma queda de qualidade

Paulo Bassul

Barbosa afirmou que os principais centros de formação de atletas na modalidade estão em Americana, Jundiaí, Santo André, Ourinhos, Osasco e São Caetano. São essas equipes que servem em grande escala às seleções de base. Todas em São Paulo. "É um processo de canibalismo, aproveitando revelações de outros Estados. A movimentação no Brasil até melhorou, mas não tem time para absorver no adulto", disse o técnico.

Os basqueteiros esperam agora que o Mundial no Brasil possa fazer da modalidade um novo alvo de investimentos. "Precisamos aproveitar o Mundial para fazer um trabalho de massificação do esporte. E incentivar mais as equipes adultas para dar continuidade a essa formação. Nos EUA, de cada 476 mil jogadoras, uma vai para a seleção. Tem gente jogando em todas as escolas, universidades, o universo é muito grande. Aqui a proporção é de quase um para um", disse Barbosa.

"Temos poucas equipes em atividade. Logo, são poucas as jogadoras disponíveis para a seleção, você não tem muita escolha", completou.
 
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